Na Garagem: Mario Andretti deixa aposentadoria para buscar Tríplice Coroa

Mario Andretti estava aposentado há três anos quando decidiu, em 2000, que queria tentar mais uma vez completar a Tríplice Coroa do automobilismo. Apenas Graham Hill tem tal currículo até hoje

Campeão da F1, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis de 1969 e tetracampeão da Champ Car, Mario Andretti sempre sentiu falta de um feito em sua carreira no automobilismo: as 24 Horas de Le Mans. Assim, ele completaria a Tríplice Coroa, conquistada apenas por Graham Hill na história.
 
A derradeira tentativa veio em 2000, com ele deixando de lado a aposentadoria que já durava três anos. Prestes a completar 60 anos, Andretti revelou há 16 anos que estava muito perto de anunciar a equipe pela qual correria em Sarthe em junho. Apenas garantia: era um time de ponta.
 
Seria sua oitava participação na prova, sendo que o melhor resultado foi em 1995, quando ficou em segundo lugar na classificação geral e em primeiro na categoria WSC. A vitória naquele ano foi da McLaren F1 da classe GT1 — que, aliás, teve quatro dos cinco melhores na corrida.
 
“Eu me sinto confortável em Le Mans e acredito que posso chegar lá e ser competitivo porque eu conheço aquele lugar bem demais”, afirmou Andretti.
 
“Eu quero vencer, mas vou fazer isso, em primeiro lugar, porque amo pilotar e amo pilotar lá em Le Mans”, garantiu.
Mario Andretti andou em Le Mans pela última vez em 2000 (Foto: ACO)
Dias mais tarde, Andretti de fato confirmou sua participação pela equipe Panoz. Ele formou trio com David Brabham e Jan Magnussen e terminou em 15º lugar. Na 22ª hora, Mario rodou na curva Indianápolis e chegou a bater na barreira de proteção. Ele era o 14º colocado, e o incidente o deixou um tanto desapontado.
 
A prova foi vencida por Tom Kristensen, Frank Biela e Emanuele Pirro, dando início a uma longa dinastia da Audi. Kristensen, a propósito, já revelou sua idolatria por Andretti. O dinamarquês é o maior vencedor da história de Le Mans. Em 2000, ganhou em Sarthe pela segunda vez. Em 2013, venceu pela nona e última vez. “E eu gostava da versatilidade dele. Pilotou muitas coisas. Começou nos ovais de terra, fez coisas diferentes, turismo, monopostos. É o que eu mais gosto no Mario Andretti”, disse Kristensen.
 
“Eu tenho sorte por ter vencido exatamente o que ele perdeu. Ele sempre comenta isso quando converso com ele. Ele gostaria de ter uma das vitórias que tenho em Le Mans e, então, posso tirar qualquer coisa que ele tem. É o que ele sente falta. Campeão da F1, da Indy, de várias outras coisas, mas Le Mans tem um grande significado”, completou.
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