Diretor da Manor Marussia critica Grupo de Estratégia da F1: “Não tem estratégia articulada por eles”

Graeme Lowdon, diretor-esportivo da Manor Marussia, está insatisfeito com o que tem visto do Grupo de Estratégia da F1, que, segundo ele, "não tem estratégia" e "está fazendo as perguntas erradas"

As novas ideias do Grupo de Estratégia da F1 não são unanimidade. Dentre os mais infelizes com o caminho sendo adotado está Graeme Lowdon, diretor-esportivo da Manor Marussia. O inglês fez críticas pesadas, chegando a dizer que o Grupo de Estratégia "não tem estratégia".
 
Segundo Lowdon, todos os passos para a criação de um plano e um programa estão sendo ignorados pelo Grupo, que está olhando apenas para questões que possam bancar suas ideias – e nada que vá de encontro.
 
"Do que eu vi, não há estratégia que já tenha sido articulada pelo Grupo de Estratégia. Uma estratégia é primeiro analisar, depois traçar metas e objetivos, e então trabalhar como você vai operar e criar um plano que pode ser seguido. O que o Grupo de Estratégia parece estar fazendo é olhar apenas o lado que eles querem com várias ideias, seja o reabastecimento, carros de franquia, carros clientes, qualquer coisa", disse à revista inglesa 'Autosport'.
 
"Reabastecimento e carros clientes não são estratégias. Uma estratégia articula um mapa da mina de como você vai chegar a algum lugar. Em minha cabeça, eles estão ignorandoas coisas mais fundamentais, e isso é, a estratégia geral da F1. O que é que eles estão tentando fazer?", questionou.
 
"Eu espero que a estratégia de crescimento da F1 seja algo que possa ser articulado por todos para que todos possam entender como está crescendo. Qualquer grande companhia internacional vai dizer que definir e avaliar estratégias é fundamental para dirigir o negócio. É difícil, pois toma tempo e esforço", seguiu.
E as conversas com Bernie? (Foto: Getty Images)
Ainda que os planos dos carros clientes possa ajudar a Manor diminuindo custos, Lowdon não está de bem com a proposta. Para ele, o Grupo de Estratégia está fazendo as "perguntas erradas" na avaliação da ideia.
 
"Um carro cliente pode ser mais barato para alguém comprar? Bem, sim, claro. É uma coisa boa ou ruim? Você pode julgar ao analisar se o esporte vai crescer. É o mesmo com a ideia da franquia. É uma questão de perguntar as questões certas, e no momento não tenho certeza de que as questões certas estão sendo feitas", avaliou Lowdon.
 
"Com carros clientes, ou algo assim, é inerente que vai se transformar numa categoria de duas divisões. É o que os fãs querem? Alguém prove que isso é o caso, ou avalie a estratégia e diga que essa é a melhor estratégia para a F1. No meu ponto de vista, são muitos esforços sendo feitos em tentar responder perguntas, mas talvez as questões sejam erradas. Uma das piores coisas que você pode fazer é colocar a pergunta errada e deixar todos ocupados tentando resolver o problema", encerrou.
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