Herbert vê Sauber como melhor opção para Sainz, mas aponta: “Longe do que merece”

Em entrevista ao GRANDE PRÊMIO, Johnny Herbert avaliou a falta de opções de alto nível para Carlos Sainz seguir carreira na Fórmula 1 em 2025. Sauber, Williams e Alpine são as opções

O futuro de Carlos Sainz é um dos grandes enigmas da Fórmula 1. Após quatro temporadas pela Ferrari, o espanhol de 29 anos deixa a Scuderia para abrir espaço para a chegada do heptacampeão mundial Lewis Hamilton, que forma a dupla de pilotos com Charles Leclerc em 2025. Apesar de ser um nome muito cotado, as principais opções do veterano parecem ser Williams, Sauber e Alpine, equipes do meio para o fundo do pelotão.

Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, o ex-piloto e comentarista Johnny Herbert falou sobre a falta de oportunidades para Sainz em equipes grandes, já que a Red Bull renovou com Sergio Pérez por mais dois anos e a Mercedes parece fechada com a possibilidade de contratar o novato Andrea Kimi Antonelli.

“É uma situação um tanto quanto estranha. Há uma vaga em aberto na Mercedes neste momento. Eu sei que isso pode mudar, mas havia uma vaga disponível na Red Bull. E então, claro, há espaço na Williams e também na Sauber. Seria normal pensar que com as performances que Carlos vem apresentando nos últimos anos, ele seria um piloto que as equipes gostariam de ter em seus respectivos carros, e que elas estariam brigando para tê-lo agora. Mas isso, por alguma razão, não aconteceu”, declarou.

Sainz é fruto da academia da Red Bull e subiu junto de Max Verstappen para a Toro Rosso em 2015, ano em que ambos estrearam na Fórmula 1. Após três temporadas, Carlos rompeu com o grupo para fechar com a Renault, onde correu em 2018 até um stint de sucesso pela McLaren entre 2019 e 2020.

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Carlos Sainz (Foto: Ferrari)

“Da perspectiva do piloto, você sempre tenta ficar de olho naquilo que pode te beneficiar. No momento atual, por que eu deveria ir para a Red Bull? Há o Max [Verstappen] lá, e você sabe como Max trabalha com a equipe, o quão feliz ele está com a equipe. Você sabe como será difícil ser companheiro de equipe dele, pois Max vai se certificar de que o time trabalhe para ele. Então a situação ficaria complicada, pois, de repente, você se tornaria segundo piloto. Talvez, Carlos pensou que não seria a melhor opção para ele”, seguiu.

“Na Mercedes, acho que algumas conversas aconteceram, mesmo que elas nunca levaram à nada. Olhando por esse lado, ele estaria lutando contra George [Russell], mas acho que todos nós sabemos o que George é capaz de fazer após vermos como ele tem desempenhado contra Lewis [Hamilton] ultimamente. Agora, com tudo que está acontecendo nos últimos anos, George se colocou em uma boa posição [dentro da equipe]”, afirmou.

Sobre as futuras opções, Sainz recebeu uma oferta da Sauber, que vai virar Audi a partir do novo regulamento, em 2026, virando uma equipe de fábrica. Para Herbert, trata-se da opção com mais sentido ao piloto espanhol, mas que ainda é muito distante do merecimento de alguém que venceu 3 corridas na Fórmula 1.

“A opção que mais faz sentido para mim é, obviamente, a Sauber. Eles estão efetivamente se reconstruindo e contam com a Audi por trás. Ao mesmo tempo, eles estão muito distantes daquilo que Carlos merece, mas ainda assim é a opção que mais faria sentido. Tudo bem, Nico [Hülkenberg] está lá, mas isso não é grande coisa. Acho que Carlos poderia ser competitivo [contra Hülkenberg]. Também há a Williams. A equipe está se reconstruindo muito bem, estou muito impressionado com o trabalho que James [Vowles] tem feito. Mas eles ainda estão muito distantes daquilo que Carlos merece”, concluiu.

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