Diretor da Manor lembra Bianchi e diz que equipe precisa ser “profissional e forte” de volta ao Japão

O diretor-esportivo da Manor Marussia, Graeme Lowdon, ressaltou o quanto deve ser emocional para a equipe o final de semana da F1 no Japão nessa que é a primeira ida ao país após o acidente fatal de Jules Bianchi

Foi na última vez que passou por Suzuka, um ano atrás, que a F1 viveu o momento mais triste dos anos recentes – o acidente do qual Jules Bianchi jamais se recuperou. Quase um ano se passou, e agora o Mundial retorna ao Japão no que será um final de semana de carga emocional imensa especialmente para os membros da Manor Marussia.
 
A equipe que Bianchi defendia naquele domingo – aliás, Jules ainda é o responsável pelos únicos pontos em toda a história do time – tem muitos membros em seus quadros que trabalharam lado a lado com o piloto em seus dois anos na F1. E voltar à pista onde o acidente aconteceu vai trazer memórias fortes.
 
"Jules nunca está distante dos nossos pensamentos. Agora vamos ao Japão e temos de ir como um time, conduzir nossos negócios de forma profissional e sermos fortes", disse. "Muitos caras do nosso time estavam conosco ano passado, então sabemos que será difícil, mas da mesma forma sabemos que Jules era um piloto e gostaria que focássemos no trabalho de correr. Mas eu estaria mentindo se dissesse que não serão momentos difíceis, porque definitivamente serão, não há discussão", falou o diretor-esportivo Graeme Lowdon à revista inglesa 'Autosport'.
Graeme Lowdon e Bernie Ecclestone conversam (Foto: Getty Images)
Lowdon lembrou do GP de Mônaco deste ano, no mesmo lugar onde o francês conquistara o nono lugar e os dois pontos que garantiram o nono posto no Mundial de Costrutores de 2014 para a então Marussia. Disse que visitara Jules dias antes e era um local de boas lembranças, mas mesmo assim o sentimento foi muito forte. Bianchi teve a morte confirmada menos de dois meses depois.
 
"Mônaco foi obviamente difícil, mas esse final de semana vai ser mais. Ao menos em Mônaco tínhamos muitas memórias boas. Mas acabou por ser muito emocional, mais do que eu imaginava. Eu tinha ido visitar Jules uma semana antes e tinha pensamentos positivos em minha cabeça. Tinha ido vê-lo e falei com ele, disse que íamos voltar. Sabia que seria difícil, mas não tanto. No final, achei incrivelmente difícil e era uma corrida em que tínhamos boas memórias", lembrou.
 
"Mas o que aprendi disso foi que eu não sei realmente o que sentir até chegar lá. Vai ser o mesmo neste final de semana", encerrou.
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