Rainha da popularidade na Stock Car, Bia exalta chance de ouro na A.Mattheis: “Está sendo muito especial”

Bia Figueiredo faz em 2018 sua quinta temporada na Stock Car. A pilota tem a chance de acelerar por uma equipe de ponta e multicampeã, capitaneada por Andreas Mattheis. Habitué entre os vencedores na votação do Fan Push, Bia busca capitalizar o apoio dos fãs em performance nas pistas

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

O quinto ano de Bia Figueiredo como pilota da Stock Car começou de uma forma diferente com a grande chance de sua carreira na principal categoria do automobilismo brasileiro. A paulista de 33 anos, na esteira de um processo de reorganização promovido pela Ipiranga, assumiu uma vaga na equipe chefiada por Andreas Mattheis, um dos preparadores mais vitoriosos do grid, enquanto Galid Osman deixou o time baseado em Petrópolis para se unir à Cavaleiro, levando a marca da loja de conveniência Am Pm, também da petrolífera. Uma oportunidade de ouro para a rainha da popularidade na Stock Car poder, de fato, evoluir sua performance.

 
Nos seus quatro primeiros anos na categoria, Bia teve a chance de defender a ProGP — de Duda Pamplona — na estreia em 2014; a Bassani Racing, entre 2015 e 2016 e, ao lado de Eduardo Bassani, representou a Full Time Academy, a equipe B de Maurício Ferreira, no ano passado. 
 
Agora, Ana Beatriz, como é conhecida nos Estados Unidos, comemora a oportunidade de defender uma equipe com tantas vitórias e títulos — na prática, é a estrutura do que foi a Red Bull durante toda a década até a saída da marca como patrocinadora da equipe de Andreas Mattheis em 2016. Bia também se mostrou satisfeita por ter Thiago Camilo ao seu lado nos boxes.
Bia Figueiredo busca encaixar bons resultados pela vitoriosa A.Mattheis (Foto: Fernanda Freixosa/Vicar/Vipcomm)
“Está sendo especial. É uma grande equipe, com grande experiência. E apesar de estar sempre próxima ao Thiago, nunca tinha antes corrido com ele, a não ser na equipe de 500 Milhas [de kart]. Ele é um cara que tá sempre disputando título, sempre sendo um dos destaques das corridas e já estou aprendendo muito com ele, que já tem 16 temporadas”, destacou a pilota ao GRANDE PRÊMIO durante a etapa de Curitiba.
 
“Então está sendo muito especial com uma equipe muito profissional, muito competente”, comemorou.
 
Bia também chamou a atenção para o fato de ter ao seu lado uma profissional como Rachel Loh, engenheira de competição da A.Mattheis e muito conceituada no mundo da Stock Car.
 
“É muito bom trabalhar com ela. Já tive a chance de estar ao lado dela em 2014, em uma etapa que eu corri com o Duda [Pamplona, na ProGP], quando ela voltou da gravidez, e foi muito bacana. Acabou sendo por pouco tempo. Agora nós a temos ao lado do Andreas liderando a equipe… Ela é muito profissional, muito empenhada, e aqui todos estão focados num objetivo só”, pontuou.
Bia Figueiredo e Rachel Loh trabalham juntas na A.Mattheis em 2018 (Foto: Fernanda Freixosa/Vicar/Vipcomm)
Ao ser questionada se a chance de correr pela A.Mattheis é a maior que já teve na Stock Car, Figueiredo não tem dúvidas. E espera, acima de tudo, dar um salto de qualidade com sua nova equipe. “Sim, com certeza. A Stock Car tem ficado mais competitiva a cada ano, os tempos são muito próximos. E a gente vem acompanhando isso. Meus tempos, com o passar dos anos, vão ficando cada vez melhores, porém tá todo mundo evoluindo sempre. Acho que aqui vai dar para tirar aquela diferencinha para, quem sabe, tentar lutar por pódios e vitórias”.
 
O objetivo em comum de Bia e da equipe carioca é lutar pelas primeiras posições na Stock Car. Depois de um 2017 em que a A.Mattheis/Ipiranga lutou pelo título até o fim do campeonato com Camilo, vice-campeão da temporada que teve Daniel Serra como o grande vencedor, o time teve uma primeira parte complicada em 2018. Camilo flertou até com a vitória na corrida 2 da etapa de Londrina, mas marcou seu primeiro pódio na etapa seguinte, em Santa Cruz do Sul, antes das férias da Stock Car em razão da Copa do Mundo. Para Bia, vem sendo uma jornada ainda mais difícil. Em nove corridas, a pilota ainda não pontuou.

A rainha do Fan Push

 
Mas Bia não desanima e busca capitalizar o amplo apoio dos fãs e retribuir tudo dentro das pistas. A pilota é uma das campeãs de popularidade do grid, sendo uma habitué nas votações do Fan Push, dividindo a maior atenção do público com outro campeão de votos, Rubens Barrichello. Figueiredo entende que sua experiência correndo nos Estados Unidos, especialmente na Indy e na Lights, entre 2008 e 2013, a ajudou demais a ser mais próxima dos fãs.
 
“Eu sempre senti muito carinho na minha carreira com os fãs em todas as categorias. E o Fan Push veio para comprovar isso numericamente, e algumas pessoas até se surpreenderam. Então é muito especial. Me acostumei, até por conta da experiência com a Indy, a dar mais atenção aos fãs, falar com eles, tirar fotos… Isso para mim não me atrapalha em nada. E com o passar dos anos, isso foi crescendo aqui”, disse.
Bia Figueiredo é a rainha da popularidade na Stock Car e habitué entre os vencedores do Fan Push (Foto: Fernanda Freixosa/Vicar/Vipcomm)
“Minha torcida é fiel, não importa se a gente está bem ou mal, eles estão sempre aqui. Sou muito grata pelo carinho e quero continuar assim para ganhar todos os Fan Pushes”, comemorou.
 
O principal foco de Bia está mesmo em encaixar resultados melhores na Stock Car. No entanto, a pilota também revela a possibilidade de voltar a fazer algumas etapas de endurance com a Porsche no Brasil. Sobre um retorno à Indy 500, onde Ana Beatriz esteve como espectadora no último fim de semana, ela não descarta, mas vê o cenário mais difícil para uma volta neste momento.
 
“Todo ano a gente sonda sobre a possibilidade. Mas, com o dólar super alto, não adianta chegar lá de cara, né? É preciso ter uma preparação maior para os monopostos, os carros são super rápidos, então teria de ser uma coisa muito bem estruturada para valer a pena”, explicou.
Bia Figueiredo recebe o carinho dos fãs em Santa Cruz do Sul (Foto: Duda Bairros/Vicar/Vipcomm)
Por fim, Bia ironizou as declarações proferidas por Carmen Jordá, que defendeu que as mulheres não podem correr de igual para igual com os homens na F1 alegando uma barreira física. Figueiredo lembrou seu histórico vencedor e os feitos de ter subido ao topo do pódio nas categorias de base. 
 
“Ela nem precisa vir aqui. É só ela ver as corridas que já ganhei no passado, na Indy Lights, Fórmula Renault, até mesmo as corridas que andei bem de Indy”, concluiu Bia Figueiredo.
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias do GP direto no seu celular!Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra, Escanteio SP e Teleguiado.