Análise: engenheiros Vettel e Alonso pegam equipes em obras por desafios pessoais

Sebastian Vettel e Fernando Alonso vão ter missões idênticas em 2015: ajudar a reconstruir times que já pertenceram à elite máxima da F1. A diferença reside na gravidade da situação de Ferrari e McLaren e na questão pessoal: Sebastian Vettel está cheio de títulos e Fernando Alonso, sedento por um

A temporada 2015 da F1 terá dois de seus astros vestindo novas cores. Tetracampeão pela Red Bull, Sebastian Vettel deixa o conforto dos carros projetados por Adrian Newey para trás e vai se aventurar no design italiano da Ferrari. Fernando Alonso, por outro lado, aposenta do vermelho da icônica marca de Maranello e volta aos braços da McLaren que desprezou anos atrás.

Em seus respectivos desafios, Vettel e Alonso terão missões semelhantes: ajudar a reconstruir equipes que outrora eram presença constante no degrau mais alto da F1. A grande diferença, entretanto, reside no tamanho do problema de cada um dos times.

Sebastian Vettel e Fernando Alonso durante coletiva em Abu Dhabi (Foto: Getty Images)

No caso da escuderia de Woking, a temporada 2014 mostra que o time deixou a desejar com o seu MP4-29, embora contasse com o motor que dominou a temporada — o V6 turbo da Mercedes.

Em 2015, porém, a McLaren vai ser empurrada pelos motores produzidos pela Honda, reeditando a antiga parceria de sucesso do fim dos anos 80. Os testes realizados em Abu Dhabi, entretanto, não foram nada conclusivos nessa nova configuração.O reserva Stoffel Vandoorne pouco conseguiu rodar, uma vez que o carro apresentou problemas sequencialmente.

Apesar da unidade de força nipônica ainda ser uma incógnita, a mudança de Alonso não chega como surpresa. Aos 33 anos, o asturiano não tem mais muitos anos de carreira e não podia se dar ao luxo de seguir esperando a Ferrari acertar a mão em seus carros vermelhos.

Barbudo, Fernando Alonso ainda não pôde confirmar a equipe que vai defender em 2015 (Foto: Getty Images)

Fernando esperou o que pôde, mas chegou a hora de buscar um novo desafio. O bicampeão buscou outras opções — focando especialmente na Mercedes —, mas não encontrou outro time em condição de recebê-lo.

Com as opções que tinha em mãos, a McLaren parece mesmo a melhor escolha. Ainda que o motor Honda não chegue destronando a Mercedes logo de cara, a fábrica japonesa dispõe de todos os recursos técnicos para desenvolver um bom motor e empurrar a escuderia britânica de volta ao caminho das vitórias.

Vettel, por outro lado, deixou a Red Bull após o primeiro grande revés do time e seguiu para a Ferrari como quem persegue um sonho. O time vermelho, no entanto, amarga uma já longa má fase e passa por um grande processo de reestruturação, com mudanças em muitos de seus dirigentes.

Tido como um dos melhores pilotos do grid, Alonso já mostrou que a Ferrari precisa de muito mais para voltar ao topo do pódio. E o mesmo deve acontecer com Sebastian.

Por melhor piloto que seja, o tetracampeão vai precisar que a Ferrari — enfim — acerte a mão no carro e lhe dê um material competitivo, para que o germânico possa entrar na lista de candidatos a furar o bloqueio imposto pela Mercedes.

Seja como for, Vettel tem o tempo a seu favor. Mais jovem que Alonso — e com mais títulos na conta também —, o agora ex-rubro-taurino pode insistir e seguir dando novas chances à Maranello até ver os bólidos vermelhos se tornarem realmente competitivos.

A parceria como Kimi Räikkönen também deve render bons frutos. É de conhecimento público que os dois gozam de uma boa relação e, campeões que são, têm todo o conhecimento necessário para orientar o desenvolvimento do carro.

Nesse sentido, Alonso também um companheiro de equipe como trunfo. Depois de muito enrolar, a McLaren acabou optando pels experiência de Jenson Button, que terá sua chance de enfrentar Fernando cara a cara.

Com uma longa carreira na F1 e fama de bom moço, Button não deve ter lá muita dificuldade para lidar com o asturiano, mas resta saber como a esquadra de Woking vai lidar com o gênio de Alonso.

Questões comportamentais a parte, a McLaren também precisa fazer sua parte, mas a maior dúvida ainda recai sobre o desempenho do motor Honda. Os primeiros testes não foram animadores, mas a fábrica já mostrou nas mais diversas categorias do esporte a motor a sua capacidade de evoluir e acertar.

Tal qual um engenheiro, Alonso e Vettel já pegaram a planta das equipes e tem ideia do quanto vão ter de se empenhar para que a obra saia completa. O problema é que, além de consertarem suas casas, terão de fazê-las melhor que a da Mercedes, a mais suntuosa do pedaço. 

DUPLA DE PESO

A opção foi pela experiência: Fernando Alonso e Jenson Button são os titulares da McLaren na temporada 2015 do Mundial de F1. O tão aguardado anúncio, que fecha o grid do próximo campeonato, saiu nesta quinta-feira (11) na fábrica da equipe em Woking, na Inglaterra.

Alonso retorna à escuderia depois de uma passagem extremamente conturbada em 2007, há oito anos. Campeão mundial com a Brawn em 2009, Button vai ter a oportunidade de defender a McLaren pelo sexto campeonato seguido em 2015.

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NÃO TIROU O DEZ

Quando assinaram e uniram forças em 2009, Ferrari e Fernando Alonso tinha um objetivo em comum: conquistar títulos. Após a fracassada temporada 2014, os destinos de piloto e equipe voltam a se separar – sem o título. No entanto, Alonso ainda tem palavras de carinho com a escuderia de Maranello, onde acredita ter vividos os melhores anos de sua carreira. Para Alonso, seu nível enquanto esteve na Ferrari foi melhor que eu qualquer outro momento. O espanhol ainda destacou seus números em comparação ao companheiro de 2014, Kimi Räikkönen, mostrando ter sido muito superior.

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MUDANÇA DENTRO
E FORA DAS PISTAS
Lewis Hamilton passou por altos e baixos após a conquista do título mundial em 2008. Para retornar ao topo da F1, superou crises, desentendeu-se e fez as pazes com o pai, e mudou de equipe em busca de um novo desafio. A recompensa chegou na forma do bicampeonato
 
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