Herbert vê “Verstappen no controle do que acontece” após renovação de Pérez

Johnny Herbert crê que conforto e possibilidade de Max Verstappen controlar equipe foram principais fatores para renovação de Sergio Pérez, mas alertou para o Mundial de Construtores

Vencedor de três corridas na Fórmula 1 e ex-comentarista da emissora inglesa Sky Sports, Johnny Herbert comentou sobre a surpreendente renovação de Sergio Pérez com a Red Bull para mais duas temporadas no Mundial. Apesar das fortes críticas e sem pontuar nas últimas duas provas, o mexicano assegurou lugar no grid até o fim de 2026.

Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Herbert comentou que acredita que o fator financeiro foi um ponto para a Red Bull optar pela continuidade, mas que o controle do tricampeão mundial Max Verstappen tem dentro da equipe é o principal ponto. Pérez está em Milton Keynes desde 2021.

“Claro que há um benefício financeiro, e acho que isso é algo para o qual as equipes sempre olham. Provavelmente, não esperaríamos que as grandes equipes olhassem para isso desta forma, mas acho que parece ser algo positivo para eles. Também acho que provavelmente teremos de esperar para ver o que exatamente vai acontecer. Mas acho que alguém como Max [Verstappen] está provavelmente feliz que pode controlar tudo o que acontece dentro da equipe. Ele pode controlar seu companheiro de equipe. Ele pode controlar Sergio [Pérez]. Há ocasiões em que Sergio pode desafiar Max, mas, infelizmente, elas são muito, muito raras”, afirmou Johnny, com apoio da Best Poker Online Sites,

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Sergio Pérez danificou a asa traseira e abandonou GP do Canadá (Foto: Reprodução/F1)

Antes de Pérez, a Red Bull teve Pierre Gasly e Alexander Albon, que não conseguiram vencer e tiveram passagens curtas. A última dupla bombástica da Red Bull tinha Verstappen e o australiano Daniel Ricciardo, que saiu do time ao fim de 2018. Johnny apontou sobre como grandes pilotos da Fórmula 1 sempre tiveram o conforto interno em relação ao companheiro de equipe.

“Acho que harmonia é algo muito importante dentro da equipe. E quando você tem aqueles pilotos que são especiais na Fórmula 1, como Ayrton [Senna], Alain Prost, Nigel Mansell, Fernando Alonso, Michael Schumacher, Mika Häkkinen etc. é importante sempre deixá-los confortáveis, e conforto é algo que sempre vai extrair o melhor do piloto, daquele que você sabe que vai lhe garantir vitórias em corridas e provavelmente campeonatos — o Mundial de Pilotos. Mas também é preciso ter certeza de que, ao mesmo tempo, você está dando ao segundo piloto um pouco de apoio. E eles têm feito isso”, seguiu.

Para finalizar, Herbert apontou a preocupação em relação ao Mundial de Construtores da Red Bull. Apesar de sair com o título em 2022 e 2023, o ex-piloto crê que o time pode estar em risco a partir do ano que vem, quando a Ferrari recebe a chegada do heptacampeão mundial Lewis Hamilton para formar dupla com Charles Leclerc.

“Acredito que algumas coisas positivas foram ditas, mas outras mais negativas também. Acho que eles parecem estar muito felizes que ele está apto a conquistar os pontos necessários para ajudar no Mundial de Construtores. Isso será o bastante no futuro? É aí que provavelmente está a grande questão, porque todo mundo sabe que quando você possui dois pilotos como, por exemplo, Lewis Hamilton e Charles Leclerc, na Ferrari, e eles desempenham bem, você precisará enfrentar dois pilotos muito bons que vão entregar o melhor em todo fim de semana. E com o Sergio, infelizmente, às vezes, há aqueles fins de semana onde uma batida pode acontecer ou apenas a performance não seja tão boa”, concluiu.

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