Chefe da Tech3 elogia Syahrin e espera aprovação de parceiros para definir substituto de Folger: “Quero mantê-lo”

Chefe da Tech3, Hervé Poncharal ficou para lá de satisfeito com a performance de Hafizh Syahrin no teste coletivo da MotoGP na Tailândia. O estreante piloto completou a bateria de atividades em Buriram a 22º colocação, 1s756 atrás de Dani Pedrosa, o líder das atividades.

 

Poncharal classificou a atuação de Syahrin na Tailândia como “uma boa surpresa” e reconheceu que o #55 estava bastante pressionado em seu primeiro contato com um protótipo da MotoGP.

“Foi uma boa surpresa”, disse Poncharal ao site da MotoGP. “Você tem de ter em mente que Hafizh estava absolutamente despreparado, que ele estava indo para o projeto na Moto2… Mas Razlan Razali concordou em confiar a nós seu piloto para estes três dias de testes. Também quero agradecer a ele. Chegar à MotoGP é o sonho de todo piloto”, frisou.

 

Poncharal explicou que a Tech3 acompanhou a evolução de Syahrin ao longo dos testes sem se preocupar com a posição na tabela de tempos.

 

“Tinha pressão nos ombros de Hafizh em Buriram”, admitiu. “Nenhum malaio jamais tinha pilotado na MotoGP antes dele. Ele também tinha uma espécie de deficiência em relação a novatos como Takaaki [Nakagami], Franco [Morbidelli], Tom [Lüthi] ou Xavier [Siméon], que já tinham alguns quilômetros na conta. Ele tinha de apresentar performance, sem cair, e, nessas condições, é fácil cometer um erro”, afirmou.

 

“Ele fez um ótimo trabalho, progrediu a cada dia e terminou só 1s7 atrás do melhor tempo ― sabendo que ele está longe de ter atingido seu máximo potencial”, ponderou. “Estou realmente espantado! Além disso, ele é alguém super humilde fora da pista, super legal. E aí, claramente, eu sempre considero a Monster Yamaha Tech3 uma equipe júnior, e Hafizh também se adapta neste perfil”, apontou.

 

Questionado se Syahrin é, então, o eleito para assumir o posto deixado vago por Jonas Folger, o dirigente respondeu: “Eu quero mantê-lo para a temporada 2018, mas, primeiro, tenho de convencer todos os meus parceiros”.

 

“No momento, não tem nada decidido, mas não vou esconder o fato de que ficaria muito desapontado se não pudéssemos chegar a um acordo”, falou. “Acho que encontramos um piloto que se adapta perfeitamente ao que eu estava procurando. Depois da infeliz e tardia retirada de Jonas Folger, é a melhor solução que temos”, concluiu.

 

A MotoGP volta às pistas em 1º de março para a terceira e última bateria de testes coletivos da pré-temporada 2018.