Ecclestone minimiza influência de Todt e descarta Michelin na F1 em 2014: "Temos contrato com a Pirelli"

Chefão da F1 descartou possibilidade de trocar Pirelli por Michelin como fornecedora única de pneus no próximo ano e também rechaçou chance da volta do duelo de fabricantes na categoria: "Eles vão querer escolher as equipes que eles acham que podem vencer"

 
A Pirelli viveu momentos conturbados durante a temporada 2013 da F1. Os pneus preparados pela fabricante italiana para o atual campeonato foram considerados pouco resistentes e provocaram uma série de sobressaltos a pilotos e equipes até o último GP da Alemanha, quando foi solicitada à marca a adaptação e melhoria dos compostos. O pedido foi atendido e, ao que parece, a questão foi encerrada.
 
Durante este período, no entanto, o nome da Michelin surgiu com força como possível fornecedora a partir de 2014. Respaldada por Jean Todt, presidente da FIA, a empresa francesa se apresentou como alternativa à rival italiana e pleiteou de forma contundente uma nova parceria com a categoria – a última chegou ao fim após a temporada 2006.
 
Para Bernie Ecclestone, no entanto, nem mesmo o apoio de Todt é suficiente para causar uma troca absoluta na fabricante responsável pelo fornecimento de pneus para o próximo ano – o regulamento atual prevê que apenas uma marca pode cumprir com este papel.
A Pirelli introduziu mudanças nos pneus no GP da Alemanha (Foto: Getty Images)
"FOM e Pirelli possuem um contrato", disse o britânico em entrevista ao jornalista inglês Adam Cooper, nesta quarta-feira (28). A afirmação, no entanto, é contrária à de Paul Hembery, diretor-esportivo da empresa, que já cobrou publicamente uma posição de Bernie a respeito da assinatura de um novo acordo válido para o próximo campeonato.
 
Diante disso, Ecclestone recuou. "Nós não precisamos de um [contrato], eu acho", afirmou. Em seguida, minimizou o papel da FIA na negociação. "Eles não têm nada a ver com o lado comercial. A posição da FIA é a de reguladora, eles regulam todas as normas acordadas."
 
"Jean [Todt] é o presidente da FIA. Se é uma questão a ser votada no Conselho Mundial, ele tem direito a um voto. Como não é o caso, não faz muita diferença", desdenhou.
 
Ecclestone também desmentiu a questão a respeito de um suposto interesse das equipes no retorno da Michelin. "Nenhum dos times com os quais tenho falado me disse isso", enfatizou. "Todos falaram comigo para dizer que estão muito felizes com a Pirelli, e que os problemas que eles tiveram, estão felizes por terem sido solucionados."
 
Por fim, o chefão da F1 também se mostrou contrário à ideia do retorno da disputa de fornecedoras – no caso, entre italianos e franceses – a partir de 2014. "Porque eles vão querer escolher as equipes que eles acham que podem vencer, e vão pagar muito mais dinheiro do que qualquer outro para levá-las. Há um acordo com a Pirelli, de qualquer forma", encerrou, colocando um breve ponto final nos rumores.
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