Opinião GP: Com Rossi e Lorenzo em boa forma, Yamaha ressurge e volta a mostrar sua força no Mundial de MotoGP

Depois de ver Marc Márquez dominar a primeira parte da temporada 2014 da MotoGP, a Yamaha conseguiu uma reação e chegou ao seu quarto triunfo consecutivo na temporada. Casa de Iwata dominou o pódio de Phillip Island

A TEMPORADA 2014 DA MOTOGP foi um baile de Marc Márquez e sua Honda, mas nem por isso a Yamaha se recolheu ao papel de coadjuvante. Depois de um início de ano onde as diferenças entre a RC213V e YZR-M1 eram claras, a casa de Iwata conseguiu se recuperar e, amparada na forma e no talento de Valentino Rossi e Jorge Lorenzo, engatou uma bela sequência de ótimos resultados.

O triunfo de Rossi em Phillip Island completou uma sequência de quatro vitórias seguidas da marca dos três diapasões. Série essa, aliás, que começou com o próprio italiano, em Misano. Aos 35 anos, o multicampeão chegou ao seu segundo triunfo na temporada, igualando Lorenzo, que subiu ao topo do pódio também em duas oportunidades.

Valentino Rossi e Jorge Lorenzo protagonizaram um belo duelo em Phillip Island (Foto: Yamaha)
Desde que iniciou sua sequência vitoriosa, a Yamaha somou um total de 75 pontos no Mundial de Construtores, contra os apenas 43 anotados pela Honda nas últimas quatro etapas da temporada. No Mundial de Equipes, a diferença fica ainda maior, com o time azul acumulando 111 pontos, contra os 38 da rival laranja. 
 
Apesar do ganho da Yamaha, a Honda segue favorita para conquistar os dois títulos. O time da asa dourada chegou na Austrália com chances de garantir a vitória entre os times e os construtores, mas foi duplamente derrotada, já que nenhum piloto da marca subiu ao pódio.
 
Historicamente, a Yamaha é uma fábrica menor que a Honda, o que acaba se refletindo no desempenho da moto. Um grande exemplo dessa diferença é o câmbio seamless.
 
O seamless da Yamaha chegou apenas em meados do ano passado, quando o sistema já era utilizado pela Honda e pela Ducati. O câmbio de Iwata, no entanto, não é completo, já que o sistema rápido de mudança de marchas só funciona em aceleração.
 
“Nosso câmbio funciona muito bem quando aceleramos, mas, na freada, quando você tem de reduzir a marcha, nós não temos o sistema seamless. Ele não está pronto”, explicou Rossi recentemente. “Nós pressionamos bastante para ter o seamless na freada como a Honda, pois eu e Jorge achamos que podemos melhorar muito. Nós dois esperamos usar o sistema. Acho que este ano vai ser difícil, mas possível”, continuou.
 
Mesmo sem o seamless, a Yamaha conseguiu dar um grande passo com o motor da M1, que, em termos de aceleração, é agora compatível com o V4 da Honda.
Yamaha dominou o pódio em Phillip Island (Foto: Yamaha)
“Para mim, a Yamaha trabalhou muito forte e atingiu um bom resultado com a aceleração. Agora o nosso motor é muito rápido, nós estamos muito próximos da Honda em aceleração. Às vezes, a Honda tem alguns quilômetros a mais na reta, dois ou três, mas não como no passado”, opinou Rossi. 
 
Na classificação em Phillip Island, um dos circuitos mais rápidos do calendário, por exemplo, Márquez foi o piloto da Honda a atingir a maior velocidade, chegando aos 346,2 km/h. Melhor Yamaha, Rossi chegou aos 344 km/h.
 
Mesmo menor em tamanho, a Yamaha mostrou que tem capacidade para acompanhar o nível técnico da Honda e, com Lorenzo e Rossi orientando o desenvolvimento da M1, pode voltar mais forte em 2015 para tentar, de novo, parar Marc Márquez. 

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As imagens do domingo em Phillip Island
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