Button quer conhecer verdadeiro potencial do carro, mas nova regra de motores deixa McLaren ainda mais cautelosa

Jenson Button gostaria de tirar tudo o que for possível do carro no GP da Austrália para saber até onde ele pode ir, mas com apenas quatro motores disponíveis para toda a temporada, a McLaren Honda pretende ser mais cautelosa

A McLaren Honda chega a Melbourne para o GP da Austrália deste domingo (15) sem conhecer profundamente a performance do carro, e talvez siga sem conhecê-la na primeira corrida do ano. Por mais que Jenson Button queira exatamente o contrário.

 
O regulamento técnico desta temporada determina que somente quatro unidades de força poderão ser usadas nas 20 — ou 19, caso o GP da Alemanha não aconteça — corridas do calendário. Isso será um desafio tremendo para as fabricantes de motor. No ano passado, quando o uso de cinco unidades de força era permitido, algumas equipes já sofreram — principalmente a Red Bull e a Toro Rosso.
 
Os muitos problemas de confiabilidade apresentados pelo motor Honda durante a pré-temporada indicam que a Honda terá de trabalhar muito para evitar que seus pilotos escapem de punições na reta final do campeonato.
Jenson Button quer saber até onde o carro da McLaren pode ir (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
“Essa é uma preocupação”, admitiu o diretor de corridas Eric Boullier. “Estamos nos preparando para andar com apenas quatro motores, mas ano passado vimos gente com dificuldades para lidar com cinco ou até seis.”
 
“Obviamente, quatro será um grande desafio. Mas não só para nós!”, acrescentou.
 
A necessidade de conter o desempenho para favorecer a durabilidade não agrada muito ao campeão mundial de 2009.
 
“Acho que vocês sabem que a visão do piloto e da equipe são bem diferentes. O piloto quer tudo o que pode ter e, se não der certo no final, não deu certo. Mas você deu tudo o que podia. É a visão do piloto, não do porta-voz da equipe”, afirmou Button.
 
“Gostaria de ver tudo o que este carro pode dar”, completou.
 
A redução no número de motores permitidos para a temporada já estava previsto desde que os V6 turbo retornaram à F1 no início de 2014.
 
Felipe Massa, da Williams, também mencionou a nova regra ao falar da melhora do motor Mercedes. “Não é só colocar potência, tem que melhorar para andar por mais quilômetros. Não é fácil”, declarou o brasileiro.
 
Outro fator envolvido com o limite de unidades de força nesta temporada é a permissão para o desenvolvimento ao longo do ano. Ele já era liberado com o intuito de sanar problemas de confiabilidade, mas agora mudanças que visam a performance são permitidas.
 
A questão é: uma atualização que visa desempenho pode prejudicar a confiabilidade e obrigar que as equipes tornem a usar configurações mais antigas da unidade de força. “Obviamente, se você promove uma atualização, não quer usar a versão anterior a ela”, alertou Andy Cowell, engenheiro-chefe de motores da Mercedes.
 

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.