Penske ensaia repetição de 2017 e bate Andretti ‘fora de casa’ com autoridade na classificação em Iowa

O sábado (7) em Iowa colocou a Penske como favorita mesmo correndo em uma pista na qual tradicionalmente a Andretti tem o comando. E isso pode significar Will Power e Josef Newgarden, os destaques do dia, como principais candidatos à conquista do título da temporada pelas pistas que vêm por aí

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Se o oval de Iowa tradicionalmente é a 'casa' da Andretti, parece que a Penske resolveu acabar com esse cenário. Em 2017 já venceu com Helio Castroneves e, neste sábado (7), primeiro dia de atividades do GP local desta temporada, Josef Newgarden e o pole Will Power deram as cartas.

Newgarden – que venceu em Iowa em 2016, ainda com a Carpenter – fez o melhor tempo do primeiro treino livre, mas acabou batido pelo companheiro na sessão que decidiu a ordem do grid de largada. Indicativo forte do favoritismo da Penske no oval, ainda mais se lembrado que Simon Pagenaud, outros da equipe, parte em quarto, mesmo numa posição de saída de pista muito ruim na classificação.

"Não foi fácil, mas o carro estava ótimo. Você tem que realmente pilotá-lo. Foi difícil nas ondulações, mas testamos aqui semana passada e funcionou para agora. Bom, é o começo de um grande final de semana. Tive alguns ruins e tudo que eu quero é um bom final de semana. Eu amo este lugar. É um oval duro e venho tentando vencer aqui há muito tempo. Então é bom começar na pole", disse o pole.

Will Power em Iowa (Foto: Indycar)
Newgarden tem vivido uma fase bem interessante em um cenário que não era seu comum: o de ter de se recuperar. E vem fazendo bem, com vitória em Elkhart Lake, poles e o ensaio de uma reta final de temporada que pode ser tão boa quanto a do título em 2017.
 
"Acho que temos ótimos carros. Acho que foi um ótimo desempenho do nosso time na classificação, e Will Power fez grandes voltas. Acho que podemos ficar felizes. Simon Pagenaud não ficou longe. Só precisamos executar tudo certo amanhã. Aqui é um lugar em que você pode se divertir se você sai numa boa situação. Talvez isso aconteça. Acho que o kit aerodinâmico e os pneus funcionarão neste final de semana. Se você tem novos pneus aqui, você pode conseguir voltas mágicas. A corrida vai ser ditada pela maneira com que seus concorrentes andarão. Acho que vai ser um elemento interessante, mas vai ser também sobre como você lida com os pneus. Acho que essa é a chave. É nisso que você precisa ser bom", definiu Josef.
Josef Newgarden (Foto: Indycar)

No top-5, dois Andretti tentam quebrar essa aparente inclinação: Ryan Hunter-Reay – que conhece bem a pista com três vitórias recentes – e Alexander Rossi, com bem menos experiência no traçado, mas muito mais arrojo – às vezes até excessivo.

"Perdi a pole por pouco, mas foi um bom trabalho da equipe. O carro estava decente. No geral tivemos algumas fraquezas. Não pude ir em velocidade máxima nas saídas das curvas. É azar não estar na pole, mas começar na P3 não é tão ruim. Amanhã é quando os pontos são dados, então acho que podemos conquistar a vitória", comentou o Ryan.

"Perdemos um pouco do equilíbrio do carro, mas no final do dia fomos competitivos e fortes. Não estou preocupado. É apenas difícil às vezes quando você tem que prever situações. Previmos errado hoje, mas essa corrida é maluca. Aliás, amo esta corrida, é um dos meus ovais favoritos. Estou ansioso por amanhã. É de longe a melhor posição de largada que já tive aqui e espero ir bem a partir disso", falou Rossi.

Alexander Rossi em Iowa (Foto: IndyCar)

Quatro destes nomes brigam pelo títullo desta temporada – faltando só o do atual líder, Scott Dixon, que sai em sexto. Mas, se comprovado o domínio da Penske, Newgarden e Power podem se colocar, enfim, como os favoritos ao título de 2018, fazendo uma rápida análise das pistas que ainda restam no campeonato, em sua maioria, favoráveis à Penske.

"Acho que da última vez saí em 17° ou 18° aqui, então estou feliz. Não conseguimos testar muito aqui como outras equipes, então fomos os "reis do resto". Mas não foi ruim de maneira alguma. Temos um bom carro para a corrida e trabalhamos nisso pela manhã. Vamos focar nisso novamente", resumiu o neozelandês, claramente beneficiado com o fato de ter fechado a classificação por ser líder do campeonato.

Os brasileiros da Foyt tiveram mais um dia de sofrimento com uma equipe que parece, na melhor das hipóteses, estagnada nas últimas corridas. Tony Kanaan fez o que deu e larga em 13º, enquanto Matheus Leist, ainda refletindo uma batida no TL1, vai sair do último posto.
 
"Não foi muito bom, sofri pela manhã. A pista estava um pouco escorregadia, além de muito quente pela tarde. De tarde andamos o mais rápido que conseguimos aqui, então acho que acertamos em algo. Foi bem nervoso. Não estou confortável com o carro, não me sinto assim há muito tempo. Temos muito trabalho a fazer", reconheceu Kanaan.
Tony Kanaan (Foto: Indycar)
"Infelizmente batemos pela manhã. Estou feliz que a equipe conseguiu colocar o carro na pista de novo. Fizeram grande trabalho em apenas três horas, mas mesmo assim ainda sofremos com as configurações. Temos que encontrar o jeito certo, rápido, para amanhã. Vamos continuar trabalhando e tentar ir para a frente. Temos algum tempo para solucionar isso mas, no momento, não é bom pilotar um carro desses", disse Leist.

Se os dois da Penske continuarem acima do resto em Iowa, e Dixon abaixo dos rivais, a aproximação ao líder se torna óbvia. E, tal como em 2017, pode ser a hora em que a equipe maior do grid vire o jogo para ela, a partir do meio da temporada. Newgarden sabe o caminho, já que foi quem conquistou o título assim há um ano.

Hunter-Reay, Rossi e Dixon tem um dia para acharem o caminho que impeça esse domínio da Chevrolet e colocar a Honda no caminho da vitória. Pode ser necessário para que a emocionante briga desenhada até aqui na Indy se mantenha viva numa prova que tem toda cara de tira-teima da temporada.

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