Alonso, obviamente, tornou-se o centro das atenções nesta quinta-feira (26). Já seria assim normalmente por ser quem é, mas não é comum, ao menos nos últimos tempos, que um piloto em atividade na F1 acelere na mítica Daytona, ainda mais alguém da envergadura de um Fernando Alonso. Tema de perguntas na entrevista coletiva promovida pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) nesta quinta-feira (26) no Autódromo Hermanos Rodríguez, Alonso também falou sobre o tema.
“Sinto uma grande alegria por poder voltar a correr nos Estados Unidos em menos de um ano e por estar em duas corridas míticas. Me lembro das máquinas nas salas de videogames com corridas em Daytona, e isso é algo que fica gravado”, destacou o espanhol, que ressaltou a chance de poder disputar a mesma corrida de um grande nome do país no endurance. “Poder estar com meu amigo Antonio García e dividir a pista com ele vai ser um privilégio”, comentou.
Fernando Alonso voltou a sacudir a F1 com o anúncio da sua participação em Daytona (Foto: McLaren)
Como um autêntico competidor, Fernando deixou claro que, se fosse possível, correria sempre, reforçando seu amor pelo automobilismo. “Tenho em mente fazer muitas corridas. Como disse em Austin, correria todo fim de semana se fosse possível. Sou piloto de corridas e não gosto de vê-las pela TV”, disse.
“Zak Brown tinha também a oportunidade, com uma equipe muito profissional que já ganhou a European Le Mans Series e torcendo para que eu chegasse. Além disso, não coincide com a F1 porque é um período muito tranquilo, e que é muito melhor aproveitá-lo correndo”, destacou. A prova em Daytona está marcada para o último fim de semana de janeiro, entre 27 e 28, mas há a programação de treinos livres, com início previsto para o começo do mês, de modo que Alonso vai ter uma preparação bastante distinta antes de acelerar o novo carro da McLaren, que a partir do ano que vem vai contar com motor Renault.
Fernando vê na chance de correr em Daytona como a preparação para um objetivo maior: disputar as 24 Horas de Le Mans, em junho. Ainda não há, contudo, uma confirmação dos seus planos para Sarthe, dependendo muito do que vai acontecer na LMP1, a principal categoria do Mundial de Endurance.
“Sim, é uma oportunidade de guiar um protótipo, de ver como é a pilotagem em um carro fechado e de provar a mim mesmo, como fiz em Indianápolis, e seguir melhorando”, salientou.
Para o fim de semana do GP do México, Alonso não fala com tanta empolgação, sobretudo quanto às perspectivas de bons resultados. Fernando sabe que vai ter de largar do fim do grid por conta da troca de componentes de motor.
“Acho que sim, que tenho de trocar, assim vamos largar lá atrás em uma pista complicada por conta das características do circuito e do nosso carro. É melhor aproveitar aqui e cumprir a punição para no Brasil e em Abu Dhabi poder somar algum ponto”, explicou.
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Mas ainda que não esteja tão otimista quanto aos rumos da corrida, Alonso demonstrou enorme sentimento pelo GP do México em si e pelo ambiente que os fãs proporcionam durante todo o fim de semana no Autódromo Hermanos Rodríguez.
“Essa é uma das corridas que eu tenho mais carinho por conta dos fãs e da recepção que sempre tenho. Diria a vocês que torçam muito por ‘Checo’ [Pérez], que tem uma boa chance de estar no top-5, e um pouquinho por nós também, ainda que seja mais difícil. ‘Checo’ está pronto para tudo e tomara que ele tenha o carro bom para poder conseguir isso”, finalizou.
VIGIAR E PUNIR
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