Depois de acidente assustador, Dillon pede velocidades mais baixas na Nascar: “Você só reza e espera chegar ao final”

Austin Dillon saiu andando, para o alívio de todos os fãs que acompanhavam a Nascar - em Daytona ou pela televisão, na madrugada desta segunda-feira no Brasil - após um acidente horrível. O #3 pediu velocidades mais baixas na Nascar

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A assustadora batida de Austin Dillon, levantando voo em direção à cerca, na prova da Nascar em Daytona na madrugada desta segunda (6), foi uma das mais visualmente impactantes dos últimos tempos. Na última volta da corrida – que começou com quatro horas de atraso por conta da chuva -, Dillon, encaixotado por Jeff Gordon, Ryan Newman, David Ragan e um Denny Hamlin que rodava, acabou impulsionado ao ar. Após liberado pelos médicos, Dillon pediu menos velocidade.
 
A cena do #3 deixando um resto de carro destruído andando sem problemas após o desespero dos fiscais foi reconfortante, mas os pilotos não ficaram tão calmos depois do incidente. Dillon, por exemplo, disse que dá para se fazer boas corridas com menos velocidade, já que os carros da Nascar passam dos 320 km/h em pistas como Daytona. E a categoria precisa evitar que os carros saiam do chão, dilema que a Indy também vive ultimamente
 
"Não é aceitável, eu não acho [a velocidade]. Temos que dar um jeito. Nossas velocidades são altas demais, creio. Todo mundo deveria ter boas corridas com velocidades mais baixas. Podemos trabalhar nisso e então encontrar maneiras de manter os carros no chão. Essa é a próxima coisa", pediu. 
 
"Estamos lutando duro para fazer boas corridas, espero que os fãs apreciem isso. Nós, não, mas é nosso trabalho. Você vai lá e acelera bem aberto até o final e espera chegar ao fim", afirmou.
 
Ao contrário do que muitas vezes acontece após uma pancada tão forte, Austin se recordou do acidente. Falou que em superspeedways, como Daytona, "você apenas reza para chegar ao final".
Austin Dillon decolou sobre duas fileiras de carros para atingir o alambrado em Daytona (Foto: AP)
"Foi insano. É parte de correr. Todo mundo está acelerando como pode – empurrando num pequeno pelotão. Eu estava forçando para cima do #24 (Gordon), e as pessoas atrás de mim fazendo o mesmo. Foi bem na direita no final. Nesses superspeedways, você só reza e espera chegar ao final"
 
Após pousar sem segurança, mas também sem problemas, o #3 ainda foi atingido com força por Brad Keselowski, o que, claro, assustou mais Dillon. Mas no meio disso tudo, o piloto considerou "especial" a atenção que ganhou prontamente dos fiscais da prova.
 
"Pensei que os destroços tinham terminado e eu deslizava pela pista. Pensei 'Chegamos. Chegamos', e então teve um big bang. Acho que o carro #2 (Keselowski) me acertou. Literalmente eu acabei de parar e os fiscais estavam por toda parte. Aquilo foi bem legal e especial. Me confortou. Eles chegaram bem rapidamente. Eu só queria sair e mostrar aos fãs que eu estava OK", seguiu.
 
"Vou colocar um gelo e me preparar para Kentucky. Aconteceu muito rápido. Eu estava segurando e rezando que ia passar por isso e correr de novo. É o que nós fazemos. Nos metemos nessa toda semana", terminou.
 
Ryan Newman, que acabara de passar pela direita de Dillon no momento do acidente, falou que a Nascar mais uma vez conseguiu o que queria, porque apesar de vários acidentes em Daytona desde a batida que causou a morte de Dale Earnhardt – no mesmo #3 de Dillon – em 2001, nada foi feito em termos de segurança.
Austin Dillon decolou sobre duas fileiras de carros para atingir o alambrado em Daytona (Foto: AP)
"A Nascar conseguiu o que queria. É o fim da história. Carros voando, pilotos inseguros, a mesma coisa. Eles não escutam", falou o irritado Newman. Perguntado se algo vai ser feito após a batida, deu uma negativa. "Eles tiveram um incidente em 2001, tiveram vários desde então. Simplesmente não prestam atenção à segurança. Simples assim."
 
Ainda no victory lane logo após vencer a prova, Dale Earnhardt Jr falou que a felicidade maior era todo mundo estar bem, porque foi uma batida terrível de ver. Na realidade, acabou sendo um final bem quieto para uma noite de vitória de Dale Jr.
 
"Me assustou para caramba. Vi tudo no meu retrovisor, foi terrível de ver. Vimos o carro levantando e indo na direção da cerca. Estou mais agradecido por todo mundo estar OK que por estar aqui no victory lane, no momento", concluiu Dale Jr.
 
Outro que viu de camarote a batida foi Jeff Gordon, que classificou a prova como um vídeogame da vida real. E, em sua última temporada na Nascar, comemorou que só tem mais uma corrida em superspeedway com placa restritora, em Talladega.
 
"Desde o começo foi uma corrida louca. É como vídeogame, exceto que é a vida real. Eu amo Daytona, esse lugar sempre foi maravilhoso para mim. Depois de passar por isso, estou feliz que só vou correr mais uma vez com placa restritora", disse Gordon.
 
Nenhum piloto se machucou, mas alguns fãs tiveram que ser cuidados. O presidente do circuito de Daytona, Joie Chitwood III, afirmou que 13 fãs foram examinados, mas oito não quiseram tratamento. Dos cinco tratados, quatro foram examinados no centro médico da pista. Apenas um foi levado a um hospital, mas já liberado. 
 
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