Dividido entre Indy e Stock Car para 2013, Barrichello promete definir futuro até final do ano

Questionado pelo GRANDE PRÊMIO sobre a próxima temporada, o piloto mostrou-se balançado para continuar na Stock Car em 2013. Ele confirmou que, diferente de quando saiu da F1, só anunciou que faria um ano na Indy em março, pretende definir o futuro até o final deste ano

No último ano, Rubens Barrichello acabou não seguindo na F1 e ficou sem emprego no início de 2012. Após alguns testes, ele acertou com a KV Racing e fez sua primeira temporada na Indy, mas, com problemas de adaptação, o desempenho não foi o esperado. Barrichello acabou o ano apenas na 12ª colocação e não conquistou nenhum pódio na sua primeira temporada correndo nos Estados Unidos.

Em Interlagos para sua terceira prova na Stock Car, neste sábado (8), logo após o treino classificatório em que ficou com a sétima colocação, ele contou que se adaptou melhor ao carro da categoria de turismo brasileira do que ao monoposto na Indy e colocou a falta do volante hidráulico como um dos fatores que atrapalharam seu ano de estreia.

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“Eu me adaptei mais rapidamente ao carro da Stock, que é completamente diferente de tudo aquilo que eu guiei, do que na Indy”, disse Barrichello, quando perguntado pelo Grande Prêmio se os resultados na Stock poderiam influenciar na escolha da categoria para 2013.

Barrichello ficou balançado para continuar na Stock Car e diz que vai definir futuro até o fim do ano (Foto: Rodrigo Berton/Agência Warm Up)

“A falta do volante hidráulico na Indy foi muito difícil e o fato de eu andar bem nos ovais de deve a isso. O toque e a suavidade que eu toco [o carro] não tinha jeito na Indy. Um piloto que é menos dedicado a guardar os pneus se dá bem. Então, eu tive que ir modificando [a forma de pilotar], tanto é que, no final do ano, tive resultados muito mais expressivos do que no começo do ano”, continuou.

Ainda com o futuro indefinido, Barrichello admite que está balançado para continuar na Stock Car na próxima temporada e colocou dois fatores, a falta de apoio financeiro para continuar nos Estados Unidos e voltar a correr apenas no Brasil, como determinantes para um possível acerto para fazer um ano completo na categoria.

“Eu disse, na primeira entrevista para a Stock Car, que seria um desperdício não usar o momento em que acabei um ano de Indy e agora não vou voltar lá para colocar em prática tudo que aquilo que aprendi”, explicou.

“Pastei para aprender pistas e tudo mais, mas existe um fator que é determinante nessa coisa que é a falta de apoio financeiro. E tem mais um: a Stock Car me deixa mais perto de casa. Eu fiquei balançado [para continuar na Stock] e continuo assim. Essa decisão pode se prolongar um pouco mais, mas não muito mais”, falou.

Diferente do momento em que deixou a F1, quando anunciou que faria a temporada completa da Indy apenas em março, Barrichello espera ter definido em qual categoria vai correr ainda no final deste ano. “Não entramos no ano novo sem essa decisão [se continua na Indy ou fica de vez na Stock Car]. O mais importante é ir onde o coração está mandando”, confirmou.

“Acho que a especulação é muito grande, mas, como eu disse, não tem uma preferência. Sempre fui um apaixonado pela Stock e não dá para mentir. Não acho isso [ficar na Stock] algo negativo, vejo isso por um tom positivo. São duas categorias para me decidir. Tem um ano que eu corri aqui de F1, então realmente me sinto agraciado por ter essa escolha e mais do que tudo, aos 40 anos, me sentir competitivo como estou”, finalizou.

O Grande Prêmio cobre ‘in loco’ a Corrida do Milhão, etapa decisiva da Stock Car, com os repórteres Fagner Morais, Felipe Giacomelli e Renan do Couto.

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