2014 tem domínio de Wittmann no DTM e do Toyota #8 no WEC. Maurício é tricampeão do Brasileiro de Marcas

O último capítulo da RETROSPECTIVA de 2014 trata de sete categorias importantes que ainda não foram tratadas. Vamos relembrar como foram as temporadas do DTM, do WEC, do Mundial de Rali, da F3 Brasil, do Brasileiro de Marcas, do Brasileiro de Turismo e da Nascar

A RETROSPECTIVA 2014 do GRANDE PRÊMIO chega ao final. Após passarmos por Indy, MotoGP e, claro, oor muita F1, chegamos ao último capítulo, aquele que relembra o que de melhor e mais marcante aconteceu nas demais categorias. Vamos passar a seguir pelo tricampeonato consecutivo de Ricardo Maurício no Brasileiro de Marcas, pelo show da Toyota no Mundial de Endurance com grandes atuações do suíço Sébastien Buemi e do britânico Anthony Davidson, os domínios de Marco Wittmann no DTM e Pedro Piquet na F3 Brasil, a ascensão meteórica de Guilherme Salas no Brasileiro de Turismo e muito mais.

Relembre com o GP alguns dos destaques de sete importantes categorias automobilísticas nessa temporada 2014

Monólogo
 
Desde a terceira etapa da temporada, na Hungria, nunca pareceu realmente que Marco Wittmann não estivesse com o controle da temporada do DTM. A vitória em Hungaroring marcou a segunda de 2014, com a primeira tendo sido na abertura em Hockenheim. 
 
O piloto da BMW atravessou um 19º posto em Oschersleben, na segunda corrida do ano, mas não voltou a ficar fora do top-6 em nenhuma outra pista. Foi sexto em Norisring, quarto na Rússia, venceu na Áustria e em Nürburgring, novamente sexto em Lausitzring – selando a conquista -, segundo na Holanda e quinto na segunda passagem em Hockenheim.
 
No fim das contas, 50 pontos o separaram o segundo colocado, Mattias Ekström – 156 a 150. Augusto Farfus, que havia terminado em segundo na classificação de 2013, foi o 13º lugar, com 39 tentos.
 
Apesar da BMW ter um piloto vencedor, ficou atrás da Audi no Campeonato de Construtores do DTM. 

Marco Wittmann recebeu o troféu de campeão do DTM (Foto: DTM)

Maurício é tricampeão do Brasileiro de Marcas

 
A temporada 2014 do Brasileiro de Marcas teve muita disputa, emoção até a última etapa – em Goiânia – mas o mesmo campeão. Ricardo Maurício conquistou o terceiro título consecutivo, marcando 228 pontos contra os 218 que fez o seu companheiro de equipe Vicente Orige, que teve um grande ano e foi vice-campeão.
 
Nas montadoras, apesar de campeão e vice da temporada terem ajudado a Honda, o título ficou com a Toyota. Com bons pontos de Allam Khodair – terceiro colocado entre os pilotos, Felipe Gama, Galid Osman e Denis Navarro, os japoneses garantiram o título, com a magra vantagem de 11 pontos para a Honda, que ficou com o vice. A Ford não fez feio e ficou com a terceira colocação.
 
A temporada 2015 do Brasileiro de Marcas começa em 22 de março junto com o início da Stock Car em Goiânia. A grande novidade da categoria para o ano que vem é a presença da Renault no campeonato ocupando a vaga de quinta montadora ao lado de Honda, Toyota, Ford e Chevrolet.
Ricardo Maurício garantiu o tricampeonato do Brasileiro de Marcas (Foto: Duda Bairros/Vicar)
 Chegadas e partidas
 
A maior vencedora das 24 Horas de Le Mans, a Porsche, estava de volta à categoria LMP1 e resolveu assinar com Mark Webber para dar uma assinatura ao seu retorno. Após uma carreira sólida na F1, Webber chegou como o xodó do WEC para 2014.
 
Não demorou, no entanto, para haver a percepção de quem tinha as rédeas da temporada nas mãos. O Toyota #8, comandado por Anthony Davidson, Sébastien Buemi e Nicolas Lapierre venceu em Silverstone e Spa-Francorchamps, emendando dois P3 em Le Mans e Austin. Foi o trio da Audi, composto por André Lotterer, Benoît Tréluyer e Marcel Fässler, que venceu a prova mais tradicional do endurance e tamém a etapa norte-americana.
 
A partir da corrida da casa da Toyota, em Fuji, Lapierre foi afastado por conta de problemas familiares, enxugando o trio do #8 em dupla. Davidson e Buemi venceram no Japão e em Xangai. O décimo lugar no Bahrein viu o #7 da Toyota, com Alexander Wurz, Stéphane Sarrazin e Mike Conway, triunfar. Mas coroou Davidson e Buemi como campeões antecipados.
 
Em São Paulo, no palco do final da temporada, a Porsche faturou sua primeira vitória do retorno. O trio formado por Marc Lieb, Romain Dumas e Neel Jani ficou com a vitória. Além da vitória, a Porsche teve de lidar também com o forte acidente de Webber, que encerrou a prova e a temporada, embora nada de mais grave tenha acontecido com o australiano.
 
Fora a ação da LMP1, a etapa brasileira do WEC também teve o retorno de Emerson Fittipaldi às pistas – e com a Ferrari. Com problemas, porém, o carro #61 do duas vezes campeão mundial de F1 e também de Alessandro Pier Guidi e Jeff Segal ficou apenas com o sexto lugar entre sete participantes da categoria LMGTE AM.
 
A prova marcou também a despedida do piloto que mais venceu as 24 Horas de Le Mans, Tom Kristensen, com nove títulos. A aposentadoria anunciada deixa o WEC órfão de um dos maiores pilotos da história do endurance para a temporada 2015. 
Os campeões Anthony Davidson e Sébastien Buemi (Foto: Facebook)

 Bem desde o início, Salas vence Brasileiro de Turismo

 
O título da temporada 2014 do Brasileiro de Turismo parecia já ter dono desde a primeira etapa, disputada em Interlagos. Após brilhar no kart, Guilherme Salas iniciou sua trajetória nas categorias de turismo em grande estilo. O paulista venceu as duas corridas da rodada dupla em São Paulo e já despontava, assim, como grande postulante ao título.
 
O domínio não foi tão grande quanto se desenhou no primeiro final de semana do campeonato, Raphael Abbate, Marcio Campos, Edson Coelho e Marco Cozzi até chegaram perto, mas Salas conseguiu ficar com o título. 
 
Salas terminou o campeonato com seis vitórias nas 12 etapas disputadas. Abbate e Campos venceram duas, Cozzi e Christian Castro triunfaram uma vez cada.
Guilherme Salas teve grande atuação em 2014 (Foto: Fernanda Freixosa)

 Festa da Volkswagen

 
Thierry Neuville venceu o Rali da Alemanha para a Hyundai. E foi a única vez em 2014 que a Volkswagen não ficou com o lugar mais alto do pódio. 
 
Certo que a disputa entre Sébastien Ogier e Jari-Matti Latvala jamais pareceu pender para o lad do finlandês. Ogier estreou ganhando em Mônaco, e após uma vitória do companheiro e rival na Suécia, voltou a triunfar, agora no México e em Portugal, ao passo que Latvala cortou a série vencendo na Argentina e Ogier engrenou mais duas conquistas, Itália e Polônia.
 
Em casa, Latvala diminuiu a vantagem, mas não tanto quanto esperava. A vitória na Finlândia foi com Ogier em segundo. O francês mantinha a regularidade para não deixar a ponta escapar. Na Alemanha, os dois abandonaram, mas, das últimas quatro etapas, Ogier dominou três: Austrália, Espanha e Inglaterra. O suficiente para se sagrar bicampeão mundial e maior nome do rali na era pós-Loeb.

Sébastien Ogier confirmou a vitória no Rali da Espanha e ficou com o bicampeonato mundial de rali (Foto: AP/Manu Fernandez)

F3 Brasil vê domínio completo de Pedro Piquet

 
Pedro Piquet venceu com extrema tranquilidade a temporada 2014 da F3 Brasil. O filho do tricampeão mundial fez impressionantes 211 pontos, 95 a mais que o vice-campeão Lukas Moraes. Terceiro colocado, o argentino Bruno Etman fez 115 pontos.
 
Piquet venceu simplesmente 75% das corridas. Foram 12 triunfos em 16 etapas. Moraes, Artur Fortunato, Renan Guerra e Leonardo de Souza venceram uma vez cada.
 
Na F3 Light, novo domínio. Vitor Baptista também sobrou e fez 207 pontos, 92 a mais que o segundo colocado, o gaúcho Matheus Leist. Baptista venceu 13 etapas, Leist ganhou uma e a outra foi vencida por Matheus Iorio. 
Poucos no ano tiveram o domínio que Pedro Piquet teve na F3 Brasil (Foto: Bruno Terena/Vicar)
 Novo formato, nova emoção
 
A Nascar resolveu fazer uma longa reformulação no formato do Chase para a temporada 2014. Criar uma grande final para a disputa era a intenção. Depois de 26 provas, 16 pilotos foram adiante, em vez dos 12 prestigiados pelo formato anterior. Jeff Gordon, Jimmie Johnson, Brad Keselowski, Kurt Busch, Dale Earnhardt Jr., todos se classificaram. Só que de três em três provas, os quatro de menor pontuação e sem vitória eram eliminados.
 
Dessa forma, os campeões foram caindo um a um. Não sem antes arrumar algumas confusões. Keselowski e Denny Hamlin, por exemplo. Gordon também se desentendeu com o #2. Acabaram deixando vídeos de briga física como sua principal marca no Chase.
 
Os sobreviventes na disputa do caneco, Joey Logano, Kevin Harvick, Ryan Newman e Hamlin, largaram na etapa derradeira do ano, em Homestead, com pontuação igualada e em condições iguais. Precisavam apenas terminar na frente dos outros três adversários para se sagrar campeão pela primeira vez. 
 
E para os executivos da categoria o resultado não poderia ser melhor. Logano teve problemas, mas as voltas finais viram Harvick, Newman e Hamlin se enfileirando nas três primeiras colocações. 
 
Hamlin perdeu força, Newman passou a perseguir para se tornar campeão mesmo sem vencer uma só corrida o ano inteiro. Mas Harvick não deu espaço, levou a Stewart-Haas até a vitória e ao título em seu primeiro ano da equipe.  
Kevin Harvick conquistou o primeiro título da carreira na Nascar (Foto: Getty Images)

A MEIO CAMINHO DE SER GRANDE OUTRA VEZ

Como um paciente que deixa um grave problema de saúde para trás, a Williams renasceu e começou a construir uma nova história de vida. A equipe fez um bom carro, disputou pódios e até vitórias e saltou da nona posição em 2013 à terceira em 2014 somando 64 vezes mais pontos. E para o engenheiro-chefe, Rob Smedley, a equipe já 'percorreu metade do caminho' rumo ao topo da F1

Leia a reportagem completa na REVISTA WARM UP #56. 

MELHORES DO ANO

E assim, como num passe de mágica, 2014 passou. Foi rápido mesmo. Se Vettel decepcionou, a Mercedes dominou e o medo de acidentes fatais voltou à F1; se a Ganassi não correspondeu e Will Power fez chegar o dia que parecia inalcançável; se Márquez deu mais um passou para construir uma dinastia; se Rubens Barrichello viveu sua redenção, tudo isso é sinal das marcas de 2014 no automobilismo. Para encerrar e reforçar o que aconteceu no ano, a REVISTA WARM UP volta a eleger os melhores do ano.

CORRIDA DO MILHÃO ALTERA ANO, E STOCK CAR FECHA 2014 COM PRIMEIRO TÍTULO DE BARRICHELLO
Desde a conquista da F3 Inglesa em 1991 que Rubens Barrichello não sabia o que era gritar campeão. O destino do piloto de 42 anos começou a mudar no dia 3 de agosto, com a vitória na Corrida do Milhão, em Goiânia, que marcou o início de uma sequência que o levou ao título da principal categoria do automobilismo nacional. A trajetória da categoria nacional é o tema desta quarta-feira (24) da RETROSPECTIVA 2014 do GRANDE PRÊMIO
 

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias do GP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.