Penske e Newgarden deixam Iowa com sabor agridoce na boca em dia de vexame de Ganassi e Andretti

Parecia que o domingo (8) seria da Penske em Iowa. Mas ficou na impressão: em uma das corridas mais movimentadas e divertidas da atual temporada da Indy, James Hinchcliffe colocou a Schmidt Peterson no topo, foi acompanhado por Carpenter e RLL no pódio e viu vexame da 'dona da casa' Andretti e da Ganassi. O campeonato embolou e Josef Newgarden perdeu mais uma oportunidade de se tornar o favorito claro ao título em um erro bizarro de estratégia da Penske

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Alexander Rossi foi a melhor Andretti neste domingo em Iowa. Em anos anteriores, isso possivelmente significaria uma vitória, já que a equipe triunfou em seis dos oito últimos GPs locais antes deste domingo (8). Mas Alexander conseguiu chegar apenas em nono. Enquanto isso, a Ganassi, equipe que tem o piloto líder do campeonato, Scott Dixon, poderia ter aproveitado a abertura. Nada disso, Dixon foi somente 12°.
"Nós meio que ficamos presos atrás de Rossi no primeiro stint e isso tirou nosso ritmo. Mas isso é corrida e não é culpa de ninguém. O grande problema foi com os pneus, mais para o fim, com os da frente ao contrário. Isso nos colocou em um buraco e deveríamos ter acabado melhor do que acabamos", resumiu o neozelandês.

Sobrou para a Penske, que na matemática fria viu, de fato, Josef Newgarden se aproximar do principal rival no momento pela conquista do título. Então, por que a equipe não está vibrando? Porque a quarta colocação de Newgarden poderia ter sido, com tranquilidade, uma segunda, já que um erro grotesco, colocando seu melhor piloto nos boxes faltando cinco voltas para o final, em bandeira amarela, o tirou do pódio.

Scott Dixon esperava muito mais em Iowa (Foto: Indycar)

Newgarden, líder de praticamente a corrida toda, não poderia ficar atrás do segundo lugar quase que em condição alguma, mas a Penske resolveu arriscar, chamou Josef para os boxes em safety-car e, no fim das contas, nunca houve uma relargada. 

O resto – ou, no caso, a vitória -, então, ficou com a Schmidt Peterson, nas mãos da espetacular corrida de James Hinchcliffe. Curiosamente, nem a equipe vencedora escapou de cometer seus erros: Robert Wickens também poderia ter ido ao pódio, mas a SPM fez a mesma aposta com ele que a Penske fez com Newgarden. Mais um que saiu com menos pontos do que fez por merecer em razão de estratégia pouco pensada.

Desta forma, a corrida em Iowa se tornou uma das melhores do ano, ao menos em termos de emoção. Diversas ultrapassagens, poucos incidentes e sendo impossível saber quem venceria até o final. Por isso, o gosto agridoce na boca da Penske: mais uma corrida dá a oportunidade da equipe se consolidar como favorita ao título com Newgarden… Mas mais uma vez essa possibilidade é adiada com erros especialmente na estratégia. Daqui para a frente, as pistas ajudam a Penske – resta ver se irão, enfim, tirar proveito disso.

James Hinchcliffe nada tem a ver com os erros dos rivais: venceu e celebrou (Foto: Indycar)

Newgarden foi polido em suas palavras ao final da corrida, apesar do erro de estratégia que lhe tirou o triunfo. Com calma, até celebrou o resultado e, principalmente, o rendimento que teve durante os dois dias no oval curto de Newton.

"Veja, me falaram onde Hinchcliffe estava (sobre a ultrapassagem que sofreu do vencedor), mas acho que fui mais surpreendido pela força com que ele veio. Acho que o meu carro era bom de verdade, foi sólido todo o final de semana. Mas não posso reclamar, é só duro de engolir", afirmou.

Josef Newgarden foi aos boxes quando não deveria (Foto: IndyCar)

"Tínhamos um carro muito bom para a corrida, de verdade. Fiz o que podia para ser competitivo no final e o tempo apenas acabou. A equipe fez um bom trabalho e os pontos foram valiosos. O detalhe é: podia  ter sido um dia melhor. Mas não foi e vamos nos recuperar a partir disso", completou.

Wickens, outro prejudicado pela estratégia de parada, foi mais duro com a Schmidt Peterson: "Não sei, a equipe achou que teríamos uma volta, então decidiu pela parada. Sei lá, paramos achando que íamos ao pódio, ao menos, mas do nada veio a bandeirada. Jogamos fora o pódio e jogamos fora bons pontos. Foi um bom dia. O carro estava bom. Hinch estava tirando o máximo do carro e eu estava apenas com um bom carro. Mas tiro o chapéu para a equipe.Mas é aquilo: ou daria certo, ou não. Com a bandeirada, não deu. Sabíamos que Josef faria o mesmo e apostamos."

Spencer Pigot fez um corridão em Iowa (Foto: Indycar)

Como nada tinha a ver com o erro de estratégia de quem brigava pelo vitória, Hinchcliffe pôde apenas celebrar o riunfo – ainda mais pois significou o fim de uma 'seca' que durava mais de um ano e, também, foi seu melhor resultado desde a decepcionante queda no Bump Day das 500 Milhas de Indianápolis.

"Para todos na equipe esse é um sentimento maravilhoso. Eu sabia que tínhamos carro para isso, para vir aqui e vencer. Não tive uma boa classificação, mas tínhamos um bom carro. Na primeira parte fui muito bem, na segunda sofri, mas na terceira o carro estava um foguete. A equipe foi ótima nos pits. [sobre Newgarden] que bom [que ele não viu de onde eu vinha]. Minha namorada, meu pai e minha mãe infelizmente não puderam vir aqui neste final de semana. Mas é muito bom mesmo assim. Se eu fosse para os pits talvez não teria tempo o suficiente, então foi a coisa certa a se fazer [ficar na pista]. Obrigado a todos da equipe", disse o vencedor.

Outro que pôde celebrar muito foi Spencer Pigot. Com as falhas de Newgarden e Wickens, a segunda colocação caiu em seu colo – claro, com todos os méritos de uma excepcional corrida feita. O piloto da Carpenter saiu em 18° e, mesmo assim, conquistou seu primeiro pódio na carreira na Indy.

"Foi uma corrida bem dura. Eu sabia que tinha um carro rápido, pela maneira com que passava pelo tráfego. Com o andamento da corrida fomos ficando mais e mais fortes e, mais rápido do que podíamos pensar, estávamos lá na frente. Foi ótimo. Não posso agradecer à equipe o suficiente. Meu engenheiro tomou ótimas decisões e me deu um grande carro. Foi divertido, foi duro, mas realmente aproveitei."

Ryan Hunter-Reay teve problemas mecânicos (Foto: IndyCar)

Rossi e Ryan Hunter-Reay – o 'dono da pista' – chegaram empatados a uma Iowa que prometia ser excelente para a Andretti. É fato que a equipe não teve ritmo em momento algum, mas o #27 deixou o carro morrer nos boxes e o #28 teve problemas mecânicos. Uma chance de ouro que passou e que raramente a Penske faz igual.

"Hoje foi difícil. Desde o começo, pareceu que não tínhamos o carro que tínhamos ontem. Sofri com ele, mesmo que tenhamos conseguimos algumas melhoras durante a corrida até, créditos para a equipe. Nosso carro estava apenas longe de ser competitivo. Acho que algo positivo a se tirar é que alguns caras tiveram dia pior do que nós, então temos que tirar o que dá nesse tipo de dia e vamos pensar em Toronto", comentou Rossi.

"Começamos em terceiro, mas o carro começou a perder equilíbrio e saí da briga. Tentamos achar o problema, mas no final tive falha na suspensão traseira. Mas foi tarde, já tinha perdido espaço na briga. Além disse, tivemos problemas no rádio e não pude me comunicar com a equipe, apesar de escutá-los. Foi frustrante e não foi o dia que queríamos. Acho que tínhamos um carro bom o suficiente para ficar entre quinto e sétimo. Então, desapontamento é uma boa maneira de começar a explicar o que sinto. Tinha maiores esperança para Iowa mas vamos para Tonroto, focados em conquistar pontos", falou Ryan.

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