MotoGP reage ao acidente de Pirro em Mugello e torna obrigatório uso de airbags por pilotos wild-cards

A MotoGP reagiu ao acidente de Michele Pirro em Mugello e alterou o regulamento para tornar compulsório o uso de air-bags para wild-cards. O piloto de testes da Ducati não usava airbags no momento de sua forte queda na San Donato

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A MotoGP reagiu ao acidente de Michele Pirro em Mugello e tornou compulsório o uso de airbag para wild-cards. O piloto de testes da Ducati não usava o recurso no momento de sua forte queda na San Donato, a primeira curva do traçado italiano.
 
No segundo treino livre em Mugello, Pirro estava a uma velocidade de 355 km/h quando sofreu uma violenta na San Donato, considerado por muitos pilotos um dos pontos mais difíceis do Mundial.
 
Michele passou a noite em observação no hospital, onde foi diagnosticado por uma “enorme concussão”. Apesar disso, o italiano não sofreu nenhum dano cerebral ou na coluna vertebral, mas teve um ombro deslocado.
Michele Pirro estava sem airbag no momento do acidente (Foto: Reprodução)
O uso de airbags passou a ser compulsório em 2018, mas os wild-cards estavam dispensados de usar o item. A mudança tem efeito imediato na MotoGP, mas passa a ser aplicada em Moto2 e Moto3 a partir do GP da Áustria, em agosto. 
 
Nesta quinta-feira (14), a FIM (Federação Internacional de Motociclismo) anunciou a mudança no regulamento, fruto de vários encontros eletrônicos realizados este mês pela Comissão de GP, que é composta por Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna; Paul Duparc, da FIM; Hervé Poncharal, da IRTA (Associação Internacional das Equipes de Corrida); e Takanao Tsubouchi, da MSMA (Associação das Fábricas de Motocicletas Esportivas), junto com Carlos Ezpeleta, também da Dorna; Mike Trimby, da IRTA; e Corrado Cecchinelli, diretor de tecnologia da MotoGP. 
 
“Com efeito a partir de 2018, era compulsório para todos os pilotos começarem todas as sessões com um sistema de airbag em funcionamento dentro do traje de corrida que atenda os padrões da FIM. A única exceção para esse regulamento eram os wild-cards e os pilotos substitutos, que ficavam livres da exigência nos primeiros dois eventos da temporada”, diz a nota da FIM. “Depois do incidente do GP em Mugello, onde um piloto wild-card que não estava usando um airbag sofreu lesões extensas, a Comissão de GP, depois de consultar a equipe médica e as fábricas dos trajes, fez as algumas mudanças”, segue.
 
“Com efeito imediato: todos os pilotos wild-cards da categoria MotoGP devem seguir o atual regulamento de airbag dos pilotos contratados, o que significa que devem começar cada sessão com um sistema de airbag funcional dentro do traje”, anunciou. “Com efeito a partir do GP da Áustria: todos os pilotos wild-card das categorias Moto2/3 devem seguir o atual regulamento de airbag dos pilotos contratados, o que significa que devem começar cada sessão com um sistema de airbag funcional dentro do traje”.
 
O novo texto determina, ainda, que substitutos só ficam livres da exigência de airbags na primeira participação, mas devem ter um sistema funcional a partir da segunda corrida.
 
A FIM também fez um adendo ao regulamento no que diz respeito ao treino classificatório, uma reação ao acidente de Cal Crutchlow em Le Mans. No fim de semana na França, o britânico sofreu uma queda no TL4, mas não trocou de macacão e acabou sem airbag em uma forte queda já no treino classificatório.
 
Por serem realizados de forma consecutiva, TL4, Q1 e Q2 são considerados uma única sessão, mas a FIM “recomenda fortemente” que os pilotos troquem de traje após o acionamento do airbag antes de voltarem para a pista.
 
“No interesse da segurança, é fortemente recomendado que qualquer piloto que sofrer uma queda, resultando no acionamento do sistema de airbag, troque de traje antes de voltar para a pista”, frisou a FIM.
 

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