Espargaró compara motos com carros de F1 e alerta: “Mas braços são os mesmos”

Aleix Espargaró vai deixar a MotoGP no fim do ano, mas não deixou de opinar sobre o desgaste físico provocado pelas motos e a necessidade de reavaliar a situação para 2027

Aleix Espargaró está deixando o grid da MotoGP no fim do ano, mas não deixou de emitir um alerta para os próximos anos na classe rainha: o desgaste físico exposto aos pilotos precisa ser reavaliado. Para o experiente piloto espanhol da Aprilia, as exigências físicas e a velocidade das motos são demais para o corpo humano.

“As motos são mais rápidas porque temos muito downforce, mas os braços dos pilotos são os mesmos de dez anos atrás. A moto está cada vez mais pesada, mas os braços são os mesmos e a força dos músculos é a mesma”, afirmou o #41, ao portal Crash.

Espargaró comparou a força das motos atuais aos carros da Fórmula 1 no que diz respeito ao desempenho aerodinâmico e velocidade. Para ele, mesmo que os pilotos estejam mais preparados fisicamente, o desafio é acima do suportado para o corpo humano. “Todos nós estamos mais em forma do que há dez anos, mas você não pode mudar o corpo humano. As motos parecem carros de Fórmula 1 e os tempos de volta são extremamente rápidos”, opinou.

Os tempos na pista comprovam a afirmação de Espargaró. Embora ele tenha caído do sexto lugar em Mugello no ano passado para o 11º nesta temporada, o #41 ainda melhorou seu tempo total de corrida em 17s204, mas disse que não poderia ter completado mais uma volta.

Aleix Espargaró vive últimos meses como piloto na MotoGP (Foto: Aprilia)

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“Mais uma volta e eu teria de me retirar. É inacreditável. A moto estava superagressiva, supernervosa, e eu não conseguia mais acelerar. Não conseguia frear. Nas últimas oito ou dez voltas, eu estava freando com apenas um dedo”, reclamou. “Obviamente, não tivemos a melhor configuração em Mugello, mas acho que, no geral, todos estavam bem parecidos. Isso significa que o downforce que temos na MotoGP em geral é demais para o corpo humano. Simplesmente demais”, afirmou o piloto.

Para o novo regulamento da categoria, a partir de 2027, embora não esteja mais competindo, Espargaró espera que a estrutura das motos seja reavaliada. “Espero que as motos sejam mais lentas, menos físicas, porque elas são extremamente físicas agora e o downforce é inacreditável”, concluiu.

MotoGP volta a acelerar entre 28 de 30 de junho para o GP da Holanda, em Assen, com a 8ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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