Chefe da Force India quer levar carro novo para GP da Áustria. E vai decidir quem o guia no cara ou coroa

É o que diz Bob Fernley, chefe-adjunto da equipe anglo-indiana. A Force India abriu a temporada com um carro defasado em relação às rivais do grid, e os resultados refletem esse atraso na pista. A intenção é que a estreia do novo modelo aconteça no GP da Áustria, mas caso a equipe leve o VJM08 atualizado, apenas um dos pilotos o utilizará. E caso isso aconteça, a decisão entre Sergio Pérez e Nico Hülkenberg será na moeda

A Force India pretende decidir de forma inusitada e original quem vai ter a primazia de correr com a atualização do VJM08 caso a nova especificação do carro faça a estreia no GP da Áustria, oitava etapa da temporada 2015. O atual modelo está bastante defasado em relação às rivais do pelotão intermediário do grid, e isso se reflete nos resultados: Nico Hülkenberg tem apenas seis pontos, enquanto Sergio Pérez, cinco. Se a estreia do carro revisado acontecer mesmo em Spielberg em meados de junho, apenas um modelo estará pronto, de modo que o Bob Fernley, chefe-adjunto da escuderia de Silverstone, já falou: vai decidir na boa e velha moedinha qual dos dois pilotos vai pilotar a especificação B do bólido.

Dentre as equipes que já pontuaram em 2015, a Force India é quem ocupa o oitavo e último posto, com 11 pontos. A escuderia anglo-indiana está um ponto atrás de Lotus e Toro Rosso e oito atrás da Sauber, a quinta colocada. A expectativa de Fernley é colocar o modelo para rodar e igualar a disputa pela primazia no pelotão intermediário.

A Force India aguarda ansiosamente pela estreia da nova especificação do VJM08 (Foto: Getty Images)

O dirigente justificou o fato de a Force India levar apenas um modelo novo caso sua estreia aconteça na Áustria. “Vai ser apenas um carro porque, em primeiro lugar, temos de ter certeza de que isso vai dar certo porque terá de passar por um novo crash-test, e isso obviamente requer um ajuste no chassi. Se tivermos um carro para o GP da Áustria, não tenho certeza, mas ele certamente vai estar lá para os testes no circuito para os dias seguintes”, declarou o engenheiro em entrevista à revista britânica ‘Autosport’.

“A ideia é acelerarmos com a produção, passar no crash-test e, se tudo der certo, então claramente vamos querer colocar o carro na corrida, caso seja possível. Se isso não der certo, por várias razões, então vamos direto para o teste e coloca-lo para correr no teste. A ideia, então, é que o carro será modificado e preparado para o GP da Inglaterra, com os dois carros na sua configuração B”, comentou Fernley, citando o teste coletivo que acontecerá na Áustria dois dias depois da corrida, do qual a Force India deverá participar para trabalhar nos ajustes do seu novo carro.

E para garantir o máximo de igualdade, a Force India já determinou como vai selecionar quem vai pilotar o carro novo em caso de estreia na Áustria. “Provavelmente, no fim das contas, vamos decidir na moeda, então será algo completamente igual para ambos. Não é necessariamente uma vantagem começar com o carro porque isso requer muito trabalho. Mas acumular milhas será útil.”

A julgar pelas primeiras impressões do novo modelo depois dos testes no túnel de vento, a expectativa é bastante positiva por parte da cúpula da Force India. “Os números parecem ser muito promissores, de fato. Estou otimista de que vamos dar a volta por cima e entrar numa situação competitiva com as outras equipes do pelotão intermediário, esperamos estar na frente delas. Se pudermos seguir assim nas próximas três corridas, isso vai nos dar a chance de crescer com o carro novo, e então espero que nós possamos estar de volta ao pelotão novamente de forma competitiva”, finalizou Fernley.

O MAIS VELOZ

Lewis Hamilton não deixou pedra sobre pedra e restabeleceu a ordem natural da F1 em 2015. Horas depois de ter sido batido por Nico Rosberg por 0s070 na realização do primeiro treino livre do GP da Espanha, o bicampeão do mundo mostrou porque é o homem a ser batido na temporada ao dominar a segunda sessão no circuito de Barcelona, na tarde desta sexta-feira (8). Com um ótimo tempo de 1min26s852 usando pneus médios, o britânico não tomou conhecimento dos adversários na pista catalã

DEIXA NO CHINELO

Seis anos depois de deixar a presidência da FIA com a credibilidade em baixa, Max Mosley tem ocupado novamente o noticiário da categoria com propostas de mudanças para solucionar a crise que a F1 enfrenta atualmente. Uma crise que, em 2009, ainda na sua gestão, já começava a se desenhar. E com a qual o atual presidente da entidade, Jean Todt, não vem conseguindo lidar. Para muitos, esta crise é a pior da história de 65 anos do Mundial. Ela não se resume a um ou outro tópico: é generalizada

NA BERLINDA

A Red Bull e a Toro Rosso vão começar o fim de semana, em Barcelona, já preocupadas com suas unidades de potência. As constantes falhas no motor projetado pela Renault colocam as duas — na verdade, dois carros da equipe austríaca e o STR10 de Max Verstappen — na berlinda para as primeiras punições do ano, por conta de um eventual uso do quinto motor. A marca francesa foi a fabricante que mais sofreu com quebras até o momento no Mundial

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