Chefe da Mercedes defende Hamilton por decisão de não participar do F1 Live: “É errado como ele está sendo tratado”

Toto Wolff saiu em defesa de Lewis Hamilton após o piloto decidir não comparecer ao F1 Live, que aconteceu em Londres nesta semana. Neste sábado (15), o chefe da Mercedes afirmou que a maneira como estão tratando o tricampeão é injusta.
 

Na quarta-feira, a F1 organizou um grande evento no centro da capital inglesa, onde todas as equipes e pilotos, com exceção do #44, estiveram presentes, fazendo exibições e interagindo com o público.
 

O motivo alegado pelo herói local para não participar da grande festa foi que ele estaria se preparando para sua corrida caseira e aproveitando os dias de folga. Nas redes sociais, Lewis postou um vídeo em uma festa com os amigos.
 

Apesar da atitude ter sido duramente criticada na mídia, Toto decidiu sair em defesa de seu piloto, alegando que o tratamento dado a ele é errado e injusto, e ele tem liberdade de decidir como irá se preparar para as corridas. “Ele tomou uma decisão por seu campeonato e a maneira como ele está sendo tratado por alguns veículos é errada e nada justa”, disse.

“É assim que eu opero o time, eu dou liberdade para organizarem seus dias da maneira que desejam. E caso ele queira ficar fora do ambiente da F1, queira ficar com seus amigos que o ajudam a se recuperar de semanas difíceis e o estimulam a ter o melhor desempenho em Silverstone, assim será”, completou.
 

Wolff ainda afirmou que reconhece a falta que o britânico fez para sua torcida caseira, mas que é um insulto imporem a maneira como ele deve agir antes de uma corrida. “Houve três vaias no meio de 20 mil pessoas que estavam na minha frente. Eu estava lá e eu vi. Caso você faça a pergunta da maneira certa e a superestrela não está lá, é claro que as pessoas não ficam felizes. Eu não estaria feliz se eu fosse e o cara que eu queria ver não estava lá”, comentou.
 

“Questionar um tricampeão, que acabou de quebrar o recorde de Ayrton Senna e irá bater o número de Michael Schumacher, dizendo que ele não sabe como deve se preparar é um insulto”, disparou.
 

Por fim, o dirigente da Mercedes afirmou que a torcida presente em Silverstone segue apoiando o #44 e que realmente sempre vão ter aqueles que preferem criticar. “Não estou vendo uma grande reação. Este é o único país em que as pessoas comemoram quando ele faz os melhores setores”, disse.
 

“Estou escondido na garagem e consigo ouvir as pessoas nas arquibancadas aplaudindo e gritando quando ele coloca um tempo roxo no setor, então ele tem apoio. As pessoas que vem a Silverstone amam ele, mas como superestrelas eles polarizam. E existirão aqueles que gostam dele e os que não gostam”, continuou.
 

“Quando eles estão tão expostos na mídia e tudo o que você faz é tão observado, você precisa refletir no que é importante para você e a torcida caseira é provavelmente mais importante. Mas existe tanta coisa que ele faz e não é visível que eu honestamente digo que devemos dar para ele certo crédito”, encerrou.

O evento animou não só fãs e pilotos, como também a Liberty Media. Sean Bratches, diretor-comercial da F1, comemorou o sucesso da festa, que reuniu mais 100 mil pessoas, e revelou o desejo de levá-la para outras cidades do mundo em 2018.