Com ingressos já esgotados, organização comemora sucesso do GP do México em 2015. Mas ano que vem pode ser diferente

A organização do GP do México está muito feliz com o sucesso nas obras e na venda de ingressos para a prova de 2015. Mas e depois? Os organizadores não querem se apoiar apenas em 2015, quando o efeito novidade será grande, já que é a primeira vez da F1 no país desde 1992

Os chefes do GP do México venderam todos os ingressos rapidamente para o final de semana da primeira edição do GP desde 1992 e esperam cerca de 300 mil pessoas durante os dias, mas não acreditam que isso prove o valor do México para a F1. Ao menos ainda.
 
Para o diretor de gerenciamento do GP, Federico González, o fato de a F1 não passar no país por muito tempo, a Cidade do México ser tão populosa a curiosidade e a novidade se combinam para ajudar o evento em 2015. Mas para o futuro o trabalho tem que ser de consolidação e não deitar nos louros do sucesso deste ano.
 
"Muitas razões fazem com que esse ano seja um sucesso. Não tivemos uma corrida por 23 anos, então isso ajuda. Temos uma população de 20 milhões de pessoas na cidade, o que também ajuda. E os preços são razoáveis, o que ajuda. São muitas coisas que ajudam", disse em entrevista ao site inglês 'Motorsport.com'.
O esboço do novo autódromo Hermanos Rodríguez (Foto: Reprodução)
"Mas o desafio real é manter o espírito dos fãs continuamente com vontade de ir às corridas. É a coisa mais desafiadora, não a primeira. No primeiro evento é tudo felicidade. O desafio vai vir nos próximos anos", seguiu.
 
Para Rodrigo Sánchez, diretor de marketing do projeto, as vendas foram tão bem que os organizadores consideram colocar mais uma arquibancada. Ele disse que mesmo para os otimistas, as vendas foram incríveis. E agora o espetáculo tem de funcionar.
 
"Lançamos nossa venda de ingressos em março, e a resposta foi impressionante. Não quero soar convencido, nem nada, mas creio que estamos esperando uma boa reação, porque penso que fizemos bem o dever de casa. Mas a resposta foi simplesmente impressionante. Dentro de três a cinco minutos, em alguns casos, os ingressos haviam sido vendido na maior parte das áreas, então tem ido ótimo. Tem sido uma grande experiência", falou.
 
"Neste momento, nosso foco é em executar um GP bem-sucedido. Fomos bem nas vendas de ingressos, mas não é o fim. Ainda há muito a ser feito. Precisamos garantir que a experiência na pista seja a melhor, que as pessoas fiquem feliz e que quem venha de fora entenda o que é o México. Daí, então, temos de olhar para os próximos anos", falou.
 
Com as preparações em tempo, com cerca de 75% do paddock já pronto, a ideia é fortalecer a cultura e o rosto da F1 na América do Norte. México e Estados Unidos, com a corrida em Austin, são seguidas. Na opinião de Sánchez, a parceira tem tudo para permanecer por algum tempo.
 
"Eu acho que reforça a mensagem da F1 na América do Norte. Como sabem, nas corridas europeia, há uma tradição forte da F1 por causa das realização de corridas lá por muitos anos. No continente americano, não tivemos essa sorte de continuidade da F1. É a terceira vez que a categoria vem ao México. Tivemos provas na década de 1960, depois na de 1980 e início de 1990 e agora", lembrou.
 
"Nos Estados Unidos, eles foram de Dallas para Detroit, para Phoenix, Indianápolis e Austin. Falaram sobre Nova Jersey, mas não há um rosto consistente da F1 lá por 15-20 anos. Para nós, a parceria com Austin reforça a mensagem. Cria uma rede maior de fãs e é realmente importante tentar alcançar uma nova base e crianças, especialmente. No fim das contas, essa nova base vai ser a próxima geração de pagantes", encerrou.
 
O GP do México, no Autódromo Hermanos Rodríguez, acontece em 1º de novembro, enquanto o GP dos Estados Unidos ocorre uma semana antes, em 25 de outubro.
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