Coluna Direto do Alambrado, por Helio Castroneves: Até logo, Brasil!

Claro que tudo o que aconteceu vocês já sabem e não preciso ficar aqui repetindo, mas há alguns detalhes interessantes. Constatamos que a nossa estratégia começou fantástica. Só que num dado momento a nossa reação não foi agressiva o suficiente para aproveitar aquelas circunstâncias malucas que marcaram a corrida


Oi, pessoal, estou meio atrasado com a coluna do domingo, né? Eu até tentei começar a escrever no hotel e também rabisquei algumas linhas no avião ontem à noite, na viagem de volta para os Estados Unidos, acompanhado da Adriana, Mikaella e Kati. Mas, realmente, depois de tudo o que aconteceu lá em São Paulo, só mesmo agora, na tarde desta segunda-feira, em Fort Lauderdale, é que consigo organizar isso aqui.
 
Quero começar dando os parabéns para a equipe do GRANDE PRÊMIO pelo trabalho. Fiquei honrado em fazer parte desse timaço comandado pela Suprema Evelyn e do editor Victor Martins. De uns tempos pra cá, eu até que tenho escrevido bastante, e até que de vez em quando sai alguma coisinha legal. Espero que tenha sido o caso dessas colunas diárias. Quero muito agradecer, também, a alegria contagiante dos fãs, o que me faz querer voltar no ano que vem e faturar a corrida.
 
Claro que tudo o que aconteceu vocês já sabem e não preciso ficar aqui repetindo, mas há alguns detalhes interessantes. Depois da corrida, ali mesmo no pit, ficamos conversando, o meu engenheiro Jonathan Dilguid, o estrategistas John Eriksson, o presidente da Penske Racing, Tim Cindric, e eu. A gente estava repassando tudo o que aconteceu e constatamos que a nossa estratégia começou fantástica. Só que num dado momento a nossa reação não foi agressiva o suficiente para aproveitar aquelas circunstâncias malucas que marcaram a corrida.

O dia de Helio Castroneves foi bem complicado, dentro da pista: fora, foi só ver a filha Mikaella que tudo se resolveu (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

 
Eu e o Takuma, por exemplo, estávamos numa tocada semelhante. Ele quase ganhou e eu andei um bom tempo em terceiro. Só que a A.J. Foyt foi mais ousada do que a gente no turno final e acabou se dando melhor. Nós adotamos algo mais conservador e fomos atropelados por uma bandeira amarela assim que eu fiz um dos pit-stops (foram seis durante a corrida). Quer dizer, se não tivesse acontecido a amarela naquele instante, nossa estratégia se confirmaria como a melhor. Só que como no computador não tem a tecla “bola de cristal”, não posso dizer que foi um erro, mas, sim, uma circunstância que jogou contra nós.
 
Como todo mundo voltou para os Estados Unidos na noite do domingo mesmo, estava até engraçada a portaria do hotel no início da noite. Aquela multidão de pessoas e malas embarcando nos ônibus para o aeroporto meio que transferiu a agitação dos pits para o caminho de Guarulhos. Lá na garagem, tudo já estava empacotadinho e pronto para embarcar rumo a Indianapolis. E esse desmonte é tão rápido que, provavelmente, nessa tarde de segunda, reste pouca coisa no Anhembi que lembre a fantástica SP Indy 300.
 
Pude viver essa emoção do público brasileiro, que é maravilhoso, ao lado da Adriana e da Mikaella, que já havia estado aqui, quando da primeira corrida no Circuito Anhembi, aos três meses. Agora, com três aninhos e quatro meses, ela se divertiu no meio de toda aquela agitação. Esse é o meu mundo e tê-las por perto torna tudo mais fácil. Claro que fiquei p… da vida, mas nada é suficientemente grave que não se desfaça diante de uma abraço apertado e dos beijos da Mikaella. Eu, realmente, sou um cara abençoado. Faço o que amo, amo e sou amado, tenho uma família maravilhosa, amigos verdadeiros e muita disposição para continuar lutando.
 
É isso aí, galera, valeu e vamos que vamos!

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