Antiga equipe de fábrica, Lotus oficializa fim de laços com Renault e passa a usar motores Mercedes em 2015

Equipe chamada de Renault até a temporada 2010, a Lotus encerrou uma novela que já durava alguns meses e anunciou, nesta quinta-feira, que vai usar motores Mercedes no campeonato de 2015

A Lotus finalmente anunciou que vai trocar as unidades de força da Renault pelas da Mercedes na temporada 2015 do Mundial de F1. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (9), a equipe afirmou que o objetivo da mudança é se tornar mais forte para voltar a brigar pelas primeiras posições e ser candidata ao título.

Esse anúncio coloca fim a uma ligação de duas décadas da escuderia de Enstone com a montadora francesa Renault.

Em 1995, a Benetton iniciou uma parceria com a marca que tinha o motor mais potente da época conquistando os títulos de Pilotos e Construtores. Entre 1998 e 2000, com o afastamento oficial da Renault, os propulsores foram adquiridos e rebatizados com o nome de Playlife — a preparação ficou por conta da Mecachrome e da Supertec.

A montadora retornou à categoria oficialmente em 2001 e, em 2002, assumiu integralmente o espólio da Benetton, uma história que durou até 2010 e rendeu mais dois títulos de Pilotos e de Construtores. Desde 2011, quando foi efetuada a venda para o empresário Gerard Lopez, o time se chama Lotus e conta com os motores construídos em Viry-Châtillon.

Romain Grosjean foi responsável pelos míseros oito pontos somados pela Lotus neste ano (Foto: Getty Images)

“Estamos satisfeitos por termos sido escolhidos pela Mercedes para um acordo significativo de longo prazo. Temos a intenção de voltar para a cabeça do pelotão com os objetivos de vencer corridas e sermos fortes candidatos ao título mais uma vez, e nós vemos esse novo acordo como um passo rumo a essa meta”, declarou Matthew Carter, diretor-executivo da Lotus.

A última vitória da Lotus foi conquistada em 2013, no GP da Austrália, com Kimi Räikkönen. Contudo, problemas financeiros, a saída de peças-chave do time e a falta de potência dos motores Renault atuaram em conjunto como uma âncora: em 15 corridas, Romain Grosjean somou os oito pontos do time na temporada — Pastor Maldonado continua no zero. Apenas a Marussia, a Sauber e a Caterham estão piores.

“O motor Mercedes mostrou boa performance na pista e nosso objetivo é fazer essa força casar com o expertise de Enstone nos chassis. É nosso desejo que o E23 Hybrid, impulsionado pela Mercedes, dê início a uma nova era de sucesso para Enstone”, continuou Carter.

“Gostaríamos de agradecer à Renault, que esteve intimamente associada ao time na história pelo sucesso que tivemos juntos”, acrescentou.

Diretor-esportivo da Mercedes, Toto Wolff destacou que é importante para sua companhia continuar trabalhando com três parceiras no Mundial de F1 — no final deste ano, a McLaren vai trocá-la pela Honda.

“Era estrategicamente importante continuar a fornecer três clientes através dessa ótima unidade de força. A Lotus é uma empresa impressionante que entregou resultados competitivos em temporadas recentes. Estamos satisfeitos por dar as boas vindas à família da Mercedes-Benz e estamos ansiosos para construir um relacionamento produtivo e de bom desempenho nos anos que vêm pela frente”, declarou.


Bolão GRANDE PRÊMIO EUROBIKE:
faça suas apostas para o GP do Japão e concorra a uma viagem. É grátis!


Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.