Briga de foice no escuro na ‘F1 B’: como chegam os times à maratona europeia de julho

O GRANDE PRÊMIO prepara uma análise completa do pelotão da F1 para o início da maratona de corridas na Europa em julho. E o primeiro texto trata da parte baixa do grid, da McLaren até a AlphaTauri

O GP da Áustria marca o início de uma fase fundamental na F1 2023. É o começo da maratona europeia, em circuitos permanentes, poucas semanas de descanso e traçados que costumam dar corridas boas. Bem possível que seja a última chance da categoria engrenar na atual temporada, o nível tende a subir, a exigência cresce.

É por isso que o GRANDE PRÊMIO chega com uma análise dividida em duas partes, visando apresentar o cenário em que cada uma das dez equipes chega para a fase decisiva do campeonato. Hoje, para começar, vamos com a parte inferior da F1 B’ e a ‘F1 C’, da cambaleante McLaren à perdida AlphaTauri.

Nyck De Vries é parte do problema de uma muito fraca AlphaTauri (Foto: AFP)

ALPHATAURI

A pior equipe do grid da F1 no momento é a AlphaTauri. O carro não é confiável, a margem de evolução do time durante as temporadas parece menor a cada ano e, para piorar muito, não tem Pierre Gasly em 2023. Yuki Tsunoda subiu de nível, é verdade, mas ainda é insuficiente para a exigência da F1. Nyck de Vries, então, é um novato experiente que não está agregando em absolutamente nada. O holandês erra, tem sido lento, não pontua de jeito algum, não vai ao Q3.

O cenário é desolador por ali porque nada parece se encaixar e o futuro é nebuloso. O time ainda deve seguir no grid por mais algum tempo, mas já pede aos céus para que os jovens do programa Red Bull comecem a brilhar na F2. É isso ou contar com um Daniel Ricciardo da vida. Em 2023, a lanterna parece inevitável, até porque já são 5 pontos de desvantagem para a Williams. E só anotou 2 até aqui.

Alexander Albon é um dos bons pilotos do meio do grid da F1 (Foto: AFP)

WILLIAMS

As atualizações da Williams deram certo. Atenção, isso não é uma simulação: deram certo! Claro, ainda não é nada que mude o time de Grove de patamar e a tendência é que os britânicos sigam pelejando bravamente no fundo do pelotão, mas só de deixar a lanterna – com folgas – para a AlphaTauri já rola um alento.

Aqui, é inevitável também passarmos pela dupla de pilotos. Ao mesmo tempo em que Alex Albon parece ser, atualmente, o melhor piloto das quatro equipes que fecham o grid, Logan Sargeant joga a conta muito lá para baixo. O americano ainda não chegou à F1 e disputa com De Vries o troféu de pior de 2023. É o tailandês pontuando ou nada. E falta ver o comportamento do carro azulzinho em pistas mais de baixa velocidade.

Nico Hülkenberg até tenta nos sábados, mas despenca nos domingos com a Haas (Foto: Haas F1 Team)

HAAS

Nico Hülkenberg já definiu o carro da Haas como de classificação e não há termo melhor para usarmos. O bólido realmente é muito bom em volta única e a prova disso é que os americanos estão, frequentemente, largando entre os dez primeiros. Só que isso não passa nem perto de significar pontos conquistados.

A Haas tem um modelo que tritura os pneus com voracidade, matando todo tipo de estratégia, comprometendo as performances, os stints mais longos. Hülk e Kevin Magnussen são bons pilotos, experientes, mas não vão fazer milagre com o que têm nas mãos. Já são três corridas sequer fechando acima da 15ª colocação e a Williams vem faminta logo atrás. Cuidado, Haas.

Valtteri Bottas não tem sido brilhante com a Alfa Romeo (Foto: Alfa Romeo)

ALFA ROMEO

A nossa querida ‘equipe zumbi’ está na frente de outros três times e isso diz mais sobre Haas, Williams e AlphaTauri do que sobre a própria Alfa Romeo. Mas, vamos lá: se o futuro para 2023, 2024 e 2025 não é promissor, virando um rito de passagem para a gestão Audi, ao menos o que os ítalos-suíços apresentam hoje é decente.

Decente para os padrões da ‘F1 C’, claro, abaixo para uma briga na ‘F1 B’ com Alpine e McLaren. Com Valtteri Bottas e Guanyu Zhou tendo performances inferiores em relação à maioria dos concorrentes, o time se apega a um fato poderoso: pontuou nas quatro corridas realizadas em circuitos permanentes em 2023: Bahrein, Australia, Espanha e Canadá. Ou seja, precisa de boa sequência agora para provar o valor, parece um cenário favorável ali.

Lando Norris talvez seja o melhor piloto da ‘F1 B’ em potencial (Foto: McLaren)

McLAREN

A McLaren é uma gigantesca decepção na F1 2023, mas na mesma medida em que sobra bastante na turma apresentada no texto de hoje. Os pontos mostram isso: tem 17, ou seja, a soma de Alfa Romeo e Haas, que aparecem logo atrás na tabela. Ainda assim, uma frustração tremenda.

Os laranjinhas não deram o salto esperado, as atualizações também não parecem assim tão eficientes e, na verdade, o time de Woking é uma baita incógnita semana após semana. Não há um padrão na classificação ou na corrida, meio que tudo pode acontecer ali. Inclusive nada. A dupla, porém, é ponto forte, com o promissor Oscar Piastri ainda tateando a F1 e Lando Norris, mesmo que abaixo do que pode mostrar em 2023, comandando a esquadra. A McLaren depende muito do brilho dos dois jovens rapazes.

GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades da Fórmula 1 2023 AO VIVO e EM TEMPO REAL. A próxima etapa está marcada para este fim de semana, entre 30 de junho e 2 de julho, com o GP da Áustria. Na sexta-feira, no sábado e no domingo, há também a segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.