Cacá revela sonho de voltar a correr no Rio, mas diz: “É mais esperança do que confiança”

Cidade mais famosa do Brasil no cenário internacional, berço de grandes campeões e praça das mais importantes do automobilismo nacional, o Rio de Janeiro perdeu o autódromo de Jacarepaguá definitivamente em 2012. Enquanto sonha com o renascimento do esporte a motor carioca, Cacá Bueno também expressa seu desejo em correr novamente em casa. Embora entenda ser pouco provável, ao menos em curto prazo

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Há quase seis anos, em 15 de julho de 2012, Allam Khodair vencia aquela que foi, até agora, a última corrida da Stock Car no Rio de Janeiro. Era também a triste despedida de Jacarepaguá, destinada à morte com a construção do Parque Olímpico em seu lugar. Desde então, o berço de pilotos como Nelson Piquet e Cacá Bueno e também capital do estado de onde estão localizadas muitas equipes da Stock Car — como Cimed, e Mattheis — não sabe o que é ver uma corrida de alto nível. 

 
Ao GRANDE PRÊMIO, Rodrigo Mathias, chefão da Stock Car desde 2017, falou sobre a "oportunidade pontual" de realizar uma etapa em circuito de rua no Rio ainda em 2018. Cacá Bueno, único carioca no grid da principal categoria do automobilismo brasileiro, quer mesmo é em acelerar em um autódromo na Cidade Maravilhosa e sonha em correr novamente em casa, seja num autódromo ou num circuito de rua. No entanto, o pentacampeão não acredita que seu sonho vai se tornar realidade. Ao menos não em curto prazo.
 
“Se pudesse, minha opção número 1 para correr no Rio de Janeiro seria a construção de um novo autódromo. Isso movimentaria o automobilismo do Rio e traria a possibilidade de ter muitos eventos ao longo do ano. Esse é meu desejo, é meu sonho. Mas, não sendo possível, e a Stock Car não está aí para construir autódromo, sobre o sentido de promover uma corrida em circuito de rua, acho que seria muito positivo”, comentou o piloto da Cimed em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO.
Cacá Bueno sonha em acelerar diante do público carioca na Stock Car (Foto: Luca Bassani/Vicar)
Recentemente, a Dorna, empresa que promove e organiza a MotoGP, assinou uma espécie de protocolo de intenções para trazer de volta o Mundial de Motovelocidade ao Rio de Janeiro a partir de 2021. O consórcio de investidores Rio Motorsport apresentou uma proposta de construção de um novo autódromo na região de Deodoro, em terreno cedido pelo Exército Brasileiro.
 
Cacá citou a grande importância do Rio de Janeiro para o automobilismo brasileiro, mas lembrou que sua terra vem perdendo protagonismo porque não tem mais uma praça importante para desenvolver seus pilotos.
 
“Lembrando que o Rio já foi uma das praças emblemáticas no automobilismo, uma das grandes referências do Brasil no automobilismo, onde a gente tinha Indy, F1, MotoGP, diversos pilotos e equipes do Rio… Até hoje, diversas equipes da Stock Car são do Rio de Janeiro, mas, piloto mesmo, só tem eu. Só sobrou um piloto do Rio. Já passei dos 40 anos e, ao mesmo tempo, não vejo nenhum piloto do Rio surgindo, e a gente tem de lembrar que grandes canais de comunicação, grandes empresas têm sua sede no Rio de Janeiro; é a cidade mais conhecida do Brasil internacionalmente, é um destino turístico importante”, pontuou.
 
“Então não ter uma corrida no Rio é muito ruim para qualquer categoria nacional. A gente consegue ter um retorno muito importante no Rio de Janeiro, é uma praça ideal para qualquer plataforma de marketing. Então, não andar no Rio de Janeiro é muito ruim para a Stock Car, ruim para todo mundo e principalmente para mim, que sou daqui”, disse o veterano, que completa 42 anos no próximo dia 24.
O autódromo de Jacarepaguá foi destruído para dar lugar ao Parque Olímpico do Rio (Foto: Duda Bairros/Vicar)
Com tantas expectativas frustradas sobre a possibilidade de ter um autódromo no Rio de Janeiro ou mesmo sobre a chance de correr em um circuito de rua, o piloto mostra certo ceticismo sobre voltar a acelerar em casa. Mas, lá no fundo, ainda mantém o sonho de um dia correr novamente em alguma pista carioca.
 
“Torço muito para que isso aconteça. É mais esperança do que confiança. Falei um pouco com o Rodrigo sobre esse assunto e me coloquei à disposição para ajudar. Mas não consigo ver, num futuro muito próximo, alguma solução. Mas tomara que a gente consiga andar no Rio, tomara que o esforço seja válido e que a gente consiga realmente estar realizando uma prova no Rio de Janeiro, seja num circuito de rua ou num autódromo, seria muito legal poder voltar a andar no Rio”, concluiu o maior campeão em atividade na Stock Car.
 
A Stock Car retoma a temporada no dia 5 de agosto com a disputa da Corrida do Milhão em Goiânia. O GRANDE PRÊMIO cobre ‘in loco’ a temporada 2018. Siga tudo aqui.
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