Smith vê KTM em busca de piloto top, diz que brigava com Pol Espargaró por vaga e admite que dispensa “faz sentido”

Bradley Smith admitiu que sua dispensa da KTM “faz sentido”. O britânico acabou sem vaga na escuderia britânica após a contratação de Johann Zarco e a renovação do contrato de Pol Espargaró.

 

Smith está com a KTM desde a chegada da marca de Munderfing à MotoGP, mas não consegui acompanhar o ritmo do companheiro de equipe em momento algum. No ano passado, o britânico chegou a ter sua vaga ameaçada por Mika Kallio, piloto de testes da equipe, mas os austríacos optaram por mantê-lo também por uma questão de lealdade.

Pouco após o anúncio da contratação de Zarco, Smith conversou com a imprensa nesta quinta-feira (3) em Jerez e admitiu que sabia que ficar a pé era uma possibilidade.

 

“Eu estou bem. Quer dizer, não vamos fazer rodeios, a forma simples é que você não está desempregado, mas você está fora do time, o que, do início, é sempre difícil de engolir”, disse Smith. “Mas eu estaria mentindo se dissesse que não sabia da possibilidade”, seguiu.

 

Smith disse, ainda, que ele e Pol Espargaró sabiam que a KTM estava em busca de um piloto top e que, desta forma, teriam de competir pela segunda vaga. 

 

“A KTM sempre foi bem aberta e honesta de que estavam buscando um piloto top. E isso significa que a briga era entre eu e Pol pela vaga número dois do time de fábrica”, revelou. “Ele me superou fortemente no ano passado. Neste ano, nas três primeiras corridas, por qualquer que seja a razão, as coisas não correram tão bem nos fins de semana de corrida, então, em termos de resultado de corrida, as coisas não foram assim tão boas”, reconheceu.

 

“Então faz sentido, sabe? Tudo soma. Está tudo bem”, afirmou.

 

Apesar de ainda não ter pontuado em 2018, Smith se mostrou confiante em melhorar sua performance com a RC16 nessa fase europeia do campeonato.

 

“Acho que entendi nos últimos fins de semana. Tudo parece estar correndo bem. Só preciso fazer a escolha certa de pneus algumas vezes e aí tudo ficará bem”, considerou.

 

Companheiro de Espargaró desde 2014 ― ainda na Tech3 ―, Smith descartou mudar sua forma de disputar com o catalão.

 

“Por que deveria? Nós estamos correndo, fazemos o que precisamos. Nos conhecemos há cinco anos, foi uma batalha dura na pista entre nós nos últimos cinco anos”, comentou. “Eu não daria um centímetro se ele não desse. Agora não é diferente do que sempre foi”, concluiu.

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