Jules Bianchi, 1989-2015

Jules Bianchi era tido como um piloto da Ferrari para o futuro. Vinha agradando com suas apresentações na Marussia e muito provavelmente receberia da equipe italiana um voto de confiança e a grande chance da carreira no Mundial de F1

Jules Bianchi nasceu em 3 de agosto de 1989 em Nice, na França, e vem de uma família de pilotos. O avô, Mauro Bianchi, foi tricampeão mundial de provas de GT, e o tio-avô, Lucien, venceu as 24 Horas de Le Mans em 1968 e participou de 17 GPs na F1 entre 1959 e 1968.

Como de hábito, Jules começou a carreira no automobilismo pelo kart, ainda criança. Em 2007, aos 18 anos, fez a transição para os monopostos e foi correr na F-Renault francesa, faturando o título com cinco vitórias, 11 pódios e cinco poles. No mesmo ano, também disputou a F-Renault Euro, mas foi só o 21º, após somente seis participações.

Na temporada seguinte, Bianchi disputou a F3 Euro, campeonato em que terminou na terceira colocação, pela equipe ART, esquadra de Nicolas Todt, que se tornaria seu empresário. Pelo mesmo time, foi nono no GP de Macau e venceu o Masters de F3, em Zandvoort, na Holanda.

2009 foi um ano agitado para o jovem gaulês. Bianchi participou de quatro corridas da F3 Inglesa. Paralelamente, disputou e conquistou o título da F3 Euro, com nove vitórias, 12 pódios e seis poles. Foi para Macau de novo, onde foi o décimo colocado. E repetiu a F3 Master, terminando em quarto. Andou na World Series apenas na etapa de Mônaco e estreou na GP2 Ásia pela ART também, concluindo a temporada em 12º.

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Em dezembro do mesmo ano, Jules ganhou a chance de testar um carro de F1 pela primeira vez, e foi com uma Ferrari que ele andou por dois dias em Jerez de la Frontera, na Espanha. Depois, começou a fazer parte da Academia da Ferrari. Em 2010, disputou GP2 e foi o terceiro colocado, novamente pela ART, e outra vez teve a oportunidade de guiar o icônico carro vermelho de Maranello, em dois dias de testes para novatos, em Abu Dhabi.

Em 2011, Jules seguiu na GP2 e na versão asiática da categoria. No campeonato regular, fechou o ano em terceiro, com 18 pontos e uma vitória; na série complementar, foi vice-campeão. Também participou de atividades com a Ferrari em três dias de treinos em Marina de Yas. 

No ano seguinte, Bianchi conseguiu uma vaga como piloto de testes da Force India e andou em nove treinos livres naquela temporada da F1, atraindo bastante a atenção do paddock do Mundial. Junto com o trabalho com a equipe indiana, o francês disputou a World Series, deixando de lado a GP2, e foi vice-campeão com 185 pontos, três vitórias e cinco poles. Depois disso — e apoiado pela Ferrari —, Jules teve a grande chance da precoce carreira. 

Jules Bianchi estreou na Marussia em 2013 (Foto: Getty Images)

Bianchi estreou na F1 no GP da Austrália de 2013 com a Marussia, depois de assegurar a vaga na última hora. Desde então, disputou 34 GPs e tem como melhor resultado um nono lugar na etapa de Mônaco de 2014 — prova em que marcou seus primeiros pontos e os primeiros pontos da equipe na F1. Sua melhor posição de largada foi um 12º lugar no GP da Inglaterra de 2014, em treino classificatório disputado debaixo de forte chuva em Silverstone

Após o acidente sofrido em Suzuka, em 5 de outubro de 2014, chegou a surgir a informação de que ele havia assinado com a Sauber para a atual temporada da F1. O piloto também sonhava em subir para a Ferrari em algum momento da carreira.

Bianchi seguiu internado no Japão por um mês e meio até ser transferido, em novembro, para Nice, sua cidade natal. Lá, permaneceu desde então em estado vegetativo, sem apresentar sinais de melhora. Nesta semana, seu pai havia dado uma emocionante entrevista na qual demonstrou ter cada vez menos esperanças de ver o filho despertar. A morte de Jules Bianchi foi anunciada na noite desta sexta-feira (17).

As imagens do acidente de Jules Bianchi
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Torcedor registra momento do acidente com BianchiF1 2014: o acidente de Jules Bianchi com um guindaste no GP do Japão

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