Di Grassi tenta pela 3ª vez ser 1º brasileiro a ganhar Le Mans: “Seria a coisa mais espetacular para a minha carreira hoje”

Nesta semana, Lucas Di Grassi deixa completamente de lado a batalha pelo título da F-E para se concentrar na corrida mais importante de sua temporada: as 24 Horas de Le Mans. Se vencer, o piloto da Audi será o primeiro brasileiro a subir ao alto do pódio da classificação geral

O mês de junho tem na agenda de Lucas Di Grassi os dois compromissos mais importantes do ano: as 24 Horas de Le Mans e a rodada decisiva da F-E. Destes dois, um está claramente acima do outro na hierarquia do piloto, e é o que acontece neste fim de semana no interior da França.
 
Di Grassi vai tentar, pela terceira vez, se tornar o primeiro brasileiro a vencer as 24 Horas de Le Mans na classificação geral. Não tem dúvidas do que isso lhe representaria: “Seria a coisa mais espetacular para a minha carreira hoje”.
 
Sem menosprezar o crescimento exponencial da categoria dos carros elétricos, o piloto da Audi leva em conta toda a história, a tradição e a magnitude daquela que é considerada uma das três maiores corridas do mundo.
 
A terceira tentativa vem depois de um terceiro lugar em 2013 e um segundo posto em 2014 – o que já lhe é motivo de orgulho. Ele correrá mais uma vez ao lado do francês Loïc Duval, que tem no currículo uma vitória, e com o inglês Oliver Jarvis, que foi efetivado neste ano para o lugar de Tom Kristensen. Jarvis foi seu parceiro na estreia, há dois anos.
Lucas Di Grassi vai disputar as 24 Horas de Le Mans pela terceira vez (Foto: Gabriel Pedreschi)

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“Lógico que a F-E é muito importante. Se eu pudesse escolher uma das duas para vencer, é Le Mans”, declarou Di Grassi em entrevista ao GRANDE PRÊMIO. “Le Mans tem dois lados importantes: é o principal foco da Audi, então é muito especial para a equipe; e para mim, por um brasileiro nunca ter vencido, seria algo sensacional. É uma das maiores corridas do mundo, assim como as 500 Milhas de Indianápolis e o GP de Mônaco de F1. É uma corrida icônica, e vencer seria, até esse momento, o ponto alto da minha carreira.”

 
“A gente trabalhou bastante durante o ano todo para conseguir chegar perto do título da F-E. Mas o campeonato da F-E ainda está crescendo, vai ficar cada vez mais importante, mas se por acaso a gente lutar e não conseguir vencer, mais para o futuro vai conseguir andar forte e conquistar”, disse. 
 
De todo modo, a experiência de competir também na categoria de carros elétricos está sendo positiva para sua performance no Mundial de Endurance, pensa ele: “Ajuda bastante no ponto de vista de estar toda hora correndo, sob pressão, a intensidade, ter performance o tempo todo. Ajuda a manter a concentração”.
 
“Agora, Le Mans não é uma corrida que você vence. É uma corrida que você perde, mas não vence. Precisa de um monte de coisas, de sorte, de estar no lugar certo na hora certa para conseguir vencer esta corrida. Além, lógico, de ter todo o suporte, o carro. Considerando a nossa situação na Audi, a gente precisa não ter azar para poder vencer”, afirmou.
 
Diz o ditado que Le Mans ensina algo aos pilotos a cada ano, e Di Grassi espera ser capaz de colocar em prática o aprendizado das três primeiras participações. Ele acredita que nunca esteve tão preparado quanto agora.
 
“Aprendi muita coisa nos últimos dois anos, da parte de experiência de corrida de longa distância, a parte física. Arriscar na hora certa, a hora de andar 100% e andar 95%. Acho que isso se ganha fazendo essa corrida específica. Sem dúvida aprendi bastante neste lado de como se comportar dentro e fora das pistas, o que esperar da corrida. Agora sei como é difícil fisicamente, mentalmente. E tendo mais experiência com o protótipo, ter feito um ano de WEC, ajuda bastante”, comentou. Di Grassi contou que, em sua preparação física, perdeu 4 kg desde o início do ano.
Pódio das 24 Horas de Le Mans de 2014 (Foto: Getty Images)
Ele está plenamente confiante em ver a Audi até o fim na briga pela vitória. “A competição vai ser forte, mas a gente tem uma equipe em um nível muito alto e vai dar para brigar pela vitória”, falou.
 
O esquadrão de Ingolstadt ganhou, com André Lotterer, Marcel Fässler e Benoît Tréluyer, as duas primeiras etapas do WEC. Os rivais mais fortes serão os representantes da coirmã Porsche, que liderou os testes oficiais.
 
“Em Le Mans, é muito difícil falar quem está atrás ou à frente. Mas eu acho que a Porsche está à frente pelo fato de ter três carros e ter o carro mais rápido com os 8 MJ. Mas aqui não ganha o mais rápido, ganha o mais consistente e confiável. A gente só vai saber o vencedor na última volta do domingo”, completou.
 
Os treinos em Le Mans começam nesta quarta-feira, e as três sessões classificatórias acontecem entre quarta e quinta. A largada será às 10h (de Brasília) de domingo.
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