Hamilton define punição em Xangai como “chute no saco” e prevê fim de semana fácil para Rosberg

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A sorte não anda mesmo ao lado de Lewis Hamilton neste começo de temporada. Além da falha na largada na Austrália e do toque sofrido por Valtteri Bottas na primeira curva do GP do Bahrein, o britânico vai ter de remar no GP da China depois de saber que vai ser punido com a perda de cinco posições no grid de largada em Xangai em razão de uma troca de câmbio, providenciada pela Mercedes após uma análise técnica em seu carro, feita nesta quinta-feira (14). Um verdadeiro “chute no saco”, segundo o piloto de 31 anos.

 

Assim, Nico Rosberg tem seu caminho livre para faturar a sexta vitória consecutiva na F1, a terceira da temporada. Hamilton não tem dúvidas em considerar o GP da China muito mais favorável ao companheiro de equipe, mas nem por isso se dá por vencido.

 

“Vai ser um fim de semana fácil para Nico, com certeza. O mais provável é que vá ser um fim de semana mais fácil para ele”, disse. “Mas isso não significa que vou dar mole. Vou acelerar da forma mais forte que eu puder. Isso não significa que eu não possa vencer a corrida”, bradou o britânico, dono do melhor histórico do GP da China: quatro vitórias, cinco poles e sete pódios em Xangai.

Hamilton evitou comparar o momento agora em que vive na temporada com 2014, quando começou atrás de Rosberg, mas passou a emplacar uma sequência de vitórias até superá-lo no GP da Espanha, em Barcelona. “Parece 2016 para mim”, ironizou.

 

“É um pouco diferente de 2014, tanto que eu me lembro. Eu já estava me aproximando já a partir da segunda corrida, não? Então 2016 é um pouco diferente. Mas é um desafio e gosto disso. O desafio é uma chance a mais para avançar, então estou muito animado sobre essa chance de onde vou largar e espero que seja na melhor posição possível com a punição”, disse o piloto, dono das duas poles do ano na F1.

 

“Tem sido uma boa pista para mim por muitos anos, por isso eu me sinto bem vindo para cá. Naturalmente, quando você chega a Xangai e descobre que vai largar cinco posições onde me classificar, isso é um chute no saco, mas você tem de encarar de frente. O desafio é mais oportunidade para dar a volta por cima e, ao invés de olhar para o copo meio vazio, eu olho para o copo meio cheio”, complementou o piloto, tentando mostrar otimismo.

 

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A Mercedes informou que a quebra do câmbio não tem relação direta com o acidente e o toque sofrido pela Williams de Valtteri Bottas. Hamilton deixou claro que confia no trabalho do seu time e que não há temor sobre a confiabilidade da Mercedes, que se mostrou inabalável nos testes de inverno da F1.

 

“Eles trocaram e eu vou pra cima novamente. Não vou usar isso como forma de me preocupar, tenho certeza de que a equipe está focada nisso. A confiabilidade tem sido fantástica por muito tempo, então eles vão corrigir isso muito em breve, tenho certeza”, declarou o piloto ao encerrar, dizendo que não liga para o que causou o problema. “Não sei, isso não importa."