Rast domina em Hockenheim e faz história com sexta vitória seguida, mas Paffett é campeão do DTM

O fim da temporada 2018 do DTM teve pouca emoção na luta pela vitória. René Rast tomou a liderança de Marco Wittmann logo na largada e nunca teve a sexta vitória seguida ameaçada. Mesmo assim, como não dependia apenas de si, assistiu a festa de Gary Paffett como campeão na despedida da Mercedes

Depois de fazer história no sábado com a quinta vitória seguida no DTM, René Rast fez mais: ganhou a sexta, na manhã deste domingo (14), em Hockenheim. O piloto da Audi pulou para a liderança na largada e jamais foi ameaçado novamente. Uma incrível campanha de recuperação, mas que vai ficar nos livros apenas como uma grande curiosidade. O título é de Gary Paffett.

O piloto inglês, que assim como a Mercedes, fez sua despedida do DTM, não brilhou em Hockenheim. Fez apenas o que era necessário com extrema solidez. Na prova de encerramento, partiu em terceiro e manteve a colocação por boa parte da prova. Até tentou, por estratégia, ganhar o segundo lugar de Marco Wittmann. Conseguiu, mas foi pressionado pelo homem da BMW na sequência e nem resistiu. Com 14 pontos de frente para Rast, o terceiro lugar mais que bastava.
 
Desta forma, Paffett deixa o campeonato campeão pela segunda vez, após o campeonato de 2005. Foram 185 corridas, 23 vitórias e 47 pódios.
 
De outro lado, Rast. Campeão em 2017, demorou a pegar no tranco nesta temporada. Venceu uma corrida das primeiras 14 – e com apenas dois outros pódios. Mas engrenou no fim e subiu no degrau mais alto do pódio nas seis últimas etapas do campeonato. Começa a jornada de 2019 com essa sequência por manter. Vencer era o que podia fazer em Hockenheim, porque dependia da sorte além de sim. 
 
O outro piloto que começou a corrida como postulante ao título foi Paul di Resta, que estava somente sete pontos atrás de Paffett – dependia apenas das próprias forças. Mas a corrida de Di Resta foi esquecível, com direito a ordem de devolução de posição na terceira volta, mudança de estratégia para tentar criar um fato novo e, no fim das contas, o 13º lugar.

Entre Rast e Paffett, Wittmann. Depois dos três, Nico Müller, Robin Frijns, Bruno Spengler, Augusto Farfus, Philipp Eng, Joel Eriksson e Timo Glock fecharam o último top-10 da temporada.

A Mercedes parabenizou Gary Paffett (Foto: Mercedes)

Confira como foi a corrida:

 

O dia da decisão da temporada do DTM começou com René Rast largando em ritmo alucinante para cima do pole e companheiro de primeira fila Marco Wittmann. Vencedor das cinco corridas anteriores, o piloto alemão dava o recado claro de que estava muito vivo na briga por um título ainda difícil.
 
Gary Paffett partiu em terceiro e por ali ficou, enquanto Paul di Resta saiu apenas de 11º e tentou gahar algumas posições no fórceps. Até buscou três postos, mas teve que devolver dois deles por ter feito uma ultrapassagem em cima de Philipp Eng se valendo de uma passagem por fora da pista.
 
No meio do pelotão, Timo Glock e Jamie Green se tocavam na disputa do 12º posto e flertavam com um acidente mais sério. Green levou a melhor, mas algumas voltas depois derrapou sozinho na curva e foi para a brita, caindo para último lugar. Glock se envolveu em outra briga de toques na sequência, com Robin Frijns.
 
A primeira grande decisão da corrida foi tomada pela Mercedes ao chamar Di Resta para os boxes logo no fim da sexta volta. O escocês não conseguia render e estava ficando fora da briga pela vitória, então algo mais fora das convenções foi testado.
Paffett foi para os boxes na 11ª volta. Como ganhava o título com tranquilidade no terceiro posto e tinha um outro piloto da Mercedes, Edoardo Mortara, atrás de si, a equipe tomou a decisão de chamar o italiano junto do quinto colocado, Bruno Spengler, da BMW. O objetivo era manter um escudeiro atrás de Paffett, mas, para isso, a Mercedes soltou Mortara quase em cima de Spengler, que teve um pit-stop mais rápido. Houve uma investigação, mas encerrada sem qualquer punição. Rast foi para os boxes na 13ª.
 
Wittmann ficou na pista para tentar o chamado undercut: visivelmente forçava o carro ao máximo para tentar tomar a posição de Rast e manter distâncias para Paffett, mas a estratégia deu errado. O bicampeão voltou atrás de Paffett.

Mais rápido em condições normais, Wittmann recomeçou a ganhar campo para cima de Paffet, encostou e ultrapassou na volta 22. Paffett nem ofereceu resistência, visto que o terceiro lugar bastava com tranquilidade para ser campeão. As posições originais foram restabelecidas quando Pascal Wehrlein parou nos boxes, já na volta 26.
René Rast (Foto: Audi)

Brigas boas pelo sexto e sétimo lugares envolveram Nico Müller, Joel Eriksson e Eng, que iam caçando um ao outro. Quem ganhava rendimento e entrava nesta disputa pouco depois era Augusto Farfus. O piloto da BMW deixou Eriksson para trás, também Mortara, Eng e Frijns, assumindo o sexto posto.

 
Com cerca de 10min para o fim da corrida, o destino do campeonato estava praticamente selado: em terceiro, Paffett abria 8s para Spengler, no quarto posto, e tinha o companheiro Mortara em quinto. Apenas um azar enorme tiraria dele o título.
E não aconteceu. É verdade que Müller tirou da cartola uma bela ultrapassagem para tomar de Spengler o quarto posto, mas não ameaçou Paffett.
 
Na vitória de Rast, com uma sequência de vitórias nunca antes vista na categoria, Paffett comemorou o bicampeonato com o terceiro lugar. Foi a despedida dele e da Mercedes da categoria: agora ambos pensam na Fórmula E.
 
O top-10 teve Rast, Wittmann, Paffett, Müller, Frijns, Spengler, Farfus, Eng, Eriksson e Glock.
 
O DTM agora para. O campeonato de 2019 começa apenas em 4 de maio do ano que vem.

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