Diretor da Williams cita investimentos para fugir de “eventual morte” e minimiza prejuízo de R$ 75 milhões no 1º semestre
Mike O’Driscoll não se mostrou extremamente preocupado com o prejuízo que a Williams teve no primeiro semestre de 2014. Diretor-executivo disse que investimentos recolocaram a equipe nos trilhos e tiraram o time do caminho que o levaria à morte
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A Williams registrou um prejuízo de mais de R$ 75 milhões (£ 20,7 mi) durante o primeiro semestre de 2014, mas a equipe não está muito preocupada com isso. De acordo com Mike O’Driscoll, diretor-executivo da esquadra de Grove, as perdas foram calculadas e necessárias para recolocar a equipe no caminho certo.
Depois de viver uma das piores temporadas de sua história, a Williams se recuperou de forma impressionante e ocupa a quarta posição no Mundial de Construtores após o GP da Bélgica. Isso só foi possível porque, no fim de 2013, decidiu-se que era preciso fazer investimentos grandes — do contrário, era questão de tempo até a morte do time, um dos mais tradicionais da F1.
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Esse, ao menos, foi o posicionamento de O’Driscoll ao comentar o assunto no fim de semana do GP da Itália.
“Tínhamos duas opções no fim do ano passado, as quais eram não voltar ao caminho do sucesso — o que eu acho que seria, eventualmente, uma dolorosa morte. A outra era gastar, mas gastar sensivelmente”, argumentou.
“O conselho decidiu apertar o botão ‘reset’, e sabíamos que havia um custo de investimento envolvido com isso. Tomamos a decisão, depois de uma década de declínio, que era o bastante. E acho que os resultados dos nossos investimentos em pessoal, tecnologia e marketing agora estão dando retorno”, justificou.
“Estamos começando a ver resultados na pista, e o melhor cartão de visitas que a nossa área de engenharia pode ter é uma organização de sucesso na F1”, completou, referindo-se aos projetos que a Williams toca fora do âmbito esportivo. Área que, a propósito, teve desempenho um pouco melhor, já que o prejuízo de R$ 75 milhões foi da equipe de F1, enquanto a empresa como um todo teve perdas de R$ 66 milhões.
A Williams perdeu, do ano passado para cá, uma generosa fonte de receita: o patrocínio da PDVSA, que garantia Pastor Maldonado no time — embora tenha recebido uma boa multa rescisória da petrolífera venezuelana. Além disso, passou a gastar mais de R$ 20 milhões a mais com os motores V6 turbo da Mercedes em comparação com o que precisava pagar pelos V8 aspirados da Renault.
As muitas mudanças promovidas pela Williams para 2015 envolveram a contratação de Felipe Massa e de engenheiros como Pat Symonds, ainda no fim de 2013, e Rob Smedley, no início deste ano. E ganhou patrocinadores fortes como a Martini e a Petrobras — cuja atuação será mais intensa a partir do próximo ano.
O GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' o GP da Itália, 13ª etapa do Mundial de F1, com a repórter Evelyn Guimarães e o fotógrafo Xavi Bonilla. Para acompanhar todo o noticiário, clique aqui.
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