Ferrari até concorda com teto, mas pede decisão racional: “Equipes têm produções diferentes”

A Ferrari até acha que um novo teto orçamentário mais baixo é uma boa para a F1, mas tem suas condições: quer tetos diferentes para equipes que produzem de formas diferentes


 
A Ferrari costuma ser uma das equipes mais teimosas nas decisões que a F1 toma. Em meio ao caos que a pandemia de coronavírus tem causado, os italianos estão ao lado dos demais times e da categoria e até concordam com uma diminuição no teto orçamentário para 2021. Só que, é claro, deixam suas condições para que isso aconteça.
 
Chefe da equipe, Mattia Binotto garantiu que a Ferrari está, sim, preocupada com as equipes menores e o futuro delas e que acha uma boa cortar mais os gastos. No entanto, ponderou que os italianos e outros times, como a Mercedes, por exemplo, precisam gastar mais naturalmente por produzirem peças que equipes menores compram.
 
"Temos total consciência das dificuldades de algumas equipes. Estamos cientes de que teremos de ajustar os gastos para o futuro da F1, reduzir custos para salvar as equipes. Estamos já discutindo com FIA e F1 a redução no teto orçamentário, mas não podemos esquecer também que são equipes com estruturas diferentes e produções diferentes", disse à emissora britânica 'Sky Sports'.
Mattia Binotto quer sobriedade para a F1 num momento de crise (Foto: Ferrari)
Para o dirigente, a grande questão para concluírem os novos termos para 2021 é que os times entendam as necessidades diferentes de cada um. A McLaren, por exemplo, teme que quatro equipes possam acabar com gastos muito altos, enquanto a Red Bull também manifestou preocupação com o fundo do grid.
 
"Existem equipes como a Ferrari e outras de ponta que desenham tudo, desenvolvem tudo, homologam tudo, enfim, produzem cada uma das partes do carro. Outras equipes são clientes, compram peças, então, obviamente, não desenvolvem todos os componentes deles. Então, na discussão de teto, não podemos esquecer dessas situações, precisamos achar um termo que encaixe as diferentes situações de cada equipe", seguiu.
 
Binotto explicou a proposta como um teto que seja proporcional ao nível de produção de cada time e pediu que a F1 não tome nenhuma decisão de cabeça quente pelo coronavírus.
 
"Talvez a resposta seja um teto salarial que não é igual para todas as equipes. Acho que o mais importante é que a conferência com equipes, FIA e F1 foi construtiva e positiva. Ainda precisamos analisar alguns cenários para tomar as decisões corretas, devemos evitar agir muito com a emoção agora. Sei que estamos enfrentando dificuldades, mas precisamos dar um jeito de manter nosso DNA, a essência da F1, que é a competição, não esquecer isso. É hora de sermos racionais e entendermos todos os detalhes para que a gente tome uma decisão com a cabeça e não com o coração", completou.
 
A temporada 2020 segue sendo atrasada e, por enquanto, vai começar no último fim de semana de junho na França. Os casos de COVID-19 já passam de 1,4 milhão no mundo.

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