Force India revela ter sido pega de surpresa com saída de Hülkenberg, mas não tem pressa para definir substituto

Ainda que os rumores sobre a ida de Nico Hülkenberg para a Renault tivessem ganhado força nas últimas semanas, a confirmação da saída do alemão da Force India foi encarada como uma surpresa para Bob Fernley. O chefe-adjunto do time sediado em Silverstone deixou claro que impedir a transferência do seu piloto, mesmo Nico estando sob contrato até o fim do ano que vem, não era o caminho. De qualquer forma, agora há uma vaga cobiçada em jogo para 2017. Vaga que, no que depender da Force India e de Vijay Mallya, será definida com muita calma.

 

Em entrevista à revista britânica ‘Autosport’, Fernley foi perguntado se encarou com surpresa a saída de Hülkenberg da Force India ao fim do ano. “Sim, sem dúvida. Não temos nada no radar, daí o motivo de estar assim. Mas lidamos com isso de uma forma muito profissional e rápida. Porque, com toda a justiça, não havia nada na mesa na semana passada”, afirmou.

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O engenheiro aproveitou para alfinetar a Renault pela maneira como abordou um piloto sob contrato. “Agora queremos esperar a poeira baixar porque a abordagem da Renault sobre Nico veio um pouco como uma surpresa, para dizer o mínimo”, questionou Fernley.

 

Contudo, o dirigente garantiu não ter mágoa de Hülkenberg, que foi definido como um “torcedor leal e consistente da Force India”, deixando claro que foi uma decisão da equipe não se opor à saída do alemão, que buscava fazer parte de uma equipe de fábrica na F1. “Foi muito melhor fazer isso de uma forma igualitária e adequada, que é o que a Force India fez e o que Vijay tem feito”, disse.

 

A partir de agora, o foco não está na definição do piloto que vai ocupar o lugar deixado por Hülkenberg. Candidatos para correr na Force India, cada vez mais cobiçada, ainda mais em um momento em que se aproxima de fechar 2016 em quarto lugar no Mundial de Construtores, não faltam: entre os especulados, aparecem Esteban Gutiérrez, Kevin Magnussen, Felipe Nasr e Pascal Wehrlein, que já começou a negociar com a Force India.

 

“A resposta agora é recuar. Fizemos o que precisávamos para esclarecer a situação com Vijay. Isso está fechado”, analisou Fernley, focado no futuro. 

 

“Temos agora dois finais de semana bem importantes pela frente, fechando com o GP do México, onde vamos estar extremamente comprometidos não só pelos nossos parceiros comerciais, mas também por Checo. Para mim, nada vai prejudicar as próximas semanas, e quando terminarmos o GP do México e voltarmos à Inglaterra, vamos sentar com Vijay e analisar isso”, acrescentou, avisando que, no fim das contas, a decisão será do dono da Force India.

 

“Portanto, não há a necessidade de tomarmos uma decisão rápida. No fim das contas, é a decisão de Vijay, de modo que o processo vai ser iniciado tão logo voltemos do México. A segunda vaga pode esperar. Fizemos o que precisávamos fazer, que é resolver as coisas, limitar as histórias aos livros de história, e assim vamos nos concentrar no que precisamos fazer para Austin e o México”, concluiu.

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