Há dez provas fora da zona de pontos, Maldonado lamenta momento da Williams: "Fazer pior é impossível"

Sem respostas para atual fase da equipe, que vive o pior ano de sua história, venezuelano se aproxima de igualar recorde negativo e revela não saber o que mudou tanto entre 2012 e 2013: "Não sabemos porque melhoramos no ano passado e nem por que estamos mal"

 
A Williams vive, em 2013, a pior temporada de toda a sua longa e vitoriosa história na F1. É a primeira vez desde 1975, quando passou a construir os próprios chassis, que o time britânico inicia um campeonato com nove corridas consecutivas sem marcar pontos.
 
A questão parece inexplicável para Pastor Maldonado, primeiro piloto da escuderia de Woking. Há apenas um ano, o venezuelano vivia a melhor fase de sua carreira em parceria com o time de Frank Williams. O período culminou, inclusive, com pole e vitória no GP da Espanha do ano passado, no que parecia o ressurgimento da esquadra.
 
Insatisfeito, o piloto parece não entender, de fato, o que levou a escuderia a tamanha derrocada na atual temporada. "Fazer pior do que neste ano é impossível. O potencial da equipe não é esse", admitiu durante coletiva nesta sexta-feira (25), na Hungria. 
Pastor Maldonado não soube encontrar respostas para momento da Williams (Foto: Getty Images)
"Não sabemos porque melhoramos no ano passado e tampouco por que estamos tão mal. Creio que qualquer mudança seja bem-vinda, desde que seja para algo positivo. Se vai mudar ou não, não sei, mas sei que temos trabalhado muito. "
 
Maldonado se refere à troca na direção técnica da Williams. Mike Coughlan, que ocupava o cargo, foi substituído por Pat Symonds. O venezuelano, porém, eximiu o antigo diretor de qualquer responsabilidade na atual fase da equipe.
 
"Não se trata de uma pessoa. Somos uma equipe, não fizemos as coisas bem, e o resultado se vê na pista. Não pensávamos em estar dessa maneira, pelos resultados do ano passado", admitiu. "Esperávamos estar ainda melhor que no ano passado, mas não conseguimos responder a essa expectativa."
 
Sem conseguir entender as razões para tal queda de rendimento, o piloto optou por responsabilizar os regulamentos da F1, que estariam "matando" a categoria. "Por isso estamos vendo o domínio das grandes equipes", disse. "Uma equipe média poderia ganhar uma corrida, uma equipe de trás poderia marcar pontos." 
 
"Agora, uma equipe de trás não sonha com um ponto. Nós, que somos uma equipe sólida, não marcamos ponto ainda. Creio que os regulamentos não são os mais corretos para o futuro da F1", destacou, sem, no entanto, sugerir qual seria o caminho adequado.

Por fim, Maldonado, que no GP da Hungria pode completar 11 corridas fora da zona de pontos e igualar seu próprio recorde negativo sem pontuar, elogiou a pista de Hungaroring, palco da décima etapa da temporada 2013, que será disputada neste domingo (28). Entretanto, admitiu não saber o que esperar do desempenho da Williams na pista magiar.
 
"Gosto do circuito. É difícil. O piloto pode trabalhar bem com a equipe. Se conseguir um bom balanço nas frenagens e na tração, pode ser mais competitivo que o normal."
 
"Tem muitas curvas e é um pouco desgastante para o piloto. Mentalmente, é desgastante e, fisicamente, claro que o calor assim é muito duro", comentou, sobre a previsão de 39ºC para o dia da corrida.
 
"O carro é o mesmo. Adaptamos algumas coisas para este tipo de pista e para os pneus que vão chegar. Não sei como o carro vai reagir ao clima e aos pneus. É tudo uma incógnita", encerrou Pastor.

GRANDE PRÊMIO acompanha ‘in loco’ o GP da Hungria, direto do circuito de Hungaroring neste final de semana, com o repórter Renan do Couto. Acompanhe o noticiário completo aqui.
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