Falta de quórum em reunião na Inglaterra adia decisão sobre mudanças radicais na F1 em 2017

 

A reunião era vista por algumas pessoas como a chance final de que as mudanças radicais fossem escanteadas – algo que Toto Wolff, diretor-executivo da Mercedes, e Pat Symonds, diretor-técnico da Williams, já defenderam, citando as boas corridas deste início de temporada 2016. 

A informação sobre a falta de quórum foi dada pelo site norte-americano 'Motorsport.com'. As mudanças do ano que vem foram acordadas meses atrás e, neste ponto, a esperança era ver uma objeção aos acordos passados para que pudessem modificar as regras ou mesmo manter as atuais. Desta forma, o esquema de adição de maior carga aerodinâmica, maior downforce e turbulência, carros mais largos.

A Comissão da F1 é composta por membros de FIA (Federação Internacional de Automobilismo), FOM (Formula One Management, chefiada por Bernie Ecclestone), promotores de corridas, patrocinadores e equipes. A maior parte dos promotores não esteve presente para ratificar a mudança nas regras dos motores. Já que não foram à Inglaterra, o voto será dado via internet.

Nos próximos dias, portanto, a votação vai contemplar as mudanças técnicas, bem como a proposta de queda dos custos de motores pela utilização de apenas três unidades por temporada – a inteção é também aproximar equipes e garantir que todas tenham fornecimento para que não passem o drama da Red Bull no ano passado. A eleição online também vai incluir outros temas, como o aumento da quantidade de combustível, e deve ser realizada até o fim desta semana.

Apesar das impressões anteriores, a tendência é que a F1 de fato ou adie por um ano ou esqueça de vez as mudanças, até porque a temporada atual tem sido servida com corridas bem interessantes, fruto da combinação da estabilidade do regulamento técnico — que permitiu às equipes se aprimorarem nos detalhes, aproximando o grid — e da regra dos pneus, que colocou um terceiro tipo de compostos no fim de semana, embaralhando as estratégias.