Indy vai ter Grace, equipe totalmente feminina na edição centenária das 500 Milhas de Indianápolis de 2016

Com Katherine Legge ao volante, uma equipe 100% de mulheres vai participar da Indy 500 de 2016, a centenária. O projeto da Grace, que já conta com cinco representantes, foi anunciado nesta sexta-feira em Indianápolis

A corrida deste ano mal definiu o grid, mas já há planos e anúncios para as 500 Milhas de Indianápolis de 2016. A edição histórica e centenária vai contar com uma equipe feminina chamada Grace Autosport. E por feminina, entenda-se absolutamente tudo: de pilota a chefe de equipe. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (15) no Speedway.

Se for apenas um carro, a pilota já está definida: é Katherine Legge, que esteve presente já na coletiva de imprensa de hoje. Legge é britânica e nos últimos anos dividiu sua carreira entre o projeto do Delta Wing, um carro aerodinamicamente diferenciado que participa da United SportsCar, e a F-E, correndo algumas provas pela equipe Amlin Aguri.

A Grace vai começar desde já a ir atrás de mulheres que estejam aptas a competir de igual para igual com os homens da categoria e tentar fazer frente com Penske, Ganassi e companhia. O projeto é chefiado por Beth Paretta, que está envolvida com o automobilismo e era diretora esportiva da equipe SRT Motorsports no campeonato de turismo norte-americano supramencionado.

Katherine Legge, à direita, é a pilota da Grace Autosport (Foto: IndyCar)

"É mais do que apenas uma equipe em uma corrida: é um plano de longo prazo para que as mulheres se envolvam mais no automobilismo e que se interessem por uma carreira que envolva ciência, tecnologia, engenharia e matemática", disse Paretta.

Como se trata de um time que vai nascer do zero, serão necessárias alianças técnicas com algumas equipes. Segundo Paretta, já há algumas sondagens com chefes da categoria, sem mencionar quais. "Do ponto de vista dos negócios, é algo que nunca foi feito antes. É algo que empolga e que vai ser um impulso para a Indy e para o automobilismo na América", completou.

A escolha da Indy 500 de 2016, claro, tem uma razão: chamar atenção. "É a maior corrida do mundo e vai ter a maior quantidade de público", explicou a dirigente, que não quer apenas pensar naquela corrida. "É uma mensagem. É uma iniciativa educacional.  E muitas companhias vão querer se ajuntar a nós."

Legge se mostrou exultante com o projeto. "É uma das coisas mais animadoras em que estive envolvida, e estou muito orgulhosa de fazer parte disto", falou. "É algo que vai se tornar cada vez maior, algo que vai ser grande. As corridas têm sido minha vida, e se eu conseguir inspirar cinco ou dez mulheres para que elas se interessem no assunto, já acho que terá sido algo bom."

Já estão no projeto da Grace a aerodinamicista Catherine Crawford, a engenheira Jessica Rowe e a assessora Barbara Burns. A meta? "É ter um rosto feminino no troféu Borg-Warner no prazo de uma década", encerrou Paretta, referindo-se à taça que contém todas as faces dos vencedores da Indy 500.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Indy direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.