Coluna Apex, por Andre Jung: Tensões no Tirol

Valtteri Bottas também o ajudou ao ganhar a corrida austríaca. Um paradoxo, uma vez que, com a vitória, o sólido finlandês voltou a figurar como aspirante ao título. Se, ainda que algo distante, o título permanece sendo uma possibilidade e renovar com a poderosa Mercedes é o foco principal. Toto Wolff continua a adiar uma decisão, deixando a ambicionada porta aberta. De todo modo, ele é quem está mais próximo de atravessá-la

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Lewis Hamilton está circunspecto, respostas curtas e baixa tolerância, sem sorrisos, nem os amarelos. Motivos existem: ainda teria de assistir a manobra frustrada na qual quase chegou ao pódio para deixar de se angustiar pensando ter facilitado a resistência de Daniel Ricciardo. Por outro lado, ele acaba de terminar uma corrida muito boa ao sair da oitava posição na largada para o quarto lugar na quadriculada. Lewis aliviou um bocado o prejuízo da punição pela troca do câmbio.
 
Valtteri Bottas também o ajudou ao ganhar a corrida austríaca. Um paradoxo, uma vez que, com a vitória, o sólido finlandês voltou a figurar como aspirante ao título. Se, ainda que algo distante, o título permanece sendo uma possibilidade e renovar com a poderosa Mercedes é o foco principal. Toto Wolff continua a adiar uma decisão, deixando a ambicionada porta aberta. De todo modo, ele é quem está mais próximo de atravessá-la.
 
Sebastian Vettel chegou na Áustria meio por baixo após as comprovações da telemetria de Baku. Pediu desculpas e mostrou arrependimento em repetidas situações, mas o estrago já está feito. A recusa de Hamilton em apertar sua mão, na precipitada proposta de Davide Valsecchi, o animador das entrevistas depois dos treinos, já era de se esperar. Se Bottas figura nas probabilidades, Lewis e Seb só têm olhos um para o outro e, com a sequência do campeonato, devem se consolidar como os antagonistas.
 
Ricciardo é outro que se preserva na tabela das probabilidades. O australiano tem a melhor média de pontos das últimas cinco corridas e sonha com um achado no pacote de seu Red Bull para incomodar de verdade os vermelhos e os prateados. Sem o ímpeto de seu companheiro de equipe, Daniel tem convertido todas as chances em resultados, chegando ao quinto pódio consecutivo, no GP da casa da equipe. 
(Ilustração: Marta Oliveira)

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Max Verstappen assiste a consistência de Ricciardo concomitante com a sua  coleção de abandonos, um contraste que penaliza duramente o garoto holandês. Se foram jornalistas amigos de Carlos Sainz que plantaram, ou não, o fato é que uma possível e prematura transferência de Verstappen para o lugar de Kimi Räikkönen, tomou espaço nos noticiários com desdobramentos diários.
 
Romain Grosjean saiu da Áustria muito melhor do que chegou. Em crise com os freios da Haas desde o final da temporada passada, ele vinha devendo há algumas corridas e já estava marcado pelas constantes reclamações   escolhidas para ilustrar as conversas do rádio da equipe. Foi o melhor do resto com autoridade, evitando qualquer investida por parte de Sergio Pérez.
 
Felipe Massa, que não economiza superlativos quando é questão de elogiar a si próprio, fez uma corrida boa, conquistando um improvável nono lugar, mas para tornar-se fantástica, como o próprio descreveu, haveria de contar com a ultrapassagem sobre Esteban Ocon nas voltas finais, manobra que o brasileiro nem chegou a tentar.
 
Enquanto isso…
 
Räikkönen, tido como preguiçoso e distraído, responde dizendo que está fazendo seu melhor, o que, diante da baixa performance, é quase uma sentença…
 
… Monisha Kaltenborn continua a provocar polêmicas com sua saída da chefia da Sauber… 
 
… Agora é a Honda, insatisfeita com o episódio, que ameaça tirar o time de campo, deixando os suíços com uma bela encrenca para 2018.
 
MORBIDELLI VÊ ROSSI COMO INSPIRAÇÃO E DIZ QUE CONSELHO O TORNOU MAIS AGRESSIVO NAS CORRIDAS

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