Hülkenberg considera que perda de downforce em relação a 2013 fez carro de 2014 ser “mais difícil” de guiar

De acordo com a avaliação de Nico Hülkenberg o carro empurrado pelos motores V6 turbo de 2014 é mais complicado de ser controlado que o impulsionado pelos V8 aspirados anteriormente. O aumento de dificuldade se deu, segundo o alemão, especialmente por conta da perda de downforce. Ainda de acordo com Hülkenberg, na disputa interna da Force India em 2014, ele só levou a pior para Sergio Pérez enquanto os dois estiveram em igualdade de condições no GP do Bahrein

A temporada de Nico Hülkenberg foi até acima do esperado. O piloto da Force India pontuou nas dez primeiras provas do ano e foi o principal chamariz da equipe em sua melhor temporada desde que foi criada. Mas as coisas não foram tão tranquilas com o novo V6 turbo. Segundo Hülkenberg, guiar o carro que a F1 passou a usar em 2014 é mais difícil que os impulsionados pelos V8 aspirados que eram utilizados até 2013.
 
Para o alemão tem sido mais complicado guiar em 2014 especialmente por causa da diminuição de downforce. Até 2013, se o piloto fosse longe demais tentando extrair o máximo que o carro tinha a oferecer, uma margem de segurança acabava controlando a situação. A partir de 2014 as coisas começaram a ser diferentes. 
 
"Tem sido desafiador. É mais difícil, porque você não pode forçar ainda mais. Com o downforce de 2013 você podia forçar bastante e havia uma margem de segurança que te salvava quando você ia longe demais. Agora, quando você força demais, é bem mais fácil passar do ponto e perder uma volta inteira apenas porque seu carro  fez demais", explicou o piloto.
Para Nico Hülkenberg carro de 2014 é mais difícil de guiar que o anterior (Foto: Getty Images)
'Hulk' ainda destacou que sente falta dos sons produzidos pelos antigos motores, mas falou que os novos carros têm até mais potência que os antigos.
 
"Os motores são bons e a capacidade de ser controlado do motor Mercedes é incrível. Eles têm muita força, a única dificuldade é colocar essa força no chão com a perda de downforce. O que eu pessoalmente sinto falta é o som, mas de outra forma os motores na verdade têm mais potência do que costumávamos ter", seguiu Nico.
 
Além disso, Hülkenberg acredita que com exceção do GP do Bahrein, as outras vezes em que terminou atrás do companheiro Sergio Pérez na temporada foi por conta de problemas do carro ou de sorte, não dele. E que para isso, ele precisou evoluir em pontos onde o mexicano vai muito bem, como o controle de pneus, por exemplo.
 
"Com entendimento dos pneus e o estilo de guiar é um processo em curso. Sempre há mais coisas que você pode fazer melhor e aprender como piloto, e acho que melhorei durante o ano. Você tem de ter a mente aberta e analisar o tempo todo para melhorar", analisou o alemão. 
 
"Somente no Bahrein eu realmente tive dificuldade em relação ao Pérez. Na Áustria eu estava com o carro comprometido e depois do final de semana encontramos problemas grandes com algumas partes. Por isso minha performance diminuiu", contou.
 
"Da mesma forma no Canadá, onde comecei com a estratégia oposta ao do top-10, mas aí o safety-car saiu. A segunda parte do ano não foi tão tranquila. Em Monza, por exemplo, tivemos um pedaço preso no chão e nos fez perder muito downforce. Houve muitas corridas onde tínhamos muito potencial mais", encerrou.
 
No fim da temporada, Hülkenberg ficou com 96 pontos marcados e o nono lugar no Mundial de Pilotos. Já Pérez, apesar de terminar logo atrás, na décima colocação, anotou 59 tentos, 37 menos que o companheiro. Os dois formarão a dupla da Force India mais uma vez na temporada 2015, que inicia oficialmente na Austrália em 15 de março.
 TEM TALENTO DE CAMPEÃO

A parceria entre Felipe Massa e Valtteri Bottas começou com sucesso. O primeiro ano dos dois foi de ressurreição da Williams e de colocar medo em Toto Wolff, diretor-executivo da Mercedes, que confessou enxergar a equipe de Grove como maior ameaça ao segundo ano de domínio do time alemão. E se Bottas surpreendeu a todos terminando o Mundial de Pilotos na quarta colocação, à frente do tetracampeão Sebastian Vettel e do bicampeão Fernando Alonso, Massa acredita que muito disso foi por causa do que o finlandês aprendeu com ele.

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 PEGO NO FLAGRA
O francês Franck Montagny, que começou a temporada inaugural da F-E defendendo a equipe Andretti, foi pego no exame antidoping após a etapa da Malásia e está suspenso preventivamente das pistas até ser julgado pela FIA. O piloto foi flagrado com um derivado de cocaína no organismo. A revelação foi feita pelo próprio em coluna no jornal francês 'L'Equipe'. Montagny assumiu o erro e revelou que, ao ser chamado pelo fiscal da agência antidoping após a corrida nas ruas de Putrajaya sabia que estava em uma situação delicada.

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MELHORES DO ANO
 
E assim, como num passe de mágica, 2014 passou. Foi rápido mesmo. Se Vettel decepcionou, a Mercedes dominou e o medo de acidentes fatais voltou à F1; se a Ganassi não correspondeu e Will Power fez chegar o dia que parecia inalcançável; se Márquez deu mais um passou para construir uma dinastia; se Rubens Barrichello viveu sua redenção, tudo isso é sinal das marcas de 2014 no automobilismo. Para encerrar e reforçar o que aconteceu no ano, a REVISTA WARM UP volta a eleger os melhores do ano.

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