Briatore se diz “motivado” e projeta Alpine competitiva “dentro de dois anos”

Novo conselheiro executivo da Alpine na Fórmula 1, Flavio Briatore afirmou que é possível tirar a equipe da crise pela qual a mesma está passando e colocá-la "no caminho certo"

O fim de semana de Fórmula 1 na Espanha começou quente, já que logo cedo, na sexta-feira (21), a Alpine anunciou oficialmente o retorno de Flavio Briatore para assumir a função de conselheiro executivo. Banido da categoria em 2009 por conta do escândalo de manipulação no GP de Singapura de 2008, a notícia sobre a volta do italiano não foi bem-recebida no paddock. O empresário de 74 anos, por sua vez, explicou como espera ajudar o time de Enstone.

Presente em Barcelona para comandar a equipe na décima etapa da temporada 2024, Bruno Famin aproveitou o momento de entrevistas para responder às críticas direcionadas a Briatore, afirmando que “não me importo com o passado, olho sempre para frente, no que podemos melhorar nossa equipe”, deixando claro que a experiência do ex-chefe da Benetton e da Renault será importante para tirar a escuderia de Pierre Gasly e Esteban Ocon do momento difícil pelo qual a mesma está passando.

Mas o próprio Briatore fez questão de também tomar a palavra e explicar com aconteceram as negociações com o presidente da Renault, Luca de Meo, amigo próximo do italiano e responsável pelo convite. Em um primeiro momento, ele foi questionado se já passava por sua cabeça fazer planos para retornar à F1 um dia. “Na verdade, não”, respondeu Flavio à emissora britânica Sky.

“Conheço muito bem o presidente da Renault, Luca de Meo, e tenho muito respeito [por ele]. Ele encontrou algumas dificuldades no desempenho da equipe, então perguntou se era possível eu ser o conselheiro executivo do presidente. Negociamos durante dois ou três meses, talvez mais”, continuou Briatore, que, obviamente, aceitou o desafio. “Sinto que tenho motivação para fazer isso. Sinto que é possível fazer isso. Acredito que é possível colocar a equipe novamente no caminho certo para ter um bom desempenho. É disso que gosto, de voltar a competir”, afirmou.

Flavio Briatore está oficialmente de volta à Fórmula 1 (Foto: Carl Bingham)

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Desde a demissão de Otmar Szafnauer, que aconteceu logo após o GP da Bélgica de 2023, Famin assumiu a função de chefe da Alpine de maneira interina. Com a chegada de Briatore para preencher o quadro de funcionários, surgiu a pergunta sobre as chances do italiano substituir o atual comandante no futuro, já que o mesmo possui vasta experiência na função.

“Não, não. Chefe de equipe? Já temos um chefe de equipe. Temos o Bruno. Não há problema algum. Estou trabalhando com o Bruno, estou trabalhando com todo mundo. Para mim, estou trabalhando com Luca. Esse é o meu trabalho, me reporto a ele e tentamos juntos conseguir o melhor desempenho para a equipe”, explicou.

“Ainda não vou trocar os pneus. Não quero trocar os pneus, não quero guiar o carro. Só quero ser competitivo. Dentro de dois anos, seremos”, garantiu Briatore. “Quero dar a minha contribuição. Temos um chefe de equipe que está fazendo um trabalho muito bom, e temos uma organização trabalhando em conjunto. Tenho certeza de que vamos encaixar tudo isso em um espaço de tempo muito curto”, declarou.

Italiano aposta em Alpine competitiva “dentro de dois anos” (Foto: Alpine)

No início desta semana, a revista inglesa Autosport informou que a montadora francesa está estudando abandonar os motores Renault a partir de 2026 e que, por isso, já iniciou conversas com outras fabricantes para se tornar uma cliente dentro do grid. Briatore, por sua vez, negou que esse seja o plano da Alpine no momento.

“Não, isso não é uma questão neste momento. Claro, para tornar o time competitivo, avaliamos diferentes oportunidades e, depois, escolhemos o melhor para o time. A Fórmula 1 tem muita fofoca o tempo todo. No momento, não tomamos nenhuma decisão. Estamos trabalhando e encontraremos a melhor solução para a equipe”, finalizou.

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