Cosworth se anima com chance de mudança nas regras dos motores a partir de 2021 e já fala em retorno à F1

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A icônica Cosworth já está se preparando para um retorno à F1 a partir de 2021, é o que assegura o site norte-americano 'Motorsport.com'. Neste momento, há em curso no Mundial um movimento para uma mudança nas regras dos motores após 2020 – quando se encerra a validade do atual regulamento. E entende-se que equipes, fabricantes e FIA (Federação Internacional de Automobilismo) vêm estudando uma nova configuração, que elimine ao menos uma das baterias de reaproveitamento de energia, além de melhorar o som das unidades de potência.

 

A marca inglesa tem uma grande história na F1. Já conquistou 176 vitórias e sua última passagem pelo Mundial aconteceu em 2013, quando empurrou os carros da já extinta Marussia. Aquela foi a última temporada antes da era dos motores V6 híbridos. Recentemente, a fabricante participou de uma reunião organizada pela FIA para discutir as novas regras com relação às novas unidades de potência da F1 a partir de 2020.

 

Embora não tenha havido um sinal oficial do caminho que o Mundial vai tomar, a adoção de um motor V6 híbrido turno mais simples e barato já é o suficiente para que a Cosworth intensifique os trabalhos para voltar ao grid. Diretor-executivo da marca, Hal Reisiger confirmou o entusiasmo por um retorno após o encontro com a FIA e demais montadoras. "Acho que temos o apoio suficiente das equipes do grid. Nós conversamos com alguns times, o que nos fez pensar em prosseguir com essa ideia", disse o dirigente em entrevista à publicação americana.

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"É claro que é sempre melhor ter mais equipes comprometidas a longo prazo. Mas temos alguns acordos verbais para fazer parcerias com algumas equipes existentes, o que permitir um mecanismo sustentável", completou.

 

A Cosworth também concordou em desempenhar um papel significativo nos novos grupos de trabalho da F1 por conta do regulamento de 2021 e entende que tudo que foi proposto até o momento é viável para que a empresa possa voltar. No entanto, Reisiger deixa claro que o Mundial precisa se afastar dos elementos de recuperação de energia, que provou ser um incômodo para os fabricantes.

 

"Nós apreciamos estar envolvidos no processo. Achamos que estamos bem adaptados para voltar à F1 se o regulamento de motor realmente mudar e se essa mudança atender ao sistema de recuperação de energia do turbo, porque essa é a parte mais cara do processo e que mais consome tempo em desenvolvimento", explicou.

 

Questionado se a Cosworth possui a estrutura suficiente para fazer frente a fabricantes como Mercedes e Ferrari, o executivo não hesitou. "Temos sim. E isso é importante não só para as equipes que podemos ser as nossas parceiras, como também para a própria marca. Temos uma excelente história e queremos protegê-la", concluiu.