Evans responde Wehrlein após críticas em Xangai e dispara: “Não é nenhum anjinho”

Mitch Evans foi criticado por Pascal Wehrlein após disputas no eP de Xangai da Fórmula E e optou por responder, acusando o rival de demonstrar os mesmos comportamentos que aponta

A vitória de Mitch Evans na corrida 1 do eP de Xangai da Fórmula E envolveu uma batalha direta com Pascal Wehrlein, da Porsche, até a última volta da prova. Enquanto Nick Cassidy, o terceiro, segurava António Félix da Costa, o alemão e o neozelandês travaram uma luta particular pelo primeiro posto. No fim, Mitch conseguiu passar e conquistou o segundo triunfo da temporada.

Wehrlein, entretanto, não ficou feliz com o desenrolar dos fatos. Após a corrida, o alemão ex-F1 acusou Evans de “segurá-lo para que Nick [Cassidy] pudesse passar”. Questionado sobre a fala de Pascal, Mitch não se esquivou e contra-atacou.

“É engraçado ele mencionar isso, porque ele fez a mesma coisa em Berlim e nos segurou para ajudar António [Félix da Costa]”, disse Evans. “Acho que ele é um pouco cego sobre o que faz na pista e acusa os outros. Não estava tentando segurá-lo, estava tentando posicionar meu carro para tentar dar a Nick a vantagem sobre ele na última volta”, explicou.

“Na curva 6, ele decidiu ficar atrás de mim. Então, isso abriu uma opção a Nick para ir por fora, e foi o que aconteceu na última volta. Você pode tentar fazer algumas coisas sem cometer um erro estúpido, mas ele fez a mesma coisa durante a corrida de Berlim”, pontuou.

Evans não ficou feliz com as declarações de Wehrlein (Foto: Fórmula E/LAT/Simon Galloway)

A resposta de Evans, porém, não parou por aí. O neozelandês da Jaguar foi além e disse que Wehrlein não deveria apontar o dedo a outros pilotos, porque não é “nenhum anjinho”. Além disso, acusou o alemão de dar um ‘brake test’ em Cassidy em uma das provas de Berlim.

“Em Berlim, eu classificaria como um brake test em Nick na virada para a curva 1 e ao redor do modo ataque. Então, não acho que ele deveria estar acusando os outros por isso, porque ele não é nenhum anjinho”, disparou.

Um dos pontos de discordância entre os dois pilotos aconteceu na última volta, quando Evans já havia passado por Wehrlein e diminuiu o ritmo na penúltima curva. Para evitar perder a posição para Cassidy, Pascal fechou o caminho do rival e chegou a quebrar a asa dianteira do carro #37 da Jaguar. Chamado à sala dos comissários após a prova, Mitch admitiu que ficou surpreso e criticou a direção de prova.

Wehrlein acusou Evans de segurá-lo para ajudar Cassidy (Foto: Fórmula E/LAT/Sam Bagnall)

“Vamos falar sobre o que aconteceu comigo em Berlim. Não preciso falar sobre isso, mas lidaram com aquilo corretamente? Não acho que a decisão foi certa. Acho que revisaram bem [em Xangai], mas fiquei um pouco surpreso por ser chamado à sala dos comissários. Queriam saber nossos pontos de vista, mas, honestamente, não sinto que fiz algo errado dentro do carro. E isso foi corroborado na sala dos comissários”, afirmou.

Evans e Wehrlein ainda se envolveram em outro incidente investigado pela direção de prova, que também optou por não punir ninguém. Voltas antes de passar Pascal pela vitória, Mitch tomou o primeiro lugar, mas o perdeu de volta ao ser ultrapassado pelo piloto da Porsche — que passou por fora da pista. Mais uma vez, o neozelandês deu seu parecer sobre o lance.

“Ainda que estivéssemos correndo de forma dura, deixei espaço para o carro dele, mas ele optou por cortar a pista — o que é tranquilo de ser feito se ele achasse que seria empurrado para fora da pista. Mas, na sala dos comissários, foi percebido rapidamente que eu deixei espaço suficiente. E ele optou por cortar a pista”, comentou.

No fim, Evans ficou com a vitória na corrida 1 de Xangai (Foto: Fórmula E)

“Ele não foi empurrado, mas teve uma vantagem ao mesmo tempo. Acho que não tomaram a decisão certa, porque se eu tivesse o empurrado, você poderia questionar se ele tinha o direito de me passar ou não. Porém, se ele não foi empurrado, passa claramente por fora da pista e mantém essa posição por várias voltas, eu vou precisar buscar”, analisou.

A direção de prova analisou o incidente, mas decidiu por não punir ninguém. Na justificativa, os comissários disseram que Wehrein passou por fora “para evitar uma colisão”. Evans não concordou com a decisão.

“Ele não apenas corta a pista e ganha uma posição, mas deixa de usar energia para passar. Então, vou precisar usar ainda mais energia para passá-lo de novo — é uma perda dupla para mim. E o fato de terem admitido que viram tudo isso e mesmo assim não agirem foi um pouco decepcionante para mim”, completou Evans.

Agora, a Fórmula E só retorna com a rodada dupla do eP de Portland, entre os dias 28 e 30 de junho. Todas as sessões de pista terão transmissão AO VIVO e COM IMAGENS nos canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube e no Kwai.

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