Como forma de reduzir custos, fabricantes da F1 discutem proposta de três motores por temporada para 2018

As quatro fabricantes de motores da F1 concordaram em levar adiante a ideia de reduzir para três o número de unidades de potência por piloto por temporada. A iniciativa visa reduzir os custos. Atualmente, devido ao calendário de 21 corridas, a regra fala em cinco motores

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As fabricantes de motores da F1 concordaram com a ideia de reduzir para três unidades de potência para cada piloto na temporada a partir de 2018, como parte dos esforços para diminuir os custos. A informação está em uma reportagem do site norte-americano 'Motorsport.com'.
 
Antes da reunião do fim deste mês, quando os dirigentes vão se juntar para selar o regulamento do próximo ano, as montadoras já conversam sobre as mudanças para tentar frear os orçamentos e um dos principais pontos está em cortar o número de motores permitidos por temporada.
 
De acordo com a publicação, cálculos iniciais indicam que a redução com relação à atual regra de quatro motores por ano – cinco quando a temporada tem mais de 21 corridas – deve permitir que as fábricas forneçam as unidades às equipes clientes por €12 milhões (R$ 48 mi), que era originalmente a intenção da FIA (Federação Internacional de Automobilismo).
Fabricantes querem reduzir número de motores por temporada na F1 (Foto: Beto Issa)
A iniciativa ganhou o apoio preliminar das fabricantes de motores, mas a ideia ainda depende da aprovação do Grupo de Estratégia e da Comissão de F1. Isso porque ainda havia a expectativa de uma redução drástica dos custos para a temporada 2017 ou, ao menos, a adoção de motores independentes.
 
Falando sobre o assunto, o chefe da Mercedes, Toto Wolff, confirmou o apoio à proposta. "No que diz respeito aos pneus, estamos muito bem. Nós temos um acordo do que precisa ser ratificado pelos acionistas, mas há outros benefícios para a maioria das equipes neste acordo. Então, tenho esperança de que será aceito."
 
Presidente da Ferrari, Sergio Marchionne afirmou que os custos para o desenvolvimento dos atuais motores agora estabilizou e que isso representa um caminho para diminuir os gastos. "Vamos dizer que, no momento, isso se estabilizou. Agora, o próximo passo é reduzir custos. Só não podemos reinventar um novo motor a cada temporada", declarou o dirigente.
 
Apesar da iniciativa dos fabricantes, nem todos concordam que a redução de motores vai ajudar no controle dos orçamentos. E a voz crítica quanto ao assunto vem da Red Bull. A equipe austríaca, na verdade, é a favor da adoção de unidades independentes. 
 
"Eu acho que eles precisam decidir o que querem. Eles deixaram claro que teria a chance de motores independentes, depois retiraram essa opção. Acho que vão ser interessantes as discussões nas próximas semanas. Mas creio que os preços não vão baixar da forma como querem, porque a oferta continuará restrita", explicou.
 
Mercedes, Ferrari, Renault e Honda são as quatro fabricantes de motores da F1. 
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