Coluna Apex, por Andre Jung: A inteligência venceu o talento

Daí me aproveito dessa afirmação para concluir que Rosberg é um piloto excepcional. Lida com as pressões sem fazer mimimi, é um pouco – bem pouco – menos rápido do que o inglês, mas já se mostrou mais inteligente que ele em diversas oportunidades. Em Baku, conquistou sua quinta vitória na temporada, fazendo pole e volta mais rápida

Na sexta-feira, com uma transmissão burocrática da TV, cheguei a ficar irritado com o circuito de Baku. Infinitos alambrados e um monte de curvas cegas me deixaram perplexo com os rumos da F1. Enquanto pistas como Monza e Interlagos estão sempre sob ameaça, uma pista “careta" como aquela fazia sua estreia.
 
Ainda na sexta, a Mercedes deixava claro que, em condições normais, as disputas das outras equipes seriam pelo degrau mais baixo do pódio. Comentando com uma colega de assunto, cravei a classificação: vai dar Hamilton ou muro. Deu o segundo e o inglês teve de largar em décimo.
 
No sábado, o que mais me chamou atenção foi a qualidade do posicionamento das câmeras, era quase outra pista, dando um pouco mais de razão aos comentaristas ‘in loco’ que não paravam de elogiar o feito azeri. Outra coisa que deu pra notar foi o quanto as curvas cegas provocaram situações complicadas entre os carros que estavam para abrir volta ou para retornar aos boxes e aqueles em volta rápida. Foram muitas as reclamações por voltas (e pneus) perdidos.
 
Ainda que a impressão geral sobre a pista tivesse melhorado, o retrospecto da GP2, os muros cercando toda a pista e as altas velocidades faziam crer que teríamos uma prova acidentada, com o safety-car aparecendo diversas vezes. Com outro parceiro de assunto, comentamos que ia ser difícil terminar aquela corrida dentro das duas horas regulamentares.
 
E a boa surpresa foi o cuidado dos pilotos na primeira volta e a ausência de acidentes naquele traçado com poucas áreas de escape. Com transmissão caprichada, a pista perdeu um pouco o ar carrancudo da primeira vista e, ok, Baku até que não incomodou.
(Arte: Marta Oliveira)
Não é de hoje que Nico Rosberg não convence. Quando bateu Schumacher inapelavelmente, a conclusão foi de que o alemão mais velho tinha nutrido uma defasagem em relação às evoluções tecnológicas e que as restrições aos treinos tinham minado sua capacidade de recuperação. Parecia óbvio que o problema não era a velocidade do carro ao lado.
 
Hamilton, por outro lado, sempre foi gênio. Como tal, ganha quando quer e perde quando falha. Ao volante de uma Mercedes dominadora, chegou para destroçar o insosso rival do carro ao lado. Mas não foi isso que passamos a ver.
 
Também considero Hamilton brilhante – para além do significado de termos um negro vencedor onde quase não existem negros – seu lugar na F1 está garantido, sua velocidade e autoconfiança evocam os melhores, grupo do qual sem dúvida faz parte.
 
Daí me aproveito dessa afirmação para concluir que Rosberg é um piloto excepcional. Lida com as pressões sem fazer mimimi, é um pouco – bem pouco – menos rápido do que o inglês, mas já se mostrou mais inteligente que ele em diversas oportunidades. Em Baku, conquistou sua quinta vitória na temporada, fazendo pole e volta mais rápida.
 
Ainda assim, para muita gente foi Hamilton que perdeu, não Rosberg que ganhou, avaliação com a qual não concordo. Enquanto o inglês brilhava, fazendo tempos muito abaixo da concorrência já na sexta-feira, Nico parecia penar para encontrar um bom acerto.
 
Porém, na hora da verdade, Hamilton foi surpreendido com o ritmo que Rosberg estava conseguindo  imprimir. Daí em diante, sua autoconfiança caiu, os erros começaram a acontecer em quantidade, o que culminou com a suspensão quebrada por um toque infantil. Embora estivesse muito veloz naquela volta, não vejo o acidente como resultado da soberba do inglês, acho que arriscava  para ser mais rápido e simplesmente não conseguiu.
 
Ainda que Nico tenha vencido sete das últimas dez corridas, parece que seu jeito contido e seus gestos mais delicados não convencem os aficionados. Suas conquistas são menosprezadas continuamente e acredito que nem o título de 2016 trará justo reconhecimento para o filho do Keke.
 
Não tem como não destacar a fase brilhante de Sergio Pérez. Extremamente veloz nos treinos, quando era o mais rápido piloto “não Mercedes”, conseguiu contornar a punição no grid para subir ao pódio coberto de merecimento. Já faz tempo que está andando assim e não é de se espantar a euforia da torcida mexicana com seu melhor representante.
 
Depois de decepcionar quando foi guiar em uma McLaren que deixava de ser equipe de ponta, Sergio deu a volta por cima e agora faz por merecer um carro vencedor.
 
Outro que se destacou no Azerbaijão foi Felipe Nasr. Depois de muitas corridas medíocres, dessa vez andou forte, acompanhou o ritmo do meio do pelotão e bateu Ericsson sem apelação. Uma corrida que fez lembrar os melhores momentos do brasileiro ano passado.
 
Enquanto isso…
 
o calvário de Kvyat não tem fim
 
a Ferrari parece ter baixado a bola na expectativa e, com ela rolando no chão, ao menos vão encarar as corridas sem precisar de calmantes
 
com 13 provas pela frente, são muitos pontos em jogo, mas Lewis Hamilton  ainda terá de lidar com os motores trocados (e suas punições). Se bobear, o alemão leva.
 
PADDOCK GP #34 ENTREVISTA CHRISTIAN FITTIPALDI E FALA SOBRE LE MANS E F1

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