Com 2/3 da pré-temporada concluída, Honda mostra força e consistência, mas segue cercada pelas rivais

Passados seis dos nove dias de testes coletivos da pré-temporada 2018, a Honda aparece como a marca de performance mais uniforme, com boas atuações em Sepang e em Buriram. A Ducati vem forte, enquanto a Yamaha, mesmo com problemas, não está assim tão longe

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Os primeiros seis dos nove dias de testes da pré-temporada 2018 da MotoGP chegaram ao fim neste domingo (18), com o último dia de atividades na Tailândia. Assim como aconteceu na Malásia, Honda e Ducati se destacaram ― especialmente com a constância da montadora da asa dourada ―, enquanto a Yamaha voltou a sofrer.
 
Neste domingo, a liderança em Buriram ficou com a Honda, com Dani Pedrosa aparecendo nos minutos finais para cravar 1min29s781 e superar Johann Zarco por 0s086. Embora não tenha conseguido baixar o tempo registrado no sábado, Marc Márquez ficou com o terceiro posto no resultado combinado, apenas 0s188 mais lento que o ponteiro.
Dani Pedrosa foi o mais rápido na Tailândia (Foto: Divulgação/MotoGP)
Confirmando a boa forma da RC213V, Cal Crutchlow, que é contratado direto pela Honda e, portanto, tem o mesmo material de Márquez e Pedrosa, ficou com o quarto posto, à frente de Álex Rins, que voltou a andar entre os ponteiros.
 

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Desta vez, Jack Miller apareceu como a melhor Ducati, 0s404 atrás do líder dos trabalhos e 0s007 à frente de Andrea Dovizioso. Maverick Viñales também não conseguiu melhorar em relação ao que fez no sábado e acabou com o oitavo posto no resultado combinado, com Danilo Petrucci e Takaaki Nakagami completando o rol dos dez melhores.
 
0s730 mais lento que Pedrosa, Valentino Rossi completou o teste de Chang na 12ª colocação, seguido por Franco Morbidelli e Aleix Espargaró.
 
Líder em Sepang, Jorge Lorenzo não teve vida fácil no circuito tailandês. Neste domingo, o #99 ficou apenas com o 22º tempo, mas, no resultado combinado, o espanhol conseguiu a 16ª colocação e foi o último piloto no mesmo segundo do líder.
 
No apagar das luzes no circuito da Tailândia, a Honda encerrou as atividades satisfeitas, confiante no trabalho feito pelos engenheiros no Japão.
 
“No geral, foi um teste positivo”, avaliou Dani. “É a primeira vez nesta pista e estamos contentes, porque uma pista nova é sempre difícil e, no fim, você não sabe o que esperar, mas foi bastante positivo”, frisou.
 
“Nós provamos o asfalto, as curvas, vimos qual a mudança que temos de fazer, a eletrônica. Fomos rápidos, o que é positivo”, comentou.
 
Mesmo sem conseguir entrar na casa de 1min29s neste domingo, Márquez também se mostrou satisfeito, especialmente com o ritmo demonstrado pela RC213V.
Johann Zarco foi o mais rápido entre os pilotos da Yamaha (Foto: Tech3)
“Nós trabalhamos no ritmo, porque é o que tem de ser feito”, alegou Márquez. “Hoje demos alguns passinhos. Se olhar o tempo, dirão que não fui tão rápido, mas depende se você faz o tempo de ataque na última hora. Nós não fizemos e sacrificamos isso para fazer o long-run e outras coisas”, justificou.
 

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Com o motor de 2018 definido, a Honda usou os testes em Buriram para fazer outras avaliações, provando uma evolução do pacote aerodinâmico e também um braço oscilante de fibra de carbono.
 
“Chegaram algumas coisinhas da fábrica e elas foram melhores. Eles estão trabalhando muito rápido. Isso é super importante, mas, no final, até chegarmos às primeiras corridas, não saberemos onde estamos. Agora, vamos para Losail, que é um circuito onde sofremos um pouco mais a cada ano. Dani foi primeiro hoje, eu estava ali na frente e Crutchlow também está por lá. Estou contente”, resumiu.
 
No que diz respeito a casa de Borgo Panigale, quem saiu feliz mesmo da Tailândia foi Jack Miller. Estreando na Pramac depois de três anos usando equipamento Honda, o australiano está bastante animado com o desempenho da Desmosedici.
 
“Estou realmente satisfeito com o que fizemos nestes testes. O feeling é realmente bom. Toda vez que vou para a pista, me sinto mais e mais confortável e, volta após volta, tenho a sensação de ser cada vez mais rápido”, comentou. 
 
Mesmo com o sétimo tempo no resultado combinado, Dovizioso manteve a calma e exaltou a competitividade da GP18.
 
“Estes foram três dias bastante úteis de testes, nos quais nós fomos capazes de trabalhar bastante e testar as carenagens, o chassi e outros novos materiais que a Ducati trouxe aqui para a Tailândia. Não foi um trabalho fácil, porque estava realmente quente lá e esta pista é um pouco incomum, mas nós reunimos muitas informações úteis e nós confirmamos que a GP18 é uma moto muito competitiva”, frisou. “Para ter uma melhor ideia da forma dos nossos rivais, nós também temos de ver com que pneus eles marcaram tempo, mas, na minha opinião, aqui em Buriram nós estamos em boa forma, como na Malásia. Vou para casa muito feliz e pronto para sair outra vez em algumas semanas para o Catar, onde queremos nos preparar bem para o primeiro round do campeonato de 2018”, continuou.
 
Depois de liderar os testes em Sepang, Lorenzo não escondeu a decepção e chegou até a voltar para a GP17 para um trabalho comparativo. O desfalque nos boxes de Danilo Petrucci, porém, não deu resultados, já que a conclusão foi a mesma: o protótipo de 2018 é, efetivamente, melhor.
Jack Miller liderou o esforço da Ducati em Buriram (Foto: Michelin)
“Infelizmente, para mim estes foram três dias muito complicados, porque eu nunca consegui ser realmente competitivo. Não me senti bem com a GP18 e onde nós também tivemos algumas dúvidas, então decidimos fazer testes comparativos com a moto do ano passado”, contou. “Como sempre acontece, tem pontos positivos e negativos nas duas versões, mas, no momento, parece que a GP18 tem um potencial maior, então vamos focar na moto no próximo teste no Catar”, assegurou.
 

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No âmbito da Yamaha, a dúvida prevalece. Rossi conseguiu andar mais para frente neste domingo, mas segue preocupado com a performance da YZR-M1.
 
“Acho que melhoramos hoje”, avaliou Valentino. “Como no ano passado, é difícil entender onde estamos. Muitas pessoas foram fortes na Malásia e aqui tiveram dificuldades, e também o contrário”, ponderou. 
 
“Nós temos de melhorar, porque não fizemos muito progresso em comparação com o ano passado, especialmente no que diz respeito a eletrônica. Nós temos muito trabalho para fazer e, no momento, temos de passar por isso. Mas isso é hoje, talvez seja melhor no Catar”, minimizou.
 
Viñales, porém, voltou a parecer perdido em meio as dificuldades da marca dos três diapasões. 
 
“Hoje foi muito pior do que ontem. Não encontramos onde está o problema. Já são muitos meses com o mesmo problema…”, declarou. “Está claro que é uma situação difícil para todos. O ambiente, no fim, é de trabalho. Não sobra alternativa a não ser seguir trabalhando e testando para avançar”, reconheceu. 
 
“Usei a mesma eletrônica que utilizei ontem e não funciona do mesmo jeito. Temos uma deficiência que não conseguimos encontrar. Temos de procurar. Está claro que, como piloto, é difícil. Dar muitas voltas em um dia e poucas servirem. Temos de trabalhar forte e continuar, pelo menos eu, mental e fisicamente, concentrado e esperando que tudo funcione”, torceu.
 
No campo da Suzuki, apesar da diferença de performance entre Rins e Iannone, os dois saíram da Tailândia felizes e confiantes no potencial da GSX-RR.
 
“Se eu tivesse de avaliar esses três dias na Tailândia, eu diria 8 ou 8,5, porque nós trabalhamos muito e testamos muitas coisas. Foi positivo, porque agora eu tenho certeza de que temos uma base realmente boa para 2018. Na Malásia, eu estava 80% certo de que este pacote era bom e a coisa adequada para mim, mas agora eu vou para casa 100% de que este pacote tem um potencial forte”, completou. 
 
“Apesar de eu não estar 100% satisfeito, esses testes ainda foram muito positivos para nós”, considerou Iannone. “Nós pudemos testar tudo outra vez para fazer uma comparação final entre as melhorias que carregamos durante os últimos meses e agora temos uma ideia clara da direção que temos de seguir”, finalizou.

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