Análise: pódio de Bottas no Canadá pode marcar virada na temporada da Williams?

A Williams, depois do pódio do GP do Canadá, entra na fase do campeonato em que mais pódios marcou na temporada 2014 com a expectativa de repetir os bons resultados do ano passado. Também espera um pacotão de atualizações para a próxima corrida, na Áustria. Mas ainda está um ou dois passos atrás da Ferrari

A Williams estava confiante antes de chegar ao Canadá, e conquistar o primeiro pódio do ano é que não vai piorar isso. A questão agora é: o time de Grove consegue manter o bom momento para seguir levando troféus para casa?
 
É o que todos por lá esperam, como Bottas deixou claro após a corrida.
 
“Eu acho que nós realmente precisávamos deste resultado. Como no ano passado, vimos que dá um grande impulso na nossa confiança. Sabemos de novo que somos uma equipe de ponta agora e que podemos brigar por pódios”, declarou o finlandês, terceiro colocado em Montreal. Agora é no mínimo repetir isso.
 
Felipe Massa terminou o domingo igualmente satisfeito em Montreal. O brasileiro largou em 15º devido a um problema no motor e conseguiu chegar em sexto com alguma folga.
 
Massa sente que o FW37, se continuar sendo bom como foi no Circuito Gilles Villeneuve, é um carro para brigar por pódio corrida sim, corrida sim também. A expectativa é otimista dentro da equipe.
Pódio do GP do Canadá: Lewis Hamilton, Nico Rosberg e Valtteri Bottas (Foto: AP)
A comparação que Bottas fez com o campeonato de 2014 de fato é válida, mas há algumas diferenças cruciais. A principal delas é que, no ano passado, a Williams perdeu oportunidades no começo do campeonato apesar de ter um carro no mesmo nível da Red Bull. Poderia ter subido ao pódio diversas vezes nas primeiras sete corridas, mas falhou em maximizar o potencial do FW37 e só conseguiu faturar o primeiro troféu no GP da Áustria.
 
Em 2014, o GP da Áustria realmente mexeu com a confiança do time. Tirar a Mercedes da primeira fila sem que nenhum grande problema afetasse o time alemão, apenas colocando pressão, foi um feito tão grande quanto as vitórias de Daniel Ricciardo com a Red Bull. Dali em diante, tudo mudou, e os pódios vieram mais facilmente: Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Monza, Rússia, Brasil e Abu Dhabi.
 
Neste ano, por enquanto, a Williams ainda está um ou dois passos atrás da Ferrari. Bottas passou Kimi Räikkönen após um erro do finlandês para chegar em terceiro, Sebastian Vettel largou atrás de Massa e terminou 7s à frente fazendo um pit-stop a mais. Ou seja, a SF15-T ainda parece melhor do que o FW37.
 
No entanto, tem mais por vir nas próximas semanas. Um pacotão de atualizações está sendo preparado para o GP da Áustria, próxima etapa, no dia 21 de junho.
 
“Acho que as próximas pistas, pelo menos, serão boas para a gente. Áustria, Silverstone, acho que elas vão casar bem com o nosso carro e estou bem confiante neste pacote que virá para a Áustria”, afirmou Bottas. “Se pelo menos funcionar como as atualizações que tivemos até agora, acho que deve ser um passo muito bom e então, possivelmente, vamos poder brigar por muitos outros pódios. Realmente espero que seja possível.” 
 
Antes de subir ao pódio pela primeira vez em 2014, a Williams era a sexta colocada no Mundial de Construtores. A desvantagem para a Red Bull, adversaria mais próxima, era de 81 pontos.
Massa veio de trás, mas abriu caminho e passou por todos que alcançou (Foto: AP)

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Neste ano, com este resultado em Montreal, o time se manteve na terceira posição, 76 pontos atrás. Foi, também, a única vez em 2015 em que a Williams somou mais pontos que a Ferrari, 23 a 22, e também a melhor pontuação do time no campeonato.

 
A expectativa agora é que quatro dos próximos cinco circuitos seja favorável ao FW37: só no GP da Hungria que o time tende a sofrer um pouco mais. Menos do que em Mônaco, mas não será um fim de semana fácil, definitivamente.
 
Um último ponto que a ser destacado é a questão da postura do time dentro das corridas. Rob Smedley avisou, antes da prova no Canadá, que não tinha a intenção de abandonar as táticas “chatas” em troca de assumir riscos para vencer. O foco está em conseguir bons pontos a cada fim de semana. Um carro mais capaz pode mudar a posição do time no futuro, mas dependendo das circunstâncias: não esperem loucuras. Mas será preciso atacar, ainda que de forma cautelosa.
 
Enquanto isso, o engenheiro-chefe também tem o discurso alinhado com o dos pilotos: agora é preciso emendar uma grande sequência. “A mensagem que eu passei para o time hoje de manhã foi que precisamos entrar nessa corrida acreditando em nós mesmos e fazer o nosso melhor trabalho. Se fizéssemos, poderíamos conseguir o pódio com Valtteri e muitos pontos com Felipe, e foi exatamente o que aconteceu. Os dois pilotos foram fantásticos em toda a corrida”, elogiou.
 
“A recompensa está lá quando você acerta tudo, e precisamos usar isso como um bom incentivo para continuar caminhando em frente. Agora tempos corridas pela frente em que podemos mirar mais pódios”, finalizou.
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