Hamilton espera que GPs sem público sejam piores que testes de pré-temporada

Não ter uma única viva alma nas arquibancadas no começo da temporada 2020 é motivo de tristeza para Lewis Hamilton. O britânico espera um começo de campeonato melancólico na F1, que fecha portões para combater o coronavírus

A presença de público na temporada 2020 da Fórmula 1 está, ao menos em um primeiro momento, vetada. Os GPs da Áustria e da Inglaterra serão com portões fechados, método encontrado para ao menos viabilizar o início do campeonato em julho. Só que isso não é necessariamente motivo de celebração para Lewis Hamilton, que já lamenta ter de correr com arquibancadas completamente vazias.
 
“Não sei quão empolgante vai ser para quem acompanhar pela TV, mas vai ser melhor do que nada”, ponderou Hamilton. “Para nós, será como um dia de testes. Talvez até pior do que um dia de testes, de certa forma. Não temos tanta gente assim em Barcelona nos acompanhando nos testes, mas ainda tem gente. Só que agora vamos ficar sem ninguém nas arquibancadas, só vendo assentos vazios conforme andamos”, comentou.
Lewis Hamilton já lamenta os GPs sem público na F1 (Foto: Mercedes)
O golpe é particularmente duro para Hamilton, que não vai encontrar compatriotas no GP da Inglaterra. O britânico é idolatrado em Silversone, onde já venceu seis vezes.
 
“Eu lamentei muito porque são os fãs que fazem valer essa corrida [GP da Inglaterra]. Ao redor do mundo, em todas corridas, ter mais público significa ter uma atmosfera melhor. É por isso que temos lugares como Silverstone e Monza. Mas o que é bom mesmo é receber mensagens de pessoas ao redor do mundo que estão sofrendo nesse período. Eles não têm esportes para ver, e aí vemos como o esporte é importante na vida das pessoas. Isso une as pessoas”, encerrou.
 
Caso o plano da F1 se sustente, a temporada começa em 5 de julho, data do GP da Áustria. A versão final do calendário ainda não foi divulgada, mas o plano é realizar entre 15 e 18 provas. Os GPs da Austrália, de Mônaco e da França já foram cancelados e só voltam em 2021.

 

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