Hamilton está perto de deixar McLaren para substituir Schumacher na Mercedes em 2013, afirma Jordan
Ex-chefe de equipe, comentarista da BBC e uma das pessoas mais bem informadas no paddock da F1, Eddie Jordan garante que Lewis Hamilton vai deixar a McLaren para ser companheiro de Nico Rosberg na Mercedes
Pode estar mesmo chegando ao fim o casamento entre Lewis Hamilton e a McLaren. Ex-chefe de equipe, atual comentarista da BBC e uma das pessoas mais bem informadas do paddock da F1, Eddie Jordan garante que o britânico, campeão mundial de 2008, seguirá novos rumos em sua carreira, deixará a McLaren e, a partir da próxima temporada, correrá pela Mercedes, substituindo Michael Schumacher, ex-piloto de Jordan, que pode se aposentar, de maneira definitiva, no fim de 2012. Segundo o comentarista irlandês, "Hamilton e Mercedes já definiram termos pessoais e o acordo é iminente".
Cada vez mais Hamilton vem demonstrando insatisfação na McLaren. Seu contrato se encerra no fim desta temporada, e, em várias oportunidades, o britânico deixou claro que deseja um aumento substancial no seu salário, mas vem impondo condições para a prorrogação do seu vínculo, como a premissa de ficar com os troféus, que, tradicionalmente, ficam na sede do time, em Woking.
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E para acender ainda mais a chama das especulações, no último fim de semana, Lewis publicou em sua conta no Twitter uma foto da telemetria dos carros seu e de Jenson Button. Hamilton se mostrou insatisfeito por ter sido preterido pela equipe ao não poder usar a nova asa traseira projetada para o GP da Bélgica. Minutos depois, o piloto deletou as postagens da sua rede social, mas o estrago já estava feito, gerando críticas, inclusive, de Button.
Os rumores ganharam mais força depois de Bernie Ecclestone, chefão da F1, ter feito declarações sobre Schumacher em tom de despedida. Em entrevista ao próprio Eddie Jordan, o dirigente britânico comentou. “Lamento que ele esteja nos deixando sem vencer, porque ele é um vencedor”. Em seguida, o comentarista perguntou se Michael está definitivamente se aposentando, mas Bernie, esperto, desconversou. “Não sei, não sei”.
No último domingo (2), o heptacampeão mundial e maior vencedor da história da F1 reiterou que ainda não tomou uma decisão definitiva sobre seu futuro. “Conversei [com Bernie] ontem, não tomei uma decisão”, garantiu o veterano, de 43 anos.
Diante dos últimos acontecimentos, Jordan apurou a movimentação em torno do futuro de Hamilton e assegurou que o acordo com a equipe de Brackley está muito próximo. “Semanas atrás disse na TV que senti Lewis estava saindo, e eu imaginei que ele estivesse falando da Ferrari, e agora sabemos que é verdade. Mas agora posso confirmar que pessoas ligadas a ele tiveram reuniões com a Mercedes”, disse.
“Bernie Ecclestone deixou claro para mim, ao vivo pela TV no domingo, que Schumacher estava saindo, embora Schumacher, mais tarde, tenha negado. Então parece que Michael está saindo e Lewis chegando na Mercedes”, informou o comentarista irlandês.
Entre as chaves para a saída de Hamilton da McLaren está, principalmente, o fator financeiro. “De fato, a equipe deixou claro que não pode oferecer um grande salário como o que recebe atualmente — € 15 milhões —, que foi negociado antes da crise econômica global. Além disso, a McLaren terá de pagar, neste ano, pela primeira vez, pelos motores Mercedes”, considerou. Outro fator considerado relevante nesta eventual marcha rumo a Mercedes é a influência de Simon Fuller, gestor de sua carreira. De acordo com Jordan, a presença de Hamilton na Mercedes, uma marca de alcance global, seria muito mais positivo para sua carreira do que ficar na McLaren.
Procurada pela reportagem da BBC, a McLaren, por meio da sua assessoria de imprensa, disse que as negociações entre Hamilton e a equipe ainda estão em curso.
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