Com Nonô e Di Grassi como referências, Baptista vê rápida adaptação à Stock Car e projeta pódios

Bruno Baptista começou a temporada 2018 da Stock Car como o único piloto totalmente sem experiência no grid. Aos poucos, no entanto, o jovem paulista de 21 anos vai aprendendo sobre o universo das corridas no turismo depois de uma carreira quase toda nos monopostos. E conta com dois mestres para evoluir no seu debute: Nonô Figueiredo e o companheiro de equipe na Hero, Lucas Di Grassi

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

A temporada 2018 representa um marco na carreira de Bruno Baptista. Aos 21 anos, o paulistano faz seu primeiro campeonato correndo de turismo. Primeiro campeão da F4 Sul-Americana, em 2014, o piloto seguiu para a Europa, fez dois anos de F-Renault e disputou a GP3 em 2017. Até regressar ao Brasil para o desafio da sua vida: debutar na Stock Car correndo pela Hero e tendo ao seu lado Lucas Di Grassi, campeão da FE e um dos melhores pilotos brasileiros da atualidade.

 
Diferente de outros ‘novatos’ como Nelsinho Piquet e o próprio Di Grassi, Bruno só teve sua primeira experiência com um carro da Stock Car nos treinos para a Corrida de Duplas que abriu a temporada 2018, em Interlagos. Embora já tivesse guiado de turismo no circuito paulistano com um modelo da Porsche Carrera Cup, a Stock Car representava um novo mundo para Baptista. Por isso, contar com um professor como Nonô Figueiredo, diretor-técnico da Hero e dono de mais de 200 corridas no grid, foi fundamental.
 
Assim, ao lado de Nonô e de Di Grassi, dono de nada menos que duas vitórias logo no seu ano de estreia, Bruno vai aprendendo na marra como é ser um piloto da Stock Car. E, aos poucos, o dono do carro #44 vai se mostrando mais adaptado ao novo mundo nesta primeira fase do campeonato, encerrada no último 20 de maio em Santa Cruz do Sul. A ponto de almejar brigar pelas primeiras posições até o fim do campeonato.
Bruno Baptista vive fase de aprendizado e adaptação ao carro da Stock Car. E mostra evolução (Foto: Victor Eleutério/Hero)
“Pra te falar a verdade, esse nosso primeiro semestre só está sendo positivo. Acho que a gente andou muito bem, a equipe teve um entrosamento muito bom: eu, o Lucas Di Grassi, os mecânicos, os engenheiros… Acho que, quanto à adaptação ao carro, a cada etapa a gente evolui mais. O Nonô tem encurtado esse processo também, vem me ajudando”, declarou Bruno ao GRANDE PRÊMIO no fim de semana da etapa no gelado interior gaúcho.
 
“Acho que, a cada etapa, a gente está brigando mais e mais à frente. Então essa adaptação vem sendo muito rápida. E a experiência que trago da Europa também vem me ajudando muito. Creio que, até o fim do ano, vamos estar brigando pelo pódio”, complementou.
 
Baptista teve uma performance melhor do que faz supor seus quatro pontos no campeonato. O melhor resultado do novato foi um 12º lugar na corrida 1 em Curitiba, prova em que chegou a andar entre os dez primeiros. 
 
A pontuação de Bruno seria ainda melhor não fosse pelo fato de estar no lugar errado e na hora errada ao ter sido acertado pelos carros de Cacá Bueno e Vitor Genz em Santa Cruz do Sul depois de um incidente entre os dois experientes pilotos. Bruno vinha em oitavo e fazia sua melhor exibição na Stock Car. O piloto não escondeu as lágrimas depois que se viu sem a chance de coroar a melhor performance com um grande resultado.
 
Seja como for, Baptista ressaltou o elevadíssimo nível técnico na Stock Car, destacado até mesmo por muitos estrangeiros que tiveram a chance de integrar o grid durante a Corrida de Duplas no mês de março.
Bruno Baptista acredita que pode até lutar pelo pódio no fim do ano se mantiver a curva ascendente (Foto: Rodrigo Ruiz)
“O nível de pilotos aqui na Stock Car é excelente. É uma das categorias de nível de piloto mais forte. Vejo umas três, quatro categorias na Europa boas, com um nível fantástico de pilotos, mas igual aqui é difícil ver. O nível de pilotos é muito forte, o nível das equipes também é muito forte.  Uma equipe como a Hero não deixa nada a desejar para uma equipe lá da Europa: a engenharia é muito boa, os mecânicos são muito bons, o carro é bem legal”, pontuou.
 
Bruno também não esconde a felicidade com a chance de trabalhar e aprender com um piloto do quilate de Di Grassi. 
 
“O Lucas já chegou aqui ganhando corrida, ganhou em Curitiba e em Londrina. É uma das alavancas para subir o time. A experiência que ele traz da F1, da LMP1, da FE, é fantástica para erguer o time. Ele traz uma bagagem muito grande da Europa. Como eu trago também pelos três anos em que lá estive. Juntando a minha bagagem com a dele, o time fica num período de evolução muito grande”, complementou Baptista, ansioso por evoluir ainda mais para estar pronto para lutar por grandes resultados de forma constante a partir do ano que vem.
 
“Creio que vai ser difícil lutar pelo título pelo fato de o Lucas não estar aqui [nota da redação: Di Grassi teve compromissos com a FE na etapa de Berlim e não conseguiu correr em Santa Cruz do Sul] e também por ser meu primeiro ano. Mas, se tudo der certo no ano que vem, a equipe vai estar brigando por títulos e por vitórias desde o começo”, concluiu o estreante Bruno Baptista.
 
A Stock Car retoma a temporada no dia 5 de agosto com a disputa da Corrida do Milhão em Goiânia. O GRANDE PRÊMIO cobre ‘in loco’ a temporada 2018. Siga tudo aqui.
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias do GP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.