Em dia de pelotão compactado, Honda e Ducati mostram performance na Tailândia, mas Yamaha volta a sofrer

Enquanto Honda e Ducati mostram um passo à frente em relação à performance do ano passado, a Yamaha volta a sofrer, especialmente com a eletrônica da YZR-M1. As dificuldades da casa de Iwata, porém, não serve para afastar o pelotão, que tem 24 pilotos separados por 2s2

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A pré-temporada 2018 da MotoGP chegou a seu ponto intermediário neste sábado (17), no segundo dia de testes coletivos na Tailândia. Embora os exercícios nunca sejam um retrato fiel do desfecho do Mundial ― como ficou bem claro no ano passado ―, os cinco dias de atividades realizados até aqui dão alguns indícios do que está por vir. A maior certeza, porém, reside no fato de que será mais um ano de alta competitividade.
 
No segundo dia no circuito de Chang, foram 15 pilotos no mesmo segundo do líder, com os 24 participantes separados por 2s298. A liderança, assim como na sexta-feira, ficou com a Honda, mas desta vez com Marc Márquez ditando o ritmo dos trabalhos. Único a rodar abaixo de 1min30s, o #93 foi 0s158 mais rápido do que Dani Pedrosa, o segundo colocado. Líder da sexta-feira, Cal Crutchlow ficou apenas em oitavo, 0s521 atrás do aniversariante do dia.
Marc Márquez completa 25 anos neste sábado  (Foto: Divulgação/MotoGP)
“Provamos muitas coisas diferentes, entre elas uma carenagem nova que gostei bastante e pode ser uma opção. No final, colocamos o melhor que tínhamos e foi bom”, disse Márquez. “Nós começamos melhor do que no ano passado, mas digo isso com ressalvas, porque logo podemos chegar no Catar e sofrer”, ponderou.
 

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Vice-líder em Buriram, Pedrosa destacou a carga de trabalho no traçado tailandês, mas se mostrou animado com a performance.
 
“Nós estamos trabalhando muito esses dias, porque temos de entender muitas coisas, como a pista, o acerto e assim por diante. Hoje nós conseguimos manter um ritmo melhor do que ontem, e já melhoramos a pilotagem e o acerto um pouco”, indicou Dani. “No entanto, ainda não estamos lá, já que queremos continuar progredindo”m seguiu. 
 
Crutchlow, por outro lado, não ficou satisfeito com o dia da LCR, mas confia que poderia ter alcançado 1min29s, como Márquez fez.
 
“Para ser honesto, nós não tivemos um ótimo dia”, reconheceu. “Tivemos alguns problemas que fizeram com que não pudéssemos rodar em nosso máximo potencial esta manhã. Também não fui capaz de fazer um bom tempo de volta, já que tínhamos muitos itens para testar. Mas, no geral, estamos satisfeitos com os pneus usados e, ao longo do dia, ficamos satisfeitos com o nosso ritmo. Se a corrida fosse amanhã, acho que poderíamos lutar pelo pódio, mas nós simplesmente não tivemos aquele tempo de volta de ontem. Eu estou confiante de que se precisássemos, ou se eu pudesse, teria entrado em 29s. Mas, no momento, não estou muito preocupado, só precisamos continuar a trabalhar amanhã”, ressaltou.
 
Assim como aconteceu nos demais exercícios, a Ducati apareceu no mesmo nível da montadora da asa dourada, mas, desta vez, foi Jack Miller quem colocou a casa de Bolonha no top-3, 0s216 mais lento que o líder. Os titulares da marca vermelha, por sua vez, ficaram mais para baixo da lista de tempos, com Andrea Dovizioso com o nono registro, 0s235 à frente de Jorge Lorenzo, o décimo.
 
Acostumado com a Honda, Miller ainda está em fase de adaptação à Desmosedici, mas se mostrou bastante satisfeito com a performance.
 
“Estou muito satisfeito. Nós estamos trabalhando bem e o meu feeling é realmente positivo. Volta após volta, saída após saída, nós fomos cada vez mais rápidos e isso nos deu uma grande confiança”, falou o australiano. “Me sinto muito confiante, mesmo com pneus usados. Nós ainda temos alguma margem de melhora, então temos de continuar trabalhando sem olhar para a tabela de tempos. As sensações são realmente positivas”, frisou.
 
Vice-campeão de 2017, Dovizioso cumpriu as metas do dia e aproveitou para testar as novidades da marca de Borgo Panigale.
 
“Hoje nós trabalhamos bastante, comparando a nova carenagem e a nova versão do chassi, e, assim, estou satisfeito por ter tido um dia inteiro para testar esses novos componentes”, relatou. “Como sempre, têm prós e contras, mas, felizmente, fomos mais fortes com as coisas novas e isso é realmente positivo”, opinou.
Jack Miller foi o melhor entre os pilotos equipados pela Ducati (Foto: Divulgação/MotoGP)
“Não é tão fácil interpretar o nível dos outros pilotos, mas também hoje a nossa moto provou ser muito competitiva”, considerou.
 

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Ao contrário do companheiro de Ducati, Lorenzo não ficou nada satisfeito com o dia e reconheceu que não foi competitivo.
 
“Mais uma vez, hoje não foi um dia tão positivo para mim. Não fomos competitivos o bastante, não tenho um bom feeling com a minha moto e ainda temos de entender os motivos disso”, apontou. “Ainda assim, parece que estou pilotando melhor em vários pontos da pista, outros pilotos estão indo ainda melhor e, por esta razão, estamos um pouco atrás com nossos tempos de volta. Entretanto, temos algumas ideias para amanhã, o que deveria nos ajudar a resolver esses problemas e me fazer melhorar meu ritmo geral”, alertou.
 
A Yamaha, por sua vez, teve um dia mais difícil. Depois da empolgação inicial com começo dos trabalhos na Malásia, a passagem pelo território tailandês tem se mostrado um pouco mais dura para o time dos três diapasões. 0s305 mais lento que o líder, Maverick Viñales ficou com o quarto posto, mas falou até em dia perdido. Do outro lado dos boxes, Valentino Rossi registrou em 1min30s888 e ficou com o 14º tempo, 0s919 mais lento que o dono da RC213V #93. O #46, aliás, já até perdeu a esperança de resolver os problemas da YZR-M1.
 
“Duvido que possamos solucionar a eletrônica antes do início do Mundial”, desabafou Rossi. “Os japoneses trabalharam muito todo este inverno, mas nada do que provamos, nem na Malásia e nem aqui, nos permitiu dar esse passo à frente”, declarou.
 
“Isso me preocupa, porque passamos mal. O rendimento dessas motos está dividido em 50% entre a mecânica e a eletrônica. De mecânica, tem o chassi, o garfo, as suspensões e o motor. Mas, depois, está a eletrônica, que te ajuda, sobretudo a não destroçar os pneus”, apontou. “Temos de seguir trabalhando para tentar buscar outros caminhos que nos ajudem na aceleração. O positivo deste tipo de problema é que se podem solucionar de forma rápida”, salientou.
 
Apesar do dia considerado perdido, Maverick celebrou o encontro de um acerto que melhorou sua atuação.
 
“Na última meia hora, nós demos um passo à frente, mas nunca tínhamos perdido um dia inteiro. Pode ser que seja algo mais sensível do que pensávamos”, disse o #25. “Acho que suavizamos demais a moto. Esse é o problema. Nós buscávamos tanta suavidade que agora apenas rompíamos o pneu. Temos uma entrega de potência mais suave e, seguramente, para mim é melhor algo um pouco mais agressivo”, ponderou.
 
Assim como na sexta, a Suzuki voltou a mostrar boa forma em Buriram, de novo com Álex Rins. Depois de uma escolha errada de motor no ano passado, o espanhol e Andrea Iannone parecem ter acertado nos rumos da GSX-RR desta vez.
Valentino Rossi não tem esperança de ver os problemas da Yamaha resolvidos (Foto: Yamaha)
“Hoje foi um teste realmente positivo e nós testamos muitas coisas. Como vocês viram, nós testamos a nova carenagem em suas duas versões e algumas novas peças do chassi e acho que foi realmente bom”, comentou. “Com o novo pacote aerodinâmico, me senti melhor em relação ao anti-wheelie. As motos da MotoGP tem, obviamente, muita eletrônica, mas a roda dianteira fazendo contato com a pista o tempo todo nos dá mais potência, então é sempre melhor. Esta nova carenagem pode me ajudar a ter mais aceleração e mais velocidade. A boa coisa é que esta nova carenagem me permite ter um anti-wheelie melhor sem uma perda grande de velocidade final”, avaliou.
 

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Assim como a Yamaha, a Aprilia não teve um dia lá dos mais produtivos. Tradicionalmente o melhor dos pilotos da marca, Aleix Espargaró foi só 17º, virando 1s161 mais lento que o ponteiro. Scott Redding ficou ainda mais para baixo, 0s507 atrás do companheiro de equipe.
 
“Foi um dia complicado. Nós estamos especialmente com dificuldades nos primeiros dois setores, quando sou incapaz de fazer a diferença mesmo com o meu melhor esforço. Nos outros dois setores, nós estamos mais próximos dos líderes e o top-10 não está longe, mas eu não posso ficar satisfeito com o 17º posto”, afirmou. “Não sei se seremos capazes de dar um passo à frente com o material disponível para nós nestes testes, mas certamente vamos tentar”, avisou.
 
Desfalcada por Pol Espargaró, que teve de operar uma hérnia na coluna possivelmente agravada por um forte acidente na Malásia, a KTM foi liderada neste sábado por Bradley Smith, que fez o 16º tempo. Mika Kallio foi 19º.
 
Os testes na Tailândia seguem no domingo, último dia de atividades em Buriram. A próxima bateria acontece no Catar entre 1 e 3 de março. 

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